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01 de março de 2025

Os quatro objetivos estabelecidos por Sai Baba correspondem, de fato, aos estabelecidos pelos Vedas: a Verdade, a Retidão, a Paz e o Amor (em sânscrito, satya, dharma, shanti e prema). A humanidade deve compreender a importância desses quatro objetivos, aceitá-los, reverenciá-los e praticá-los na vida diária. Somente assim a divindade latente no ser humano brilhará em todo o seu esplendor. Alcança-se o primeiro ideal – a Verdade – pelo exercício da disciplina espiritual da fala. Atinge-se o segundo – a Retidão – pelo exercício da disciplina espiritual do corpo e dos seus componentes em relação à sociedade na qual vive o ser humano e ao mundo material, que o afeta e por ele é afetado. Por meio de ações e conduta corretas é possível alcançar o terceiro objetivo: a Paz, um estado de equilíbrio inabalável que é fruto da disciplina mental. A Verdade se estabelece na fala por meio da disciplina espiritual ligada a satva, a qualidade do equilíbrio, da pureza, da bondade, do altruísmo. Alcança-se a Retidão pelo exercício da regulação de rajas, a qualidade da paixão, da atividade, do desejo, do egoísmo. A Paz é consequência do recolhimento ou mesmo da inatividade relacionada a tamas, a qualidade da inércia, da indolência, da ignorância. Mas o quarto objetivo – o Amor – está além desses três modos e transcende o pensamento, a palavra e a ação! O Amor Divino não é facilmente compreensível. Amor é Deus. Deus é Amor. Considerar o Amor como uma maneira de falar, um estado mental ou um comportamento físico é aviltá-lo profundamente. O Amor não tem nenhum traço de egoísmo e não é limitado por motivações de ordem pessoal. (Discurso Divino, 8 de março de 1981)

Sri Sathya Sai Baba

02 de março de 2025

Ao entrar em uma sala de cinema, vocês se deparam com uma tela branca. Apenas olhar para ela não os satisfaz. Quando o filme começa, diversas cenas são projetadas na tela. Seria possível ver o filme sem a tela? Não. Entretanto, quando o filme é projetado, embora a tela esteja presente, ela não é vista, pois se funde com as imagens. A tela está ali o tempo todo – antes, durante e após a exibição do filme. Os Vedas declaram: “Esse Deus que tudo permeia está presente tanto no interior quanto no exterior”. Assim como a tela está para o filme, o Atma – o Ser Interno – está para a Criação. O Atma, aqui representado pela tela, está presente dentro e ao redor de todos os seres, e é a base primordial de toda a Criação. Por isso se diz: “A Divindade permeia todo o Universo”. Ou seja, o Divino está presente tanto no “filme projetado” quanto ao seu redor. Quem, então, será capaz de conhecer a forma de tal Divindade? Na tela do Amor se encontra o filme do Universo. Esse Amor está presente em todos os seres como o Atma. (Discurso Divino, 30 de setembro de 1998)

Sri Sathya Sai Baba

03 de março de 2025

Se desejam vivenciar o Divino, entendam o seguinte exemplo. A própria natureza da mãe é o amor. A mãe tem uma forma, porém o amor não tem forma. Então a mãe, em si, é a forma do amor. A presença do Princípio do Atma – a natureza essencial do Ser Interno – faz com que vocês sejam capazes de ver o seu reflexo na forma do mundo. O mundo inteiro nada mais é que reflexo, reação e ressonância. A única realidade é o Atma. Contudo, o ser humano se esqueceu da realidade e vê apenas o reflexo. Não há reação sem ação, assim como não há ressonância sem som. Embora o som esteja em todo lugar, nem sempre é possível ouvi-lo. De modo semelhante, vocês não conseguem ver a Realidade, embora ela esteja em toda parte. Como serão capazes de vê-la? Mantenham sempre o pensamento em Deus, com fé inabalável e amor altruísta, e Ele certamente Se manifestará diante de vocês. Hoje em dia, o ser humano canta o nome de Deus e anseia por vê-Lo, porém não consegue vivenciar a Divindade por lhe faltar uma fé sólida. Ao perder os dois olhos da fé, ele ficou cego. A fé é extremamente importante. (Discurso Divino, 30 de setembro de 1998)

