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01 de dezembro de 2024

Qualquer que seja a dificuldade, por maior que seja a labuta, persistam e vençam por meio da prática de Namasmarana, a recordação do Nome do Senhor. Lembrem-se de Bhishma, um dos mais eminentes personagens do épico Mahabharata! Embora prostrado em um leito de flechas, ele suportou pacientemente a dor, esperando o despontar do momento auspicioso para a sua libertação. Em sua agonia, jamais clamou a Deus para Lhe pedir que pusesse fim ao seu sofrimento. “Suportarei tudo, qualquer que seja a dor, por mais longo que seja o tormento. Ficarei em silêncio até que chegue o momento. Leve-me ao alvorecer”, disse ele. Dentre os devotos serenos, Bhishma era o principal. Permaneceu firme e inabalável. A Paz é essencial para todos. Tê-la é possuir tudo; não tê-la tira a alegria de tudo. Embora a Paz seja a verdadeira natureza de todo indivíduo, a raiva e a cobiça conseguem suprimi-la. Quando estas são removidas, a Paz brilha em seu próprio esplendor. (Prashanti Vahini, cap. 5)

Sri Sathya Sai Baba

02 de dezembro de 2024

As pessoas devem se alegrar porque o Senhor Supremo tem disposto à sua volta instrumentos cada vez mais novos para Lhe prestarem serviço, possibilitando que o adorem de diversas formas. Elas devem orar por oportunidades sempre renovadas e exultar pelas que lhes forem concedidas. Tal atitude proporciona alegria imensurável. Levar uma vida permeada por essa alegria é, de fato, bem-aventurança. Tudo o que se fizer, desde o nascer até o pôr do sol, tem que ser consagrado como um ato de adoração ao Senhor. Assim como se tem o cuidado de colher apenas flores frescas e mantê-las limpas e viçosas, também é necessário fazer esforços incessantes para realizar ações puras e imaculadas. Se essa visão for mantida todos os dias diante dos olhos da mente, e a vida for vivida em conformidade com isso, ela se tornará um longo e ininterrupto serviço ao Senhor. O sentimento de “eu” e “você” logo desaparecerá e todo e qualquer vestígio do ego será destruído. A própria vida, então, se transmutará em genuína devoção ao Senhor. (Prema Vahini, cap. 8)

Sri Sathya Sai Baba

03 de dezembro de 2024

O Senhor nunca disse que cuidaria do bem-estar de um devoto o tempo inteiro, ainda que este passasse apenas breves momentos pensando em Deus ou até mesmo se saísse por aí, praticando todo tipo de atos maléficos e prejudiciais em Seu Nome. Há três coisas que vocês devem ter em mente: 1) não pensarei em nada além de Deus; 2) nada farei sem a Sua permissão; 3) a minha atenção estará inteiramente voltada para Ele. Somente quando  aceitarem e colocarem em prática essas três coisas é que o Senhor cuidará do seu bem-estar. Hoje em dia, as pessoas não se importam com as injunções dadas pelo Senhor; em vez disso, discutem com Ele e Lhe perguntam por que não está cuidando do seu bem-estar e da sua segurança. Não se obterá nenhum benefício da mera leitura e recitação da Bhagavad Gita ou de simplesmente pensar sobre o seu conteúdo! Somente ao compreenderem o significado desse texto sagrado, revolvendo-o na mente, assimilando-o completamente e o tornando parte integrante da sua vida é que vocês poderão se beneficiar dele. (Chuvas de Verão, cap. 8, 1972)

Sri Sathya Sai Baba

04 de dezembro de 2024

Para que uma semente se torne uma planta, são necessárias terra e água. De igual modo, são necessárias devoção e fé para que a semente divina presente no ser humano se transforme em uma árvore e floresça na forma de Sat-Chit-Ananda, ou seja, na forma de Ser – Consciência – Bem-Aventurança. Ter condição humana não consiste simplesmente em voltar a mente para Deus. O Divino deve ser vivenciado internamente. O gênero humano é a manifestação do ilimitado potencial do Divino. O ser humano é a individualização dos infinitos raios do Divino. Mas, por não reconhecerem a sua essência divina, as pessoas desperdiçam a vida na busca de prazeres transitórios e insignificantes. O que é espiritualidade? É a busca resoluta da Consciência Cósmica. A espiritualidade visa capacitar o ser humano a manifestar, em toda a plenitude, a Consciência Cósmica presente no seu interior e exteriormente a ele. Isso significa eliminar a natureza animal no ser humano e desenvolver as tendências divinas que nele existem. Significa romper as barreiras entre Deus e a Natureza e estabelecer a sua unicidade essencial. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

