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01 de julho de 2025

O Sol brilha intensamente quando nada obstrui a sua luz. No entanto, se construirmos uma casa e fecharmos todas as suas portas e janelas, não haverá nenhuma luz no seu interior, apenas escuridão. Se quisermos que a luz solar penetre nessa casa, devemos fazer uma de duas coisas: 1) remover o telhado, ou seja, livrar-nos da ilusão de que somos o corpo, uma vez que o telhado é feito de ego e apego; 2) posicionar um espelho de modo que a luz solar seja refletida no interior da casa, pois assim, movendo o espelho, será possível espalhar a luz pela escuridão. Mas, nesse caso, a luz vem do Sol ou do espelho? O espelho é inerte e não possui luminosidade própria. Nesse aspecto, a Lua se assemelha a um espelho, já que também não tem luz própria. A luz do Sol se reflete na superfície da Lua, e por isso o luar é suave e agradável. Os Vedas, nossas Escrituras Sagradas, ensinam que a Lua é como a mente, que reflete a glória da alma! Se a luz do Ser Interno, ou seja, do Atma, for refletida no espelho do intelecto ou buddhi, toda a mente escura poderá resplandecer em luz! (O Caminho da Devoção, Chuvas de Verão, 1972)

Sri Sathya Sai Baba

02 de julho de 2025

Todas as pessoas neste mundo amam alguém. No entanto, existem diferenças nesse amor. Por exemplo, os estudantes amam os seus colegas. Mas Deus está presente tanto nesta quanto naquela pessoa. Ambas são encarnações da Divindade. O Deus Único reside em todos os corpos. Devemos amar todos os seres humanos. Amem a todos, sirvam a todos, pois o Divino habita em cada ser humano. Não há nenhum lugar neste Universo onde Deus não esteja presente. Ele está no céu, na água, no som e na luz. Tudo neste Universo é a manifestação do Divino. Ainda assim, deixamos de reconhecer essa Divindade onipresente e passamos a adorá-La na forma de uma imagem em um templo. Sem dúvida, vocês podem adorar essas imagens; não há nada de errado nisso. Entretanto, é essencial que compreendam esta verdade: o mesmo Deus representado na imagem está presente em cada ser humano; aliás, em cada ser vivo. Não digo que seja errado reverenciar tais imagens, porém vocês mesmos são Deus. Então, antes de mais nada, considerem a si próprios como Deus, e depois comecem a ver o mesmo Deus em todos os seres vivos. (Discurso Divino, 28 de julho de 2007)

Sri Sathya Sai Baba

03 de julho de 2025

Todas as manhãs, ao despertarmos, devemos limpar a boca. É preciso que os dentes sejam cuidadosamente escovados, tanto a face interna quanto a externa, e a superfície da língua, devidamente higienizada, pois a boca é a porta de entrada para diversas doenças. Durante as interações com outras pessoas, é importante estarmos atentos em relação a possíveis odores desagradáveis. Devemos preservar a saúde por meio de hábitos de higiene adequados e, além disso, manter cada parte funcional do corpo em plena forma e vigor. É necessário que estejamos sempre conscientes de que a Divindade é inerente a cada membro e órgão do corpo. É por esse motivo que os Vedas enaltecem Deus como “Angirasa”, o poder divino presente em todas as partes do corpo. Cada uma dessas partes possui a sua bondade característica intrínseca. Vocês devem aprender, no épico Mahabharata, a causa da força dos antigos indianos, que assim preservavam a sua saúde. Na época da grande batalha de Kurukshetra, o ilustre Bhishma, comandante supremo do exército dos Kauravas, estava com 115 anos de idade, enquanto Krishna tinha 86 e o príncipe Arjuna, 84 anos. Esses eram os poderosos guerreiros de outrora, que viviam saudáveis e felizes. Graças aos cuidados com a saúde, homens e mulheres daquele tempo se tornaram exemplos de ideais elevados para a nação. Observavam horários regulares para as suas refeições e descanso e comiam com moderação, evitando se servir de alimentos fora dos períodos estabelecidos. (Discurso Divino, 27 de maio de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

04 de julho de 2025

Deus está presente em todos os seres humanos. A cabeça de cada ser humano é, verdadeiramente, a cabeça do próprio Deus. Por isso, Ele é descrito como Virat Svarupa, a Encarnação da Divindade Cósmica. A Sua forma é a forma do Universo. Cada ser, dentro dessa forma cósmica, possui uma forma distinta, porém o Divino é imanente em todas as formas. Krishna declarou na Bhagavad Gita: “O Atma, o Ser Interno eterno presente em todos os seres, é parte do Meu Ser”. Em cada um de vocês, na verdade, Eu estou presente. Vocês não são diferentes de Mim. Não alimentem dúvidas ou divergências a esse respeito. Fortaleçam o seu amor, essa é a disciplina espiritual adequada. Se o fruto do amor amadurecer no seu coração, o néctar que dele provém poderá ser compartilhado com todos. Portanto, em primeiro lugar, deixem que esse fruto amadureça no seu coração. Se vocês encherem o coração de puro amor, poderão compartilhar esse amor com todos. Então, cada pessoa se tornará a própria Encarnação do Amor e não haverá mais lugar para o ódio nem para a violência no mundo. (Discurso Divino, 28 de julho de 2007)