Sri Sathya Sai Baba

04 de março de 2025

Corpo, mente e espírito – esses três, juntos, compõem o ser humano. Se apenas o corpo fosse considerado, a sua existência seria comparável à de um animal. A mente alça o ser humano à condição humana. O espírito, ou seja, o Ser Interno ou Atma, o elevará à divindade. Esses três elementos estão interligados e são interdependentes, cada um promovendo os demais. Sem a mente, o corpo seria incapaz de tomar decisões. Contudo, tanto o corpo quanto a mente devem servir ao espírito e se tornar conscientes do Atma, o Ser Divino. A saúde desempenha um papel fundamental para se levar uma vida plenamente moral e disciplinada. É necessário controlar e regular os sentidos e a mente para que o ser humano possa vivenciar a plenitude da existência. Somente quem é capaz de comandar a si mesmo tem o direito de comandar outros. O controle dos sentidos (dama, em sânscrito) deve se evidenciar em todos os aspectos da vida – nos estudos, na alimentação, no sono, no lazer e assim por diante. É o que se chama de disciplina. Sem ela, nenhuma atividade poderá alcançar a sua realização. (Discurso Divino, 23 de março de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

05 de março de 2025

Qual é o significado do termo “Bhagavan”, que utilizamos ao nos referirmos ao Senhor? “Bhaga” significa “Aquele que é o repositório de todos os atributos divinos e o único digno de adoração”. “Ga” indica “Aquele que possui todas as excelências e cria, sustenta e reabsorve todas as coisas”. “Bha” tem dois significados: o primeiro é “Aquele que tem a capacidade de fazer da Natureza o instrumento do processo criativo”; o segundo é “Aquele que tem a capacidade de sustentar o que é criado”. Deve-se acrescentar, ainda, que “bha” tem outros significados, tais como “paz”, “luz”, “esplendor” e “iluminação”; “ga” quer dizer “Aquele que tudo permeia”; e “van” designa “Aquele que é capaz”. Portanto, o termo “Bhagavan” significa “Aquele que é capaz de acender o Esplendor Divino, iluminando a Sabedoria, e que constitui a Eterna Luz Interior da Alma”. Pode haver algo mais grandioso que conquistar o Amor de um Senhor tão onisciente e onipotente? Não há nada neste mundo ou além dele que se iguale ao Amor Divino. O inteiro propósito e sentido da existência humana é envidar todos os esforços para conquistar esse Amor. (Discurso Divino, 14 de janeiro de 1988)

Sri Sathya Sai Baba

06 de março de 2025

Os jovens, devido à pouca idade, tendem a seguir as inclinações da mente e não alcançam todo o potencial da sua inteligência. Consequentemente, ficam sujeitos a uma série de agitações e frustrações. Por esse motivo, é fundamental que aprendam a exercer o seu poder de discernimento. A pergunta que todo estudante precisa se fazer é: “Eu sou um ser humano. Nessa condição, como devo proceder para conquistar o respeito e a consideração dos outros?” Em qualquer situação, ele deve refletir sobre qual é o caminho correto e qual o caminho a ser evitado. É essencial realizar uma análise cuidadosa antes de decidir o que fazer e para onde ir. E, uma vez que tenha adquirido o devido conhecimento, ele não deve agir como uma pessoa iletrada e sem educação. A sua conduta tem que ser um reflexo do seu aprendizado. A humildade é a marca da verdadeira educação; sem humildade, a erudição perde o seu valor. O discernimento é essencial para todo estudante e pessoa instruída. (Discurso Divino, 16 de janeiro de 1988)

Sri Sathya Sai Baba

07 de março de 2025

O código de Retidão ou dharma estabelece para os seres humanos um caminho que orienta e regula a sua conduta. O dharma, à semelhança do esplendor dos raios solares, ilumina os caminhos que eles devem trilhar para promover o bem-estar e o progresso da sociedade. Dentre as leis do dharma, a justiça ou nyaya ocupa o lugar mais importante. O significado de Retidão é ganhar a vida de maneira honesta e ser um exemplo para os demais por levar uma existência íntegra e justa. A justiça consiste em não fazer distinção entre si mesmo e os outros. Independentemente dos desafios pessoais enfrentados ou do que possa ocorrer a pessoas relacionadas a vocês, jamais se desviem do caminho da Retidão. A justiça é como a bússola do marinheiro; não importa de que modo a posicionem, a sua agulha apontará sempre para o Norte. Da mesma forma, a justiça revela a divindade presente no ser humano e o faz desfrutar da bem-aventurança do Divino. Por conseguinte, uma vida humana ideal deve ser aquela na qual a Retidão sirva de base para toda e qualquer ação. (Discurso Divino, 14 de maio de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