05 de dezembro de 2024

O propósito da educação deve ser o de levar uma vida de plenitude, não o de simplesmente ganhar a vida. Aprender com um cientista a composição química da água é um tipo de conhecimento que pode ajudar a conseguir um emprego. Mas saber como utilizar a água de maneira correta, de modo que todos possam partilhar dos seus benefícios, é conhecimento espiritual. Esse conhecimento superior eleva a vida e a torna significativa. Quando o conhecimento mundano e o espiritual se unem, a existência humana se torna sagrada. Há um ditado em canarês, língua do Sul da Índia, que diz: “O lótus é o ornamento da água; a casa é o ornamento da cidade; as ondas são o ornamento do oceano; a lua é o ornamento do céu; a virtude é o ornamento da vida humana”. Se não há boas qualidades, todos os adornos são desprovidos de valor. Nenhum adorno é capaz de superar a beleza criada pelo Divino. É essa beleza que se deve apreciar. A beleza é Deus. Por que tentar aperfeiçoá-la? Quando se tem beleza natural, por que buscar cosméticos artificiais? A verdadeira beleza está nas boas qualidades! (Discurso Divino, 23 de novembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

06 de dezembro de 2024

Não é conquista fácil pronunciar o Nome do Senhor no último momento da vida. É algo que exige uma prática de muitos anos, baseada em uma fé profunda e sólida. Requer um caráter forte, desprovido de ódio ou malícia, pois o pensamento em Deus não pode subsistir em uma atmosfera de orgulho e cobiça. E como saber quando será esse último momento? Yama, o Deus da Morte, não anuncia a sua chegada antes de se apoderar de alguém. Nesse aspecto, ele se assemelha ao fotógrafo que tira instantâneos com a sua câmera, sem avisar: “Estão prontos? Vou bater a foto”. Se vocês desejam que o seu retrato seja pendurado nas paredes do Céu, ele precisa ser atraente. A sua postura, a sua pose e o seu sorriso devem ser agradáveis, não é mesmo? Portanto, é melhor que estejam preparados para o clique do fotógrafo, dia e noite, com o Nome do Senhor sempre presente na língua e a Sua glória sempre radiante na mente. Assim a foto sairá ótima, independentemente do momento em que for tirada. (Discurso Divino, 23 de novembro de 1960)

Sri Sathya Sai Baba

07 de dezembro de 2024

Para se alcançar o estado de Consciência Divina, a devoção é essencial. Ela tem como objetivo despertar no ser humano a consciência de Ishvara, ou seja, do Divino. Toda atividade que visa dirigir a mente para Deus é uma forma de devoção. Mas pensar em Deus com o propósito de satisfazer desejos mundanos ou obter conforto material não é devoção. Perceber e vivenciar internamente o Divino como Sat-Chit-Ananda ou Ser – Consciência – Bem-Aventurança é o verdadeiro sinal da devoção. Desde tempos remotos, o ser humano tem buscado objetos materiais exteriores a ele, esquecendo-se da divina e eterna Realidade que reside no seu interior. Aprisionado nas três qualidades ou gunas inerentes à Criação, o ser humano se esquece do Divino. Por outro lado, quem está imerso na espiritualidade é indiferente ao mundo fenomênico. A transformação espiritual requer que a mente deixe de ser prisioneira dessas três qualidades para ser vinculada a Deus. É preciso adquirir a firme convicção de que o Divino é a base e o sustentador do Universo. Bondade é um sinônimo de Deus. O poder da Consciência Cósmica faz com que as boas qualidades se manifestem no ser humano. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

08 de dezembro de 2024

A mente é um solo fértil para a ignorância. Erradicar todos os vestígios da mente – essa é a tarefa do sábio. Como aniquilar a mente? É fácil, quando se sabe o que ela é. A mente é repleta de desejos. É tal qual uma bola de futebol cheia de ar. Furem-na e ela não se deslocará de um lugar para outro. Etimologicamente, a palavra “Nirvana” significa “sem ar”. Quando enche uma área quadrada, a água proveniente de um canal de irrigação parece ter a forma de um quadrado; já quando enche uma área circular, retangular ou triangular, adquire a mesma forma geométrica. De modo similar, a mente assume a forma do desejo que a preenche. Eis outro exemplo: imaginem a mente como um tecido no qual a urdidura e a trama são os fios do desejo. A textura, a cor, a durabilidade, a maciez e o brilho do tecido dependerão do desejo que constitui a urdidura e a trama. Se os fios da urdidura e da trama forem removidos, um a um, o tecido desaparecerá. Essa é a técnica da aniquilação da mente ou “manonasanam”. (Discurso Divino, 16 de outubro de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