Sri Sathya Sai Baba

05 de julho de 2025

O Sol brilha intensamente quando nada obstrui a sua luz. No entanto, se construirmos uma casa e fecharmos todas as suas portas e janelas, não haverá nenhuma luz no seu interior, apenas escuridão. Se quisermos que a luz solar penetre nessa casa, devemos fazer uma de duas coisas: 1) remover o telhado, ou seja, livrar-nos da ilusão de que somos o corpo, uma vez que o telhado é feito de ego e apego; 2) posicionar um espelho de modo que a luz solar seja refletida no interior da casa, pois assim, movendo o espelho, será possível espalhar a luz pela escuridão. Mas, nesse caso, a luz vem do Sol ou do espelho? O espelho é inerte e não possui luminosidade própria. Nesse aspecto, a Lua se assemelha a um espelho, já que também não tem luz própria. A luz do Sol se reflete na superfície da Lua, e por isso o luar é suave e agradável. Os Vedas, nossas Escrituras Sagradas, ensinam que a Lua é como a mente, que reflete a glória da alma! Se a luz do Ser Interno, ou seja, do Atma, for refletida no espelho do intelecto ou buddhi, toda a mente escura poderá resplandecer em luz! (O Caminho da Devoção, Chuvas de Verão, 1972)

Sri Sathya Sai Baba

06 de julho de 2025

Todo ser humano é a encarnação, o repositório e o veículo da bem-aventurança. A consciência dessa bem-aventurança é o seu objetivo, a consumação da existência humana. Entretanto, o ser humano busca prazer e felicidade nos objetos por meio dos sentidos e, assim, experimenta uma bem-aventurança material inferior à suprema bem-aventurança que deve conquistar. É importante afirmar o seguinte: a bem-aventurança que se alcança no mundo objetivo ou por meios subjetivos é apenas uma expressão fracionária da bem-aventurança conferida pela fusão na Realidade Suprema ou Brahman. A água quente não possui calor próprio; é o fogo que lhe confere essa qualidade. Similarmente, a bem-aventurança objetiva e a subjetiva assim se tornam pela graça da Suprema Bem-Aventurança Divina ou Brahmananda. No entanto, o ser humano se orgulha de ter conquistado a bem-aventurança pelo seu próprio esforço. É o açúcar que transforma bolinhos de farinha sem gosto em saborosos laddus, docinhos tradicionais da culinária indiana. As estrelas se orgulham de iluminar um mundo escuro, porém o brilho do luar torna a sua luz quase imperceptível. Por sua vez, o orgulho da Lua é reduzido quando o Sol ilumina o céu. A Suprema Bem-aventurança Divina é o Sol. Contudo, isso não significa que se deva ignorar o brilho das estrelas e a luz da Lua. De igual modo, não se deve ignorar a bem aventurança que se obtém da Natureza nem a resultante do conhecimento espiritual. Elas são passos, etapas, amostras. Mas, ao mesmo tempo em que as valorizamos como tais, temos que perseguir incessantemente o nosso objetivo – a Suprema Bem-aventurança Divina ou Brahmananda. (Discurso Divino, 25 de julho de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

07 de julho de 2025

O que pensam sobre o propósito para o qual Deus lhes concedeu esse corpo? Ele fez isso unicamente para que tenham a plena percepção do seu próprio Ser. Mas vocês esquecem esse propósito e concentram a mente no corpo físico. Afinal, o que há no corpo físico? O corpo é como uma bolha d’água. A mente é como um macaco louco. Não sigam o corpo. Não sigam a mente. Sigam a consciência. Se aprenderem esse princípio simples, a sua vida será santificada. Vocês não precisam dar ouvidos a tudo o que os outros dizem. A pureza da consciência é a fruição do conhecimento. Somente quando a sua consciência for pura é que vocês alcançarão a sabedoria. A pureza mental é de extrema importância. Mantenham a mente pura, livre de todo e qualquer tipo de contaminação. Sempre que maus pensamentos surgirem na sua mente, lembrem a si mesmos: “Isso não é bom; não me pertence; não é meu”, e os afastem prontamente. Digam a si mesmos: “Isso não é propriedade minha; apenas pensamentos e ideias elevadas me pertencem”. Lembrem-se constantemente da seguinte verdade: o amor é Deus. Então, vivam no amor. Se conseguirem cultivar pensamentos nobres e positivos, tudo se tornará auspicioso para vocês. (Discurso Divino, 28 de julho de 2007)