08 de março de 2025

Não permitam que a sua mente se fixe nas falhas e vícios alheios, pois isso a contaminará. Fixem a mente na justiça e nas virtudes alheias, e isso a santificará. Sei que, em momentos de agitação emocional, vocês deixam de lado a sua verdadeira natureza e se põem a ofender outras pessoas, a desejar que lhes aconteça algum mal ou a se alegrar com a sua aflição. Esses pensamentos maléficos se instalam na sua mente, crescem desenfreadamente e levam, em contrapartida, aflição e desonra à sua própria vida. Então, por que se preocupar com os outros? Se os apreciam, falem com eles; caso contrário, deixem-nos em paz. Por que procurar falhas neles e falar mal deles? Fazer isso é atrair a queda espiritual. Quem age assim perde todos os benefícios que espera obter de práticas como a repetição do Nome Divino, rituais de adoração, meditação e o darshan, ou seja, a visão do Senhor. Apesar de todas essas disciplinas espirituais, tal pessoa permanecerá cheia de amargor, como a cabaça amarga que um peregrino carregava consigo, com a intenção de mergulhá-la em águas sagradas para torná-la doce. (Discurso Divino, 29 de fevereiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

09 de março de 2025

Um aspirante não deve exultar quando a felicidade lhe sorri nem desanimar quando a tristeza é o seu quinhão. “Seja feita a Tua vontade, não a minha” é o que ele deve constantemente afirmar a si mesmo. Poucos buscadores espirituais procuram desvendar a intenção do Senhor, trilhar o caminho que conduz a Ele e abraçar os ideais por Ele estabelecidos. Em vez disso, seguem os próprios instintos e julgamentos e obtêm, como recompensa, angústia e desespero. Ignoram o sacrilégio que cometem, proclamando que Deus é o Motivador Interno presente em toda parte, mas agindo como se Ele estivesse ausente de lugares nos quais não desejam a Sua presença. Desperdiçam tempo precioso em discussões e controvérsias estéreis sobre Deus. No entanto, cada pessoa pode explorar a verdade a respeito do Senhor e mergulhar no mistério divino somente até onde lhe permitirem as suas capacidades morais, intelectuais e mentais. Ela só consegue tirar do oceano a quantidade de água que o seu recipiente comporta. Deus é imensuravelmente vasto e está além do alcance da mais ousada imaginação! Um aluno de determinada série escolar tem que estudar textos apropriados para o seu nível intelectual. (Discurso Divino, 29 de fevereiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

10 de março de 2025

A mente, pela sua própria natureza, se move apenas em direção ao que é correto e puro. No entanto, os sentidos e o mundo exterior a arrastam para o erro e a impureza. Um tecido branco pode se sujar; porém, quando a sujeira é removida, ele recupera a sua brancura original. Anotem todos os objetos pelos quais choraram até agora. Descobrirão que ansiaram tão somente por coisas triviais, reconhecimentos momentâneos e fama transitória. No entanto, vocês devem clamar unicamente por Deus e pela sua própria purificação e realização espiritual. Chorem e se lamentem pelas seis serpentes que se alojaram na sua mente, intoxicando-a com o seu veneno: a luxúria, a raiva, a ganância, o apego, o orgulho e a malícia. Acalmem-nas, tal como faz o encantador de serpentes com a sua flauta oscilante. A melodia capaz de domá-las é o canto do Nome de Deus em voz alta. Quando estiverem embriagadas e incapazes de se mover e causar danos, segurem-nas pelo pescoço e removam as suas presas, como faz o encantador. A partir desse momento, elas serão seus brinquedos e vocês poderão manuseá-las à sua vontade. Quando as subjugarem, obterão a equanimidade e não serão mais afetados por situações tais como a honra ou a desonra, o ganho ou a perda, a alegria ou a tristeza! (Discurso Divino, 26 de março de 1968)

Sri Sathya Sai Baba

11 de março de 2025

Ao comermos, se usarmos palavras excitantes, surgirão em nós ideias relacionadas a essas palavras. A lição que devemos aprender, então, é que, ao tomarmos banho, nos sentarmos para meditar ou nos alimentarmos, não devemos pensar em outras atividades e outros assuntos. Falar demasiadamente enquanto se come também é prejudicial. Não se deve ter nenhum tipo de conversa durante as refeições. Antes de comer, devemos recitar, com o coração alegre e em tom sagrado, a “Oração do Alimento” ou Brahmarpanam. Assim, tudo o que for oferecido a Brahman – a Deus – se tornará prasada ou alimento consagrado ao Divino, que virá a nós como uma dádiva de Deus. Um dos versos dessa oração tem o seguinte significado: quem está se alimentando é o próprio Deus, que está em nós na forma humana. Isso transforma a nossa comida em alimento para Deus. Portanto, devemos comer com muita tranquilidade, sem nos excitarmos ou nos entregarmos a emoções intensas. Se pelo menos tivermos o cuidado de nos alimentarmos dessa maneira, desenvolveremos boas ideias, ainda que não possamos nos dedicar à repetição do Nome do Senhor, à prática de austeridades ou à realização de rituais de adoração. (Chuvas de Verão, cap. 18, 1977)