09 de dezembro de 2024

O pássaro chataka, símbolo de pureza e devoção na mitologia hindu, suporta muitas provações para obter gotas de chuva límpidas provenientes das nuvens. Assim que avista uma nuvem escura no céu, embarca em sua aventura. Embora haja água em abundância na Terra, em lagos, lagoas e rios, ele não se interessa por essas águas poluídas. Sem procurar água de nenhum outro tipo, espera pacientemente pelas gotas de chuva puras que caem durante o auspicioso mês de kartika, que corresponde a outubro–novembro no calendário gregoriano. Então, indiferente a trovões e relâmpagos, sem medo ou preocupação, sorve apenas as gotas de chuva cristalinas que caem diretamente das nuvens. Ao bebê-las, ele canta de alegria. O pássaro chataka é um exemplo de amor puro. O verdadeiro devoto deve realizar uma penitência semelhante para alcançar a plena percepção do Divino. Precisa demonstrar a mesma determinação e passar por idênticas provações para experimentar o êxtase supremo. Não deve sucumbir às artimanhas e atrações do mundo. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

10 de dezembro de 2024

Livros sagrados são venerados. Derramam-se flores sobre eles, e até o alimento que lhes é oferecido se torna santificado. São levados pelas ruas em procissão, precedidos por gaiteiros e percussionistas. Mas, quanto a lê-los, procurar entender o seu conteúdo ou praticar um pouquinho daquilo que ensinam é uma tarefa impossível para a maioria das pessoas! Eu lhes apresentarei apenas um dos seus ensinamentos, e é Meu desejo que tomem a resolução de segui-lo: “Não procurem encontrar falhas nos outros; abstenham-se de caluniar e de ferir o próximo. Não escandalizem ninguém; não tenham inveja nem malícia. Sejam sempre gentis no temperamento e na fala, e que as suas conversas sejam plenas de devoção e de humildade”. Vivam com amor, no amor e para o amor. Então o Senhor, que é Premasvarupa, a Personificação do Amor Divino, lhes concederá tudo o que necessitarem, mesmo que nada Lhe peçam. Ele sabe; é a Mãe que não espera ouvir o gemido da criança para alimentá-la. O Seu Amor é tão vasto e profundo que Ele antevê cada necessidade de vocês e Se apressa a auxiliá-los. (Discurso Divino, 13 de julho de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

11 de dezembro de 2024

Para dissipar a escuridão da tristeza, é preciso acender a lâmpada da felicidade. Para expulsar a escuridão da doença, deve-se instalar a luz da saúde. Para superar a escuridão das perdas e fracassos, é necessário deixar entrar a luz da prosperidade. Essas condições aparentemente opostas não são totalmente separadas umas das outras. Elas estão inter-relacionadas. Vê-se que no mundo prevalecem o calor ou o frio. Eles parecem ser opostos entre si. No entanto, de acordo com a situação existente, ambos são proveitosos para o ser humano. Durante o tempo frio, o calor é bem-vindo. No verão, deseja-se o frescor. Por conseguinte, está claro que tanto o calor quanto o frio são úteis e não prejudiciais ao ser humano. Da mesma forma, a alegria e a tristeza, a perda e o ganho são benéficos e não hostis a ele. Se não houvesse tristeza, não se poderia conhecer o valor da felicidade. Se não houvesse escuridão, não se conseguiria apreciar o valor da luz. Portanto, a escuridão é necessária para que se perceba a grandeza da luz. (Discurso Divino, 5 de novembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

12 de dezembro de 2024

Hoje em dia, o ser humano é como um cavaleiro montando dois cavalos ao mesmo tempo. Ele aspira ao Divino, mas também anseia por prazeres mundanos. Esquece-se de que a Criação está contida no Criador. Ignorando essa verdade, ele vai em busca do mundo fenomênico, considerando-o separado de Deus. Age como um tolo, tal como aquele que, tendo leite na mão, implora por manteiga clarificada, sem perceber que ela está latente no leite. Atualmente os devotos estudam os Vedas e outros textos sagrados de maneira ritual, mas não colocam em prática nenhuma das injunções que eles contêm. De que vale alguém simplesmente saber como os Vedas ou as Upanishads descreveram o Divino? Se a tradição ali apresentada não se refletir na sua própria vida, ele será como um cego que ouve falar da existência do mundo, porém não consegue vê-lo. Não há diferença entre esse indivíduo fisicamente cego e uma pessoa espiritualmente cega, que se limita a estudar as Escrituras. Elas se destinam a servir de guias para a vida prática, e não apenas para serem memorizadas mecanicamente. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