Sri Sathya Sai Baba

08 de julho de 2025

Em um lar deve prevalecer, em todos os momentos, uma atmosfera alegre, para que as crianças cresçam saudáveis e inteligentes. Rostos tristes não favorecem um crescimento saudável. Por que manter uma postura abatida? Dificuldades surgem com frequência para qualquer pessoa, mas vocês precisam estar conscientes de que elas são transitórias como nuvens passageiras. Por que perder o ânimo diante de cada contratempo? É somente um estado de espírito. Nada nesta vida é permanente. Pensem apenas nos momentos felizes do passado. Nunca fiquem remoendo acontecimentos tristes. Sejam alegres no presente, mantendo a mente sempre repleta de pensamentos nobres. Comecem o dia com amor, passem o dia com amor, preencham o dia com amor e terminem o dia com amor. Jamais se esqueçam desse aspecto extremamente importante do amor. Desde o amanhecer até o anoitecer, procurem sempre ter uma disposição alegre. Sintam-se felizes e, por meio de uma conduta virtuosa, façam os outros felizes. (Discurso Divino, 21 de janeiro de 1988)

Sri Sathya Sai Baba

09 de julho de 2025

Não saiam à procura de gurus, de mestres espirituais. Fortaleçam a sua fé no Atma, no Ser Interno. Procurem desfrutar da bem-aventurança do Atma. Esforcem-se para cultivar a seguinte convicção: “Eu sou o Atma”. Essa é a verdadeira mensagem. Quando tiverem compreendido essa verdade, tudo o mais se tornará desnecessário. Para vivenciar o guru interno, não há restrições de tempo, lugar ou circunstância. Mudanças no tempo só existem para o ser humano imerso na mente, que está vinculado a elas. Para aquele que transcendeu essas limitações, tudo permanece imutável. Só se consegue atingir esse estado espiritual por meio da confiança no Atma. O Guru Purnima é o dia da lua cheia consagrado ao guru, ou seja, ao mestre espiritual. No entanto, alguns tipos de guru consideram esse dia como uma oportunidade de obter ganhos materiais; esses são de nível inferior. O verdadeiro guru é somente Um. Ele é o Uno, o Deus dos deuses, reverenciado como pai, mãe, preceptor, conhecimento, riqueza e tudo o mais. É o Supremo, Aquele a quem se deve buscar por meio da disciplina espiritual. Somente Deus pode transformar os seus esforços espirituais em uma experiência transcendental. (Discurso Divino, 7 de julho de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

10 de julho de 2025

Guru Purnima, o tradicional festival hindu consagrado ao guru ou mestre espiritual, tem um nome cheio de significado. A palavra “purnima” se refere à resplandecente Lua cheia, e “guru”, palavra formada pela junção das sílabas “gu” (ignorância) e “ru” (destruidor), significa “aquele que remove a escuridão e a ilusão do coração, iluminando-o com a mais elevada sabedoria”. A Lua e a mente são inter-relacionadas, como objeto e imagem. Nesse dia, a Lua brilha, suave e formosa, em sua plenitude, emitindo uma luz fresca, relaxante e agradável. Portanto, a luz da mente também deve ser pura e prazerosa. Esta é a mensagem de hoje. No firmamento do seu coração, a Lua é a mente. Desejos sensoriais e atividades mundanas, que ali pairam como nuvens densas e pesadas, obscurecem a sua alegria ao contemplar a luz da Lua. Então, deixem que a forte brisa do amor disperse essas nuvens e lhes revele a glória serena do luar. Quando a devoção brilha em sua plenitude, o céu do coração se torna uma abóbada de beleza, e a vida, uma encantadora estrada de bem-aventurança. Essa beleza no coração e essa bem-aventurança na vida poderão ser conquistadas por meio da mente, se a lição deste dia for relembrada e realizada! (Discurso Divino, 29 de julho de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

11 de julho de 2025

Existem dois tipos de conhecimento que o ser humano pode buscar em sua procura pela felicidade. Um deles é o conhecimento mundano, que abrange a música, as belas artes, a física, a botânica, a química, a matemática e áreas afins. Esse conhecimento só é útil para atender às necessidades materiais, pois todo ele se refere àquilo que é perecível e está em constante transformação. O outro tipo de conhecimento é o Conhecimento do Ser Supremo ou Brahmajñana. Esse conhecimento revela que a origem, a evolução e a dissolução do Universo se devem a Brahman, a Realidade Suprema. As Upanishads, textos que contêm a essência dos Vedas, descreveram essa Realidade Suprema como o imperecível Brahman. Na época atual, o ser humano precisa obter esse conhecimento supremo. Há três passos que conduzem a ele: o primeiro é o sentimento sincero; o segundo é o esforço espiritual; o terceiro é a contemplação. (Discurso Divino, 24 de julho de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