Sri Sathya Sai Baba

12 de março de 2025

Existem no mundo diversas áreas do conhecimento, tais como a música, a literatura, a arte, a escultura, a economia, a política e assim por diante. Todas são apenas partes do conhecimento mundano, relacionado ao universo fenomênico. Esse conhecimento pode garantir mais conforto às pessoas, porém não contribuirá para a sua liberação. Embora seja possível exercer algum controle sobre as condições materiais, estas não servirão para assegurar paz de espírito ou bem-aventurança da alma. Aliás, em certo sentido, quanto maior o conhecimento mundano, menor a probabilidade de se ter paz de espírito. O conhecimento mundano é, sem dúvida, necessário; entretanto, não constitui a finalidade máxima. Muitos grandes reis do passado, que governaram vastos impérios e desfrutaram de todo tipo de prazer, escolheram renunciar a tudo, no final da vida, pela conquista da paz espiritual. “Tudo o que é perceptível é perecível”, é o que se afirma. Na busca por prazeres fugazes e transitórios, descartamos aquilo que é permanente, imutável e verdadeiro na existência humana. (Discurso Divino, 17 de março de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

13 de março de 2025

Aqueles que não creem na teoria do karma, relativa às consequências das ações praticadas nesta vida ou em vidas anteriores, hoje falam sobre a unicidade da humanidade. Mas como explicar as vastas e imensuráveis diferenças entre os seres humanos – em habilidades, condições de vida, atitudes e inclinações? Há quem esteja sempre doente, enquanto outros são fortes e saudáveis; alguns estão sempre alegres, enquanto outros vivem na infelicidade. Não se percebe que tais diferenças resultam de ações realizadas anteriormente. A ação ou karma é a origem de tudo o que acontece. Os frutos das ações praticadas podem não ser imediatos; no entanto, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente se manifestarão. Há um poema em télugo que diz: “Eu farei isso, eu farei aquilo... vã é essa arrogância, ó ser humano! O que se planta, se colhe; assim como é a semente, será o fruto”. Portanto, somente pela prática de boas ações é possível alcançar os resultados desejados. Com esse propósito, os Vedas (Escrituras Sagradas reveladas aos antigos sábios), na seção denominada Karma Kanda, que dá ênfase às ações realizadas, estabeleceram os atos virtuosos que conduzem a resultados benéficos. (Discurso Divino, 17 de março de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

14 de março de 2025

Ioga significa união – a união do “ser” com a sua fonte. Diz a Bhagavad Gita: “Ioga significa equanimidade”. Na conquista dessa equanimidade, podemos distinguir cinco campos. O primeiro é o das oscilações naturais. É preciso dar as boas-vindas tanto ao verão quanto ao inverno, pois ambos são essenciais ao ciclo da existência. A alternância das estações nos fortalece e nos suaviza. O nascimento e a morte são eventos naturais. Não podemos compreender a razão nem de um nem do outro. Eles simplesmente acontecem. Tentamos culpar alguém ou alguma circunstância pelo dano ou perda que sofremos, mas o verdadeiro motivo é o nosso próprio karma, ou seja, as ações que praticamos. Ao se compreender o contexto de cada acontecimento, pode-se reduzir ou até mesmo anular o seu impacto. O segundo campo é o das oscilações sociais. É preciso receber com equanimidade o elogio e a crítica, o respeito e o escárnio, o lucro e a perda, assim como outras tantas respostas e reações da sociedade na qual se vive e se enfrentam desafios. A boa fortuna constitui, tanto quanto o infortúnio, um desafio à equanimidade! (Discurso Divino, 7 de setembro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

15 de março de 2025

O terceiro dos cinco campos para a conquista da equanimidade é o do conhecimento, com os seus altos e baixos. Até atingir o ápice do conhecimento, a partir do qual se vivencia o Uno manifestado neste vasto universo ilusório, o buscador enfrenta muitas tentações e obstáculos que o desviam do caminho. Ele tende a abandonar inteiramente a sua escalada ao se sentir exausto ou por acreditar ter chegado ao cume. A Bhagavad Gita define um pandit, ou seja, um erudito, como aquele que reconhece a presença do mesmo Uno em todos os seres. Já um jñani – aquele que, por experiência direta, obteve a Sabedoria – conquista a equanimidade quando se convence de que o Uno é a Verdade de tudo, e quando os seus pensamentos, palavras e ações são guiados por essa convicção. O quarto dos cinco campos para a conquista da equanimidade é o da devoção, com os seus altos e baixos. Aqui há muito fanatismo, preconceito e perseguição, resultantes da ignorância em relação ao Uno e da incapacidade de se perceber que todos adoram o mesmo Deus, ainda que por meio de diferentes ritos e rituais, maneiras e métodos. Existe apenas um Deus, e Ele é onipresente! (Discurso Divino, 7 de setembro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

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