13 de dezembro de 2024

Para dissipar as trevas da ignorância, o ser humano precisa de elementos correspondentes aos necessários para acender uma lamparina: um recipiente, óleo, um pavio e uma caixa de fósforos. Para a humanidade, o coração é o recipiente, a mente é o pavio, o amor é o óleo e o sacrifício é a caixa de fósforos. Quando esses quatro elementos estão presentes, a Chama Divina do Ser Interno ou Atma-jyoti brilha intensamente. E, quando isso ocorre, surge a Luz do Conhecimento, que dissipa as trevas da ignorância. A chama de uma lamparina possui duas qualidades: uma é o poder de banir a escuridão; a outra é o seu movimento ascendente contínuo. Mesmo se estiver dentro de um poço, a sua chama sempre se moverá para o alto. Por essa razão, os sábios veneravam a Lâmpada da Sabedoria como a chama que conduz o ser humano a estados mais elevados. O esplendor da luz não deve ser considerado um fenômeno trivial. Portanto, além de acender lamparinas do lado de fora, esforcem-se para acendê-las no seu próprio interior. (Discurso Divino, 5 de novembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

14 de dezembro de 2024

Todos pronunciam a palavra “Deus”, mas quantos realmente procuram conhecê-Lo? Que esforços fazem para isso? Bondade é outro nome para Deus. Quanta bondade há em vocês? Como compreender Deus se não houver bondade? A experiência subjetiva é essencial para se compreender qualquer coisa. Nas águas do Ganges, que fluem rapidamente, um peixinho é capaz de nadar livre e alegremente, sem temer a profundidade ou a força do rio, porém um grande elefante provavelmente seria arrastado pela correnteza. É preciso saber como se manter à tona e se proteger. Eis outro exemplo: uma formiguinha consegue pegar o açúcar que está misturado à areia, pois tem a habilidade de distinguir a areia do açúcar na mistura. Mas outro animal, por maior que seja, se não tiver essa habilidade, não será capaz de separar o açúcar da areia. Da mesma forma, alguém que tenha experimentado a Bem-Aventurança Divina irá em busca de prazeres mundanos? Somente quem não provou o néctar do Amor Divino buscará tais prazeres. Esse Amor está presente no interior de cada ser humano, e é dali que emanam todos os sentimentos e pensamentos divinos. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

15 de dezembro de 2024

Hoje em dia, as pessoas buscam felicidade, mas de que tipo? Momentânea ou duradoura? Pode-se comparar a felicidade passageira à verdadeira ananda, que é um estado de bem-aventurança permanente e imutável? A alegria vivida a cada instante só pode ser descrita como santosham – felicidade temporária. É uma pequena dose de alegria. Buscá-la é um erro. Ao se deleitarem no transitório e no efêmero, os seres humanos se perdem. Ananda é a bem-aventurança duradoura. Santosham é o prazer. Há um grande abismo entre os dois. Quando alguém tem fome, come um pedaço de pão e se sente satisfeito e feliz. No entanto, a fome reaparece depois de algumas horas. Portanto, essa felicidade é passageira, assim como a vida e a morte. Esse não é o tipo de felicidade que o ser humano deveria buscar. Deve-se aspirar à bem-aventurança eterna. (Discurso Divino, 5 de novembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

16 de dezembro de 2024

Acredita-se, atualmente, que a espiritualidade não tem relação com a vida mundana e vice-versa. Esse é um grande equívoco. A verdadeira divindade consiste em uma combinação de espiritualidade e obrigações sociais. A unidade nacional e a harmonia social se fundamentam na espiritualidade. É o Divino que une a espiritualidade à existência social. O Criador e a Criação, isto é, a Natureza, estão intrinsecamente ligados; portanto, Deus não deve ser visto como separado da Criação. Vejam Deus no Cosmos. Imaginem, por exemplo, um copo de prata. Aquele que percebe apenas a prata só pensa na base material do copo, não na sua forma. Por outro lado, aquele que vê apenas o copo não percebe que ele é feito de prata. Somente quem percebe tanto a prata quanto o copo reconhece que se trata de um copo de prata. Similarmente, sem o Todo, sem o Absoluto, não existe Criação. Hoje em dia, a maioria das pessoas vê apenas a Criação; muito poucas reconhecem que ela é uma projeção do Criador. Mas é essencial que todo ser humano tenha a percepção de que não pode haver Cosmos sem Brahman, ou seja, sem o Supremo. (Discurso Divino, 12 de fevereiro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