12 de julho de 2025

O controle dos desejos é essencial para eliminar a mente e remover as ilusões que ali estão. No entanto, os aspirantes espirituais de hoje não têm reduzido os seus desejos. É fundamental compreender que o egoísmo e o egocentrismo devem ser extirpados, pois o egoísmo é a causa raiz de todas as aflições que assolam a humanidade. Se quisermos transformar o mundo, teremos que começar pelo indivíduo, removendo as suas características maléficas. Ele deve se preencher com pensamentos sagrados e, em primeiro lugar, reformar a si mesmo. Se não reconhecer a sua verdadeira natureza, todas as suas outras conquistas serão inúteis. Embora esteja explorando as regiões mais distantes do espaço, o ser humano não está avançando sequer um centímetro no sentido da compreensão do seu próprio  coração. Será essa a jornada que ele deve empreender? O que tem a fazer é voltar a mente para o próprio interior. Direcioná-la para o mundo exterior produzirá apenas sofrimento. Só se consegue obter bem-aventurança duradoura voltando a mente para Deus. Essa é a verdadeira disciplina espiritual. Sem transformação da mente, qualquer outra mudança será desprovida de sentido. Se vocês não modificarem as suas qualidades, permanecerão no mesmo estado de antes. Por conseguinte, cultivem boas qualidades e santifiquem a sua existência. (Discurso Divino, 7 de julho de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

13 de julho de 2025

Todos vocês devem compreender que o relacionamento entre Mim e vocês não se limita apenas ao corpo físico. Não desperdicem a sua vida pensando apenas no relacionamento material. O corpo é transitório. Vocês devem se concentrar em alcançar aquilo que é permanente e está além das limitações de tempo e espaço. Vocês mesmos viram e vivenciaram o Divino aqui. Devem levar com vocês essa experiência e expandi-la por meio da contemplação interior. Eis um exemplo: enquanto Eu falo com vocês, milhares de pessoas estão reunidas neste Purnachandra Hall. Quanto tempo durará isso? Talvez duas ou três horas. Amanhã todos vocês retornarão aos seus respectivos lares. Ainda assim, após a sua volta, a lembrança do que vivenciaram aqui, do discurso de Swami para vocês e da presença de milhares de devotos neste salão permanecerá gravada na sua mente e a ela retornará sempre que se recordarem deste dia. Essa lembrança é algo que lhes pertencerá por toda a vida, pois vocês Me levam na sua mente. A partir de uma perspectiva externa, o Purnachandra Hall permanecerá à sua frente apenas por um breve período, porém aquilo que vocês viram com os olhos voltados para o exterior deve ser preservado para sempre no seu interior. (Discurso Divino, 24 de julho de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

14 de julho de 2025

Deus está em toda parte. Vocês são Deus. É o aglomerado de corpo, mente e sentidos que os impede de reconhecer a sua divindade inerente. Assim vocês estão encobrindo a si mesmos. Por meio do corpo e da mente, vocês se tornam a causa da própria servidão. Só terão a percepção da sua verdadeira essência quando compreenderem a natureza do complexo corpo-mente. É suficiente que desenvolvam a convicção de que vocês e o Divino são um só: “Eu sou Brahman” (Aham Brahmasmi). Por meio do amor, desenvolvam fé inabalável nessa unicidade divina. Esse amor os levará à autorrealização. Independentemente de onde estejam ou do que façam, considerem-se instrumentos do Divino e ajam em conformidade com isso. Não é necessário esperar um ano inteiro para celebrar o Guru Purnima, festival destinado a reverenciar o guru ou mestre espiritual. Consagrem cada momento da sua existência ao Senhor. Essa é a maneira de se vivenciar o Divino em todo o tempo e lugar; é a verdadeira Visão do Divino. Sirvam a todos, amem a todos. Acreditem firmemente que Deus habita em cada ser e ajam sempre de acordo com essa crença. Somente por meio da prática espiritual contínua é possível desenvolver essa atitude sagrada. (Discurso Divino, 7 de julho de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

15 de julho de 2025

Observem que todos, do mendigo ao bilionário, são motivados pelo anseio por alcançar a bem-aventurança suprema, que se fundamenta na paz interior e não é afetada pelos altos e baixos da vida. Toda atividade, por mais simples ou grandiosa que seja, está subordinada a esse ideal. Essa bem-aventurança divina não é fabricada por nenhuma empresa nem está disponível em lojas. Não é algo que alguém possa obter do mundo exterior e acrescentar às suas posses. Ela deve brotar e crescer no interior do indivíduo e ali ser nutrida e cultivada. Considerem, por exemplo, a satisfação e o prazer que o alimento proporciona. Uma pessoa faminta pode ter ao seu alcance maços de dinheiro ou uma grande quantidade de comestíveis. No entanto, a menos que consuma esses comestíveis ou converta o dinheiro em alimentos e os coma – e, assim, eles se tornem parte dela –, não se sentirá nem um pouco satisfeita. Da mesma forma, a bem-aventurança é uma experiência interna, uma serenidade interior sublime e revigorante. Não se pode obtê-la pelo acúmulo de bens materiais, como carros, casas, terras, ouro, ações e investimentos. Afinal, como pode um cofre saciar a fome ou uma caderneta de poupança dar paz? (Discurso Divino, 3 de fevereiro de 1972)

