
1-3
1-3


Plantio de mudas em Resende
26/11/2016
Plantio de mudas em Resende
26/11/2016
Natal em Queimadas
16/12/2018
Projeto Serviço em EVH em Queimadas -
Natal na comunidade


Eventos Nacionais
Eventos Nacionais


01 de abril de 2025
O objetivo da vida deve ser a realização da união entre o “ser” individual e o Ser Supremo. Afinal, por que outro motivo o “ser” assumiria a forma humana? Se o objetivo fosse apenas “viver”, ou até mesmo “viver feliz”, ele poderia ter assumido a forma de uma ave ou de outro animal. O simples fato de que o ser humano é dotado de memória, mente, inteligência, discernimento, capacidade de antecipar o futuro, o desejo de se desapegar dos sentidos e assim por diante indica que ele está destinado a um propósito mais elevado. Se, apesar disso, ele anseia por uma realização de menor importância, é um pecador. Mas aquele que, apesar das tentações e obstáculos, persevera no caminho que conduz à autorrealização, é semelhante às gopis de Brindavan – as vaqueirinhas devotas do Senhor Krishna, consideradas os mais inspiradores exemplos de almas dessa natureza. A disciplina mais eficaz que o ser humano pode adotar para atingir esse propósito elevado é a do controle e domínio dos cinco sentidos, a fim de evitar os erros e males que os olhos, os ouvidos, a língua, a mente e as mãos estão propensos a cometer. (Discurso Divino, 20 de março de 1977)
Sri Sathya Sai Baba
02 de abril de 2025
O olhar sempre busca o vil e o vulgar. Apesar do perigo para a sua própria vida e o seu próprio corpo, o motorista fixa o olhar em cartazes obscenos que anunciam um filme. É essencial manter os olhos sob controle para evitar que arruínem a mente e o corpo. Os ouvidos anseiam por escândalos e obscenidades, em vez de estimular as pessoas a ouvir palestras que possam realmente ajudá-las no seu desenvolvimento espiritual. Mesmo que elas tenham a oportunidade de comparecer a alguma dessas palestras, os seus ouvidos as dissuadirão com uma dor de cabeça. No entanto, quando alguém profere insultos contra outra pessoa, ambos os ouvidos se concentram ao máximo. A língua, caso não seja controlada, é duplamente perigosa, pois não apenas se entrega à maledicência, como também cria o anseio por satisfazer o paladar. É quase impossível conduzi-la ao caminho da meditação e da repetição de mantras ou do Nome do Senhor, por mais doce que seja esse Nome. Quando os olhos, os ouvidos e a língua estão sob controle e têm a capacidade de ser usados para o autoaperfeiçoamento, a mente e as mãos podem ser facilmente dominadas. Assim, quando o indivíduo alcança a autorrealização, não há necessidade de indagar onde é a morada de Deus. Ele reside no coração puro do ser humano, irradiando o Seu esplendor inato de Sabedoria, Poder e Amor. (Discurso Divino, 20 de março de 1977)
Sri Sathya Sai Baba
03 de abril de 2025
Quando Rama estiver instalado no seu coração, tudo lhes será acrescentado: fama, fortuna, liberdade, plenitude. Antes de conhecer Rama, Hanuman era um simples líder entre os vanaras, como eram chamados os macacos, e ministro da corte do seu mestre e rei, Sugriva. Mas quando Rama lhe confiou a missão de resgatar Sita, a Sua consorte, mantida em cativeiro a mando de Ravana, o rei-demônio de Lanka, ou seja, quando Rama Se instalou no seu coração, como guia e guardião, Hanuman foi imortalizado como o devoto ideal! Subjacente ao épico Ramayana, flui