17 de dezembro de 2024

O mesmo céu se estende sobre a cabeça de todos; a mesma Terra sustenta os pés de todos, e o mesmo ar preenche todos os pulmões! O mesmo Deus criou e mantém a todos e põe fim à sua jornada terrena. Por que, então, esse comportamento desumano, marcado pela inimizade, pelo fanatismo, por lutas e discórdias? No texto sagrado que é a Bhagavad Gita, o Senhor declarou: “Eu sou a semente de todos os seres”. Uma árvore é um amplo conjunto de folhas, flores, frutos e folhagens, um extenso sistema composto de tronco, ramos e galhos, todos gerados a partir de uma única sementinha! E cada fruto da árvore contém, no seu interior, sementes da mesma natureza! Contemplem, por um momento, a magnífica multiplicidade da vida, toda a sua rica variedade de seres fortes e fracos, de presas e predadores, em angústia e em alegria – seres que deslizam, rastejam, voam, flutuam, caminham, pendem, escavam, mergulham, nadam! Toda essa incontável diversidade de seres criados teve origem na semente que é o Senhor, e cada um deles carrega no seu âmago a mesma semente! Visualizem essa Divindade Imanente, e então se tornarão humildes, sábios e cheios de amor! (Discurso Divino, 12 de maio de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

18 de dezembro de 2024

Hoje em dia, o ser humano é desprovido de gratidão, uma das qualidades mais essenciais. Esquece-se da ajuda recebida; porém, enquanto viver, deve ser grato por todo auxílio prestado a ele. Há duas coisas que vocês devem esquecer: a ajuda prestada aos outros e o mal que fizeram a vocês. Lembrar-se do auxílio que prestaram fará com que esperem algo em troca, e recordar o mal causado a vocês despertará no seu íntimo um sentimento de vingança. Sendo assim, lembrem-se apenas da ajuda que receberam. Quem possui essas qualidades sagradas é um ser humano ideal. Neste mundo efêmero e transitório, as pessoas sempre almejam paz e segurança. No entanto, dinheiro, educação, posição de autoridade e conforto material não podem conferir tais condições. A paz se origina do coração. Só é possível experimentar paz e segurança quando o coração está cheio de amor. O Amor é Deus, é a Natureza, é vida, é o mais nobre valor humano. Desprovido de amor, o ser humano é como um cadáver. Por conseguinte, levem uma vida repleta de amor. Amem até mesmo o pior dos seus inimigos. (Discurso Divino, 18 de março de 1999)

Sri Sathya Sai Baba

19 de dezembro de 2024

Há dois caminhos para a realização espiritual: a oração e a meditação. A oração os coloca na posição de suplicantes aos Pés de Deus; já a meditação induz o Senhor a vir até vocês e os inspira a se elevarem até Ele. A meditação promove a união entre o ser humano e Deus, sem distinções de nível - um inferior e outro superior. Ela é a estrada régia para a liberação do cativeiro, embora a oração produza o mesmo fruto. A meditação exige concentração, alcançada após o domínio dos sentidos. Visualizem internamente a Forma Divina que escolheram contemplar. Ou então podem optar por meditar em uma chama de luz firme e vertical. Imaginem essa chama se expandindo em todas as direções, tornando-se cada vez maior, envolvendo tudo ao seu redor e crescendo dentro de vocês, até que nada mais exista senão a Luz. Na glória dessa Luz que tudo permeia desaparecerão todo e qualquer ódio e inveja – os filhos malévolos das trevas. Saibam que essa mesma Luz habita em cada ser. Até mesmo aquele que vocês consideravam o seu pior rival tem essa mesmíssima Luz bem no fundo do seu coração! (Discurso Divino, 22 de janeiro de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

20 de dezembro de 2024

As pessoas têm se especializado em diversos métodos de adoração a Deus; há uma infinidade de ritos, cerimônias, hinos, festivais, jejuns, votos e peregrinações. Contudo, a mais elevada forma de adoração, a que atrai abundantemente a Graça de Deus, é a obediência aos Seus comandos. A adulação é uma forma pobre de adoração! Colocar Deus a uma grande distância e exaltá-Lo como Onisciente, Onipotente e Onipresente não O agrada. Em vez disso, cultivem proximidade, intimidade e familiaridade com Ele. Conquistem a Sua Graça pela obediência, lealdade, humildade e pureza. Simplifiquem a sua vida; realizem as suas tarefas diárias com amor e espírito de cooperação; sejam tolerantes com os erros e falhas alheias, olhem para os outros com empatia e compreensão. Mantenham a calma e a serenidade em todas as circunstâncias. Assim vocês, e também o seu país, alcançarão a verdadeira felicidade. Os seus sentimentos se tornarão altruístas, e as suas emoções, ternas. Inveja, ódio e vingança não encontrarão guarida na fortaleza da sua mente, onde a misericórdia, a benevolência e a gratidão permanecem de guarda. (Discurso Divino, 12 de maio de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