Sri Sathya Sai Baba

16 de julho de 2025

Quando os pensamentos emanam de uma mente purificada pelo amor, eles resultam em ações corretas, ou seja, em retidão (dharma). Quando o amor (prema) se torna parte da própria experiência e dos próprios pensamentos e ações, alcança-se a paz (shanti). Quando se compreende claramente o amor, a não violência (ahimsa) surge naturalmente. Portanto, o amor é a corrente invisível que une todos os outros quatro valores. Pode-se resumir isso da seguinte maneira: amor mais pensamentos é verdade (satya); amor mais sentimentos é paz (shanti); amor mais ação é retidão (dharma) e amor mais compreensão é não violência (ahimsa). O amor é o denominador comum de todos esses valores. Ele é a própria forma de Deus, pois Deus é Amor. Aquele que dá amor é um ser humano; aquele que deixa de cultivar esse amor é uma fera. É o amor, ou a ausência de amor, que torna alguém um ser animalesco, um ser humano ou um ser divino. Só em um coração terno é possível cultivar o amor. No entanto, o apego a objetos mundanos faz com que  essa ternura se perca. Quando a mente está voltada para o mundo dos sentidos, a vida se torna artificial. (Discurso Divino, 20 de janeiro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

17 de julho de 2025

A sociedade é formada pela união de indivíduos. A cooperação entre eles, quando motivada pela espontaneidade e por intenções puras, constitui a marca distintiva do serviço desinteressado ou “seva”, que se caracteriza por duas qualidades essenciais: compaixão e disposição para o sacrifício. A história nos mostra que, em todos os países e em todas as épocas, o ser humano é um animal social. Ele nasce, cresce e termina a vida na sociedade. As suas canções e linguagem, assim como os seus deveres e lazer, são todos determinados pela sociedade. O que a água significa para o peixe, significa a sociedade para o ser humano; se ele for rejeitado ou negligenciado por ela, não conseguirá sobreviver. O que está além das capacidades de um único indivíduo pode ser realizado por um grupo ou por uma sociedade unida. Caminhando sozinha, uma pessoa se sentirá cansada e desanimada após percorrer uns oito quilômetros; no entanto, se o fizer acompanhada por mais dez pessoas, a caminhada lhe parecerá um passeio, e chegará ao final revigorada e fortalecida! (Discurso Divino, 19 de novembro de 1981)

Sri Sathya Sai Baba

18 de julho de 2025

A mente voa rapidamente de uma ideia para outra; ela a acaricia por um breve instante, e logo a abandona. Vocês podem conseguir manter a boca fechada, mas é quase impossível silenciar a mente. Essa é a sua natureza; ela é tecida com os fios do desejo. A sua característica é agitar-se e esvoaçar, de um lado para o outro, pelas vias dos sentidos, em direção ao mundo exterior das cores, dos sons, dos sabores, dos odores e das sensações táteis. No entanto, a mente pode ser domada e utilizada de forma benéfica pelo ser humano. Se ele a mantiver envolvida em atividades virtuosas e iniciativas nobres, principalmente na contemplação do Universal, do Absoluto, do Eterno – ou seja, de Deus –, ela não se desviará nem o levará à ruína, pois Deus é a fonte da força inesgotável, da alegria imorredoura e da sabedoria insondável. (Discurso Divino, 19 de maio de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

19 de julho de 2025

A falta dos cinco valores humanos tem mergulhado a humanidade em angústia e calamidade. Os jornais matutinos  estão repletos de notícias sobre assassinatos, massacres, incêndios criminosos e roubos praticados por gangues armadas. A poluição do cérebro e da mente atingiu níveis alarmantes. A educação tem se limitado a fornecer informações e desenvolver habilidades. Não tem abordado  problemas e temas como a degeneração moral, a sublimação dos desejos inferiores, o controle dos sentidos e o desenvolvimento da percepção espiritual. O ser humano está se transformando em um ente brutal com forma humana. Conta o poema épico Ramayana que o rei-macaco Vali questionou Rama por havê-lo ferido mortalmente com uma flecha, embora o seu pecado fosse perdoável e até mesmo apropriado entre os vanaras, seres com aparência de macacos, mas com inteligência e habilidades humanas. Rama, no entanto, respondeu que Vali era um macaco apenas na aparência; possuía consciência do certo e do errado, e por essa razão merecia ser punido. O ser humano, atualmente, é uma fera em trajes humanos. Se cultivar e expressar valores humanos, terá que abandonar a fera em seu interior, e então se tornará um autêntico ser humano – um peregrino em sua jornada rumo a Deus. (Discurso Divino, 7 de março de 1986)