21 de dezembro de 2024

Não façam aos outros aquilo que não querem que lhes façam, pois eles são, na verdade, “vocês mesmos”. Ainda que alguém os ofenda, mantenham-se calmos e sejam gentis. Digam: “Estou surpreso de que o meu comportamento lhe tenha causado essa impressão!” Retribuam com um sorriso, não levem isso a sério. Lembrem-se de que nem mesmo Swami está livre desses seres estranhos que se deleitam com falsidades. Sorriam ao ouvir tais insultos e conservem a serenidade. Isso é um sinal de que a sua meditação está progredindo rapidamente! Preservem a sua saúde mental com essa suprema despreocupação. Cuidem também da saúde física, pois problemas de saúde podem ser um grande incômodo, um grande obstáculo para o aspirante espiritual. O corpo se recusará a ser ignorado; ele se imporá à atenção de vocês se for acometido por alguma doença. O corpo é como um carro e os sentidos são as partes mecânicas. Vocês devem mantê-lo em bom funcionamento por meio do combustível representado pela disciplina espiritual. (Discurso Divino, 22 de janeiro de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

22 de dezembro de 2024

Deixem que os desejos insignificantes que os levam a se aproximar de Deus se realizem ou não; que os planos de promoção e progresso que vocês apresentam a Ele se cumpram ou não; afinal, eles não são tão importantes assim. O objetivo principal deve ser o de se tornarem os seus próprios mestres e manterem uma comunhão íntima e constante com o Divino que habita em vocês e também no Universo do qual fazem parte. Aceitem bem as decepções, pois elas os fortalecem e testam a sua resistência. “Não se vanglorie ao me lançar no fogo”, disse o ouro ao ourives que o derretia com um maçarico, “pois aqui sou fundido e são removidas as minhas impurezas. Lembre-se de que, a cada momento, eu me torno mais puro e valioso, enquanto tudo o que você recebe em troca dos seus esforços é fumaça no rosto e fuligem nas mãos!” Jamais desistam de Deus, responsabilizando-O pelos seus sofrimentos; em vez disso, acreditem que tais sofrimentos os aproximam do Senhor, fazendo com que O invoquem sempre que estiverem em dificuldades. (Discurso Divino, 12 de maio de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

23 de dezembro de 2024

A meditação, hoje em dia, muitas vezes se restringe ao aposento no qual se realizam rituais de adoração. Assim que saem desse santuário, as pessoas são envolvidas por todo tipo de agitação mental. Por esse motivo é que declara um texto sagrado: “Permaneçam continuamente estabelecidos em ioga, ou seja, em união com o Divino”. Isso não significa abandonar todas as atividades mundanas. Prossigam com os seus estudos, cumpram os seus deveres. No entanto, em todas essas atividades, utilizem o seu poder de concentração. Nesse processo, vocês desenvolvem o seu poder de meditar. Meditação significa contemplação unidirecionada. Mesmo na vida diária, quando alguém se encontra em um estado reflexivo, é comum perguntarem: “Em que está meditando?” A meditação consiste em estar completamente absorto em pensamento. Ela deve se concentrar em um único objeto específico. Na filosofia Vedanta, chama-se a isso de “salokya”. A sílaba “sa” abrange todos os aspectos da Divindade, e a palavra “salokya” tem o significado de completa absorção em pensamentos sobre a Divindade. Vocês devem, por meio da meditação, alcançar o sentido de unicidade com o Divino. (Discurso Divino, 29 de junho de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

24 de dezembro de 2024

Hoje em dia, os seres humanos adoram ídolos e imagens inanimados, porém negligenciam o amor aos seus semelhantes de carne e osso. Essa foi a primeira mensagem de Jesus. Embora eles vejam os seus vizinhos diariamente, amá-los não é a sua escolha! Então, como acreditar que sejam capazes de amar um Deus invisível? Se vocês não conseguem amar o próximo, que é visível, como poderão amar o invisível? Isso é impossível! Somente aquele que ama os seres vivos ao seu redor é capaz de amar o Divino invisível. O amor deve começar pelos seres que têm forma e se expandir para todas as criaturas. Esse é o estágio inicial da espiritualidade. Na verdade, espiritualidade não se resume a práticas como meditação ou adoração. Ela implica na total extinção das qualidades animalescas e demoníacas no ser humano e a manifestação da sua divindade inerente. Quando os apegos e ódios que envolvem o ser humano forem removidos, Sat-chit-ananda, ou seja, Ser – Consciência – Bem-Aventurança, que é a Divindade inerente nele, se manifestará plenamente. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1992)

Sri Sathya Sai Baba

25 de dezembro de 2024

Deus é o Poder Eterno, Onipotente, Onisciente. Ele é a causa e a consequência – o oleiro, o barro e o pote. Sem Deus, não haveria Universo. Ele assim quis, e o Universo surgiu. É o Seu Jogo Divino, a manifestação do Seu poder. O ser humano é a personificação da Sua Vontade, do Seu Poder, da Sua Sabedoria, porém não tem consciência dessa glória, pois o véu da ignorância encobre essa verdade. Deus envia sábios, santos e profetas para revelá-la, e Ele próprio vem como um Avatar, como uma Encarnação Divina, para despertar e libertar o ser humano. Há dois mil anos, quando o orgulho mesquinho e a profunda ignorância contaminavam a humanidade, Jesus veio como a personificação do amor e da compaixão. Ele viveu entre nós, promovendo os mais elevados ideais de vida. Vocês devem refletir sobre os ensinamentos que Ele transmitiu em diversos momentos da Sua existência. Inicialmente, declarou: “Eu sou o Mensageiro de Deus”. Sim! Todas as pessoas devem aceitar esse papel e viver como exemplos de Amor Divino e de caridade. No dia de hoje, ao celebrarmos o Natal, lembrem-se das palavras que Ele proferiu, dos conselhos que ofereceu e das advertências que fez, e decidam direcionar a sua vida diária pelo caminho que Ele traçou. Gravem no coração as Suas palavras e tomem a resolução de praticar tudo aquilo que Ele ensinou. (Discurso Divino, 24 de dezembro de 1980)

Sri Sathya Sai Baba

26 de dezembro de 2024

Uma pessoa mergulhada na ignorância não é considerada melhor do que um animal. A sua vida é centrada apenas na gratificação dos sentidos. Devido à sua ignorância sobre a Divindade existente no seu interior, os seus pensamentos nunca vão além dos sentidos. Ela considera os prazeres mundanos e transitórios como a bem-aventurança celestial e, faltando-lhe discernimento, vive na ilusão. Todo indivíduo deve fazer esforços para se elevar à condição humana, abandonando as suas qualidades animalescas e demoníacas, e para obter a percepção da sua natureza divina. Quando Jesus veio ao mundo, três reis chegaram ao local do seu nascimento e expressaram três pontos de vista diferentes sobre o recém-nascido. Observando-o, o primeiro rei disse: “Parece que esta criança amará a Deus”. O segundo afirmou: “Deus amará esta criança”. O terceiro declarou: “Em verdade, ela é o próprio Deus”. O primeiro rei considerou a criança do ponto de vista físico; o segundo, do ponto de vista mental; e o terceiro, do ponto de vista espiritual. Essas três declarações indicam como se pode progredir do nível humano para o divino. Isso requer a eliminação das qualidades animalescas e demoníacas no ser humano. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1992)

Sri Sathya Sai Baba

27 de dezembro de 2024

Há dois pontos de vista que lutam pela aceitação de vocês: o espiritual, que se fundamenta na realidade, e o mundano, que se baseia na aparência. Imaginem que uma serpente surge no seu caminho. Na verdade, é apenas um pedaço de corda, mas parece ser uma serpente, e vocês se sentem aterrorizados. Ora, o seu terror não transforma a corda em uma serpente! Ao usarem a luz de uma lanterna, vocês percebem que a corda é e sempre foi apenas uma corda! O Universo é aquilo que aparenta ser; a realidade é a Divindade, é Brahman, o Absoluto. Quando a Luz da Sabedoria brilha, a Verdade é revelada! O Universo está envolto pela Divindade, que é a sua vestimenta! Jesus sabia que tudo acontece pela Vontade de Deus. Por isso, mesmo em agonia na cruz, não nutriu ressentimento contra ninguém e exortou os que estavam próximos a Ele a considerar todos como instrumentos da Vontade Divina. “Todos são um; tratem a todos igualmente”. Pratiquem essa atitude na sua vida diária. (Discurso Divino, 24 de dezembro de 1980)