Sri Sathya Sai Baba

20 de julho de 2025

Reflitam por um momento: vocês estão servindo a Deus ou é Deus quem está servindo a vocês? Quando um peregrino entra no rio Ganges (ou Ganga, em sânscrito), recolhe com as palmas das mãos a água sagrada e, recitando uma fórmula propiciatória, oferece a água à deusa Ganga – a deidade que esse rio personifica –, ele está simplesmente oferecendo Ganga à própria Ganga. De igual modo, quando vocês oferecem leite a uma criança faminta, ou um cobertor a um irmão que treme de frio na calçada, não estão fazendo nada além de entregar uma dádiva de Deus nas mãos de outra dádiva de Deus! Ou seja, estão depositando uma dádiva de Deus em um receptáculo do próprio Princípio Divino! É Deus quem serve e lhes permite afirmar que são vocês que servem! Sem a Vontade Divina, nem mesmo uma única folha de grama poderia tremular ao vento. Preencham cada momento com gratidão Àquele que é o doador e o recebedor de todas as dádivas. Cultivem a vontade de “doar”, de renunciar àquilo que é insignificante pelo que é grandioso, àquilo que é momentâneo em prol do que é significativo! (Discurso Divino, 19 de maio de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

21 de julho de 2025

O serviço desinteressado ao próximo ou “seva”, quando prestado com altruísmo e dedicação, é superior a todas as demais formas de adoração. Há um elemento de egoísmo em formas de adoração como a recitação do Nome Divino, a meditação e outras, mas o serviço prestado de forma espontânea é a sua própria recompensa. É preciso que ele seja realizado como uma oferenda a Deus. A palavra “seva” é pequena, porém repleta de profundo significado espiritual. O deus-macaco Hanuman, símbolo máximo da devoção a Rama, é o exemplo supremo do ideal de serviço. Em sua procura por Sita, a esposa de Rama, quando os demônios do reino de Lanka lhe perguntaram quem era, ele simplesmente respondeu que era um humilde servo de Rama. Era assim que gostava de se identificar. Deve-se considerar o serviço altruísta como a mais elevada forma de disciplina espiritual. Servir aos pobres nas aldeias é a melhor expressão  dessa disciplina. Dentre as nove formas ou nove passos no caminho da devoção a Deus, o serviço precede a entrega absoluta ao Divino ou Atma-nivedanam, que é a culminação desse caminho. A Graça de Deus vem quando se presta o serviço sem expectativa de recompensa ou de reconhecimento. Às vezes o ego e o apego afloram durante o serviço; nesse caso, eles devem ser eliminados por completo. (Discurso Divino, 25 de janeiro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

22 de julho de 2025

O período entre os 16 e os 30 anos é decisivo, pois é nessa fase que a vida se torna mais doce, e talentos, habilidades e atitudes são acumulados, elevados ao seu potencial mais puro e santificados. Se, durante esse período, o tônico do serviço altruísta ou “seva” for administrado à mente, o propósito da vida será realizado, uma vez que esse tônico acelera o processo de sublimação e santificação. Não sirvam esperando recompensa, atenção e gratidão, ou então movidos por um sentimento de orgulho da própria superioridade em termos de habilidade, riqueza, posição social ou autoridade. Sirvam movidos unicamente pelo amor. Se forem bem-sucedidos, atribuam o êxito à Graça de Deus, que os impeliu a isso, operando como Amor no seu interior. Se falharem, atribuam o fracasso à sua própria inadequação, ignorância ou falta de sinceridade. Examinem as motivações por trás das suas ações e as purifiquem de todo e qualquer traço de ego. Não coloquem a culpa nos seus colaboradores ou parceiros, nos beneficiários do serviço ou em Deus. (Discurso Divino, 19 de maio de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

23 de julho de 2025

As pessoas de outrora desfrutavam de paz e felicidade muito superiores às vivenciadas pela geração atual. Eram altruístas, desprovidas de ego e simples em sua maneira de viver. Tinham a liberação como o objetivo das suas vidas. Para alcançar paz e alegria semelhantes, devemos, antes de tudo, envidar esforços para promover o humanismo. A mente desempenha um papel crucial na existência humana. Está sempre pregando peças nos seres humanos, podendo ser fonte tanto de bem quanto de mal.  É a causa da tristeza e também da felicidade. Apresenta aspectos negativos e positivos. Portanto, compreender a natureza da mente é fundamental para o ser humano. Ela é o espinho em forma de agulha que provoca dor, e também a agulha que remove o espinho. É o fogo que dissipa a escuridão e cozinha os alimentos, e o mesmo fogo que queima e destrói. “Só a mente é a causa tanto da servidão quanto da liberação”, diz o texto sagrado. Ela é responsável por todas as nossas alegrias e tristezas, méritos e deméritos, pelo nosso bem e pelo nosso mal. Sendo assim, devemos tentar compreender as características da mente e esforçar-nos para dominá-la. (Discurso Divino, 12 de janeiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

24 de julho de 2025

As flores de lótus são os ornamentos dos lagos; as casas e edifícios, os das aldeias e cidades; as ondas são o ornamento do oceano; a Lua, o do firmamento. O verdadeiro ornamento do ser humano é o caráter. A sua perda é a fonte de todo o sofrimento e miséria do indivíduo. O ser humano não compreende o propósito para o qual foi criado por Deus. A Criação Divina é dotada de uma série de verdades, mistérios e ideais, porém ele esqueceu esses ideais. É incapaz de reconhecer o significado do seu legado. O poder humano é o maior de todos os poderes existentes no mundo. Na verdade, é o ser humano quem atribui valor a todos os bens materiais deste planeta. Quem determina o valor de um diamante, do ouro ou da terra? Não é o ser humano? Ele atribui valor a tudo neste mundo, mas não consegue reconhecer o seu próprio valor. Sendo assim, como poderá compreender o valor da divindade? Em primeiro lugar, terá que se tornar consciente do valor da vida humana. Só então estará em condições de compreender a divindade. (Discurso Divino, 1º de janeiro de 2000)

Sri Sathya Sai Baba

25 de julho de 2025

O Atma – o Ser Interno – é a Verdade, e vocês são o Atma. Somente ao vivenciar essa realidade é que o ser humano poderá ter a plena percepção da unidade transcendental que abrange tudo. Para esse propósito, é necessário investigar os três aspectos do não dualismo. O primeiro diz respeito à investigação que leva ao reconhecimento da base comum a diferentes objetos, como, por exemplo, o algodão, que é a base tanto do tecido quanto do fio. É o reconhecimento do Uno subjacente à multiplicidade, do Espírito que tudo habita e é comum a todos os seres. O segundo aspecto se refere à realização de ações com pureza de mente, de fala e de corpo, e com espírito de dedicação a Deus. O terceiro aspecto envolve o reconhecimento dos elementos comuns a todos os objetos e a todos os seres vivos. Os cinco ares vitais e os cinco elementos básicos (terra, água, fogo, ar e éter) estão presentes em tudo o que existe. A compreensão desses três aspectos da unicidade levará à percepção da unidade básica do Universo. (Discurso Divino, 23 de julho de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

26 de julho de 2025

Não ser capaz de reconhecer a própria divindade inerente é ignorância. É preciso investigar a razão dessa ignorância. Ela ocorre principalmente porque, durante toda a sua vida, vocês seguem o caminho voltado para o exterior, influenciados pelos órgãos dos sentidos, que estão direcionados para fora. Não fazem nenhum esforço para seguir o caminho voltado para o interior. Tudo o que veem, ouvem ou pensam está ligado ao mundo exterior. Na verdade, todas as suas ações estão voltadas para fora. Dessa forma, vocês permanecem totalmente imersos em atividades externas e negligenciam completamente o caminho que leva ao interior. Encarnações do Amor! Esforcem-se para compreender o verdadeiro valor do ser humano. Na verdade, não há Divindade alguma além daquela que reside em vocês. Sendo assim, é essencial compreender a natureza humana antes mesmo de tentar compreender o Divino. Aliás, não há diferença entre o ser humano e a Divindade. O ser humano é Deus; Deus é o ser humano. A única diferença está no modo como se percebe essa realidade. Vocês veem o mundo de uma perspectiva mundana e não reconhecem a Divindade que o permeia. É necessário que se esforcem para mudar a sua visão do exterior para o interior, a fim de que se tornem capazes de perceber essa Divindade. (Discurso Divino, 1º de janeiro de 2000)

Sri Sathya Sai Baba

27 de julho de 2025

As gopikas, vaqueirinhas devotas do Senhor Krishna, eram exemplos de equanimidade. Tinham pureza de coração, não possuíam nenhum apego e eram desprovidas de ego. Praticavam a retidão na vida diária e representavam um ideal para outras pessoas. Na época atual, aspiramos a viver como as gopikas e os gopalas, jovens vaqueiros devotos de Krishna. Essas experiências, porém, só podem ser vivenciadas, não descritas em palavras. A nossa vida é repleta de desejos; somente quando estes desaparecerem é que teremos um coração puro. A inveja e o ego ainda ocupam um lugar de destaque em nossa mente. Enquanto estivermos tomados por tais sentimentos, não seremos capazes de compreender os aspectos sagrados de Krishna. Hoje em dia, é essencial cultivar devoção unidirecionada – uma devoção tal que nos faça perceber Deus como a única e verdadeira Realidade. Não devemos tentar obter a Graça Divina motivados por interesses egoístas. Temos que nos esforçar para reconhecer a Divindade presente em todos e a onipresença de Deus. A nossa existência deve ser dedicada a esse reconhecimento e à conquista da graça do Senhor. (Chuvas de Verão, 1978, cap. 13)