Sri Sathya Sai Baba

28 de dezembro de 2024

As pessoas devem se dedicar ao dharma, ou seja, à Retidão, e estar sempre envolvidas nele, para que possam viver em paz e o mundo possa desfrutar de paz! Não é possível obter a verdadeira paz e conquistar a Graça do Senhor por nenhum outro meio que não seja uma vida de Retidão! O bem-estar da humanidade tem por alicerce o dharma – a Retidão –, que é a verdade eterna e imutável. Quando o dharma não consegue transmutar a vida humana, o mundo é afligido pela angústia e pelo medo e atormentado por revoluções turbulentas. Quando o esplendor do dharma não consegue iluminar as relações humanas, a humanidade é envolta pela escuridão do sofrimento. Deus é a Personificação do dharma e é por meio do dharma que se alcança a Sua Graça. Ele está sempre promovendo e estabelecendo o dharma. Ele é o próprio dharma! Os Vedas e outras Escrituras Sagradas, os épicos e as histórias tradicionais proclamam bem alto a glória do dharma. Os textos sagrados das diferentes religiões o explicam em linguagem familiar aos seus adeptos. É dever de todos, em todo momento e lugar, prestar homenagem à Personificação do dharma! (Dharma Vahini, cap. 1)

Sri Sathya Sai Baba

29 de dezembro de 2024

Aquele que subjuga a presunção, que supera os desejos egoístas, que elimina os sentimentos e impulsos inferiores e que abandona a tendência natural de considerar o corpo como seu verdadeiro ser - esta pessoa está, sem dúvida, no caminho da virtude (dharma); ela reconhece que o objetivo do dharma é a fusão da onda com o oceano, a união do ser individual com o Ser Supremo. Em todas as atividades mundanas, tenha cuidado para não comprometer a retidão nem desrespeitar os princípios da boa conduta; não ignore os comandos da voz interior; esteja sempre preparado para respeitar os ditames apropriados da consciência; observe seus passos para garantir que não esteja obstruindo o caminho de outra pessoa; mantenha-se sempre vigilante para descobrir a verdade por trás de toda esta cintilante diversidade! Esse é todo o seu dever, o seu dharma. O fogo ardente da sabedoria, que o convence de que tudo isto é a Divindade (sarvam khalvidam Brahman), consumirá até as cinzas todos os vestígios de seu egoísmo e apego mundanos. Você deve se embriagar com o néctar da união com o Absoluto; esse é o objetivo supremo do dharma e de toda ação inspirada pelo dharma! (Dharma Vahini, Cap. 1)

Sri Sathya Sai Baba

30 de dezembro de 2024

Há cinco dedos em uma mão. Se cada dedo apontar em uma direção diferente, como a mão será capaz de segurar ou manusear um objeto qualquer? Por outro lado, se eles se unirem e permanecerem juntos, as mãos conseguirão realizar qualquer tarefa a que se proponham. De modo semelhante, quando um de vocês desvia o olhar ao cruzar com outra pessoa, e dez pessoas insistem em seguir dez direções diferentes, como é possível realizar qualquer ação? Vocês devem ser igualmente vigilantes, ativos e cooperativos. Por que competir e brigar? Nada neste mundo é duradouro. Buda compreendeu essa verdade e declarou: “Tudo é sofrimento; tudo é transitório; tudo não passa de construções temporárias de características efêmeras”. Por que  se apegar tanto a essas coisas finitas? Esforcem-se para alcançar o que é eterno, infinito e universal. Um dia, vocês terão que deixar o corpo que alimentam e cuidam. Por quanto tempo  conseguirão manter tudo o que conquistaram e possuíram com tanto orgulho? Pensamentos e desejos fúteis só trazem sofrimento; pensamentos e desejos sagrados concedem a paz divina! (Discurso Divino, maio de 1981)

Sri Sathya Sai Baba

31 de dezembro de 2024

Manifestações do amor! Muitas pessoas, em todo o mundo, oram a Deus. Pedem pela realização de desejos mundanos de diferentes tipos. No entanto, essa não é a maneira correta de orar. Vocês devem orar a Deus pela graça do amor divino, que é eterno e infinito. Outro atributo de Deus é personificar a bem-aventurança: Ele é Sat-Chit-Ananda (Ser-Consciência-Bem-Aventurança). Orem a Deus para que lhes conceda essa bem-aventurança. A bem-aventurança divina é ilimitada e eterna. Todos os prazeres mundanos são transitórios e efêmeros. Um verdadeiro devoto é aquele que ora a Deus por Seu amor e bem-aventurança. Aquele que ora por outras coisas triviais não pode ser considerado um devoto. Os benefícios mundanos vêm e vão; não é por eles que se deve orar. Busquem o que é eterno. Orem pelo amor e pela bem-aventurança de Deus. Busquem perceber sua própria Divindade. Então, vocês vivenciarão o Divino em todo o cosmos e perceberão a bem-aventurança que permeia todo o Universo. (Discurso Divino, 7 de abril de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

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