Sri Sathya Sai Baba

28 de julho de 2025

O que é a vida? Qual é o seu objetivo? Qual é o seu segredo? Qual é a sua meta? É preciso refletir profundamente sobre as seguintes questões: “Para que viemos a este mundo? O que é liberação? Afinal, o que é a verdadeira liberdade?” Liberação é união; é quando a alma individual se funde na Alma Suprema, no Absoluto que tudo permeia. É isso o que define a liberação. Considerem o caso de um rio. Ele flui incessantemente, seguindo o seu curso, sem se deter diante de nenhum obstáculo ao longo do caminho. Quando obstruído por uma rocha, divide-se em duas correntes para contorná-la, e segue o seu curso até se fundir no mar. Jamais perde de vista o seu objetivo. A nossa vida é como o curso de um rio. Qual é o objetivo do rio chamado vida? Certamente, não é desperdiçá-la, esquecendo os nossos deveres. Portanto, a nossa vida deve fluir, com perseverança na prática espiritual, em direção ao seu objetivo, que é a Graça de Deus. Esse é o ensinamento de todas as religiões. (Discurso Divino, 31 de agosto de 1978)

Sri Sathya Sai Baba

29 de julho de 2025

A plena percepção da unicidade é o verdadeiro conhecimento. Alcançar a autorrealização, no entanto, não é tarefa fácil. Ainda assim, vocês devem se esforçar para ter essa experiência. Atingirão o seu objetivo se prosseguirem no caminho estabelecido. Pode-se chegar a ser um bom cantor por meio de prática incessante. Até mesmo o fruto amargo do nim, árvore utilizada para fins medicinais, adquire um sabor doce quando mastigado continuamente. O sândalo cria um sulco no arenito se esfregado nele incessantemente. Quanto mais lapidado é um diamante, maior é o seu valor. É possível conseguir qualquer coisa mediante perseverança na prática. Andar, ler, falar, comer, escrever – tudo isso requer prática. Se desejarem aprender a andar de motocicleta, quanto precisarão praticar? Poderão cair inúmeras vezes, mas desistirão de tentar? Infelizmente, no caminho da espiritualidade, vocês abandonam a sua determinação diante do primeiro fracasso. Em qualquer outra atividade, vocês não desistem, apesar de todos os obstáculos. Mas, na verdade, é justamente no caminho da espiritualidade que devem demonstrar a mesma determinação – e ainda mais. Isso porque a espiritualidade os conduz ao objetivo supremo da vida. Esse é o propósito do nascimento humano! (Discurso Divino, 1º de setembro de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

30 de julho de 2025

O ser humano não consegue dar valor ao poder e à capacidade da mente. Ela é a causa fundamental de todas as alegrias e tristezas. O poder divino latente na mente e a própria natureza da mente estão além de qualquer descrição. A mente é capaz de ir a qualquer lugar em um instante, e também de se deter prontamente. “Mano mulam idam jagat”, diz o verso em sânscrito. Ou seja, “O mundo é baseado na mente”. Sabemos que o alimento que ingerimos se transforma em nutriente para o corpo, mas não é bem assim. Não é o alimento que nutre, e sim a mente, apenas a mente! Se ela não estiver com ânimo alegre durante as refeições, a comida poderá até se tornar venenosa! É só a mente que confere divindade à natureza humana. Tudo o que vemos, falamos, pensamos ou fazemos deve adquirir uma dimensão sagrada. Sem o estímulo da mente, não conseguimos sequer dar um passo à frente. O ser humano se vangloria tolamente da sua destreza física, inteligência, riqueza e poder. No entanto, não faz nenhuma investigação sobre o demônio do ego, que o desencaminha. (Chuvas de Verão, 1º de junho de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

31 de julho de 2025

Tal como o pobre aldeão que pulou na torrente para resgatar o que pensava ser uma trouxa de tapetes, mas que, na verdade, era um urso sendo arrastado pelas águas tempestuosas, e descobriu que a “trouxa” se agarraria a ele tão fortemente que não conseguiria escapar, o ser humano também pula para resgatar o que considera um tesouro, porém se vê capturado e aprisionado. Eis por que os santos desta terra têm ensinado às pessoas que elas são filhas da imortalidade e repositórios de paz e alegria, verdade e justiça, além de senhoras dos seus sentidos. Naturalmente, o ser humano pode nutrir alguns desejos, aspirar a adquirir conforto e fazer certas tentativas para obter satisfação, mas será como o doente que anseia avidamente por um remédio. Alimento, bebida, moradia e vestuário devem ser subsidiários às necessidades do espírito e à educação das emoções, paixões e impulsos. Devem ocupar o lugar que têm hoje o sal e a pimenta na mesa das refeições. Por exemplo, não pode haver sal em maior e nem mesmo em igual quantidade de lentilhas em um ensopado. De maneira semelhante , os esforços para a aquisição de saúde, conforto e coisas desse tipo devem ser na medida suficiente para o propósito de sustentar a disciplina espiritual, nem mais nem menos. (Discurso Divino, 2 de outubro de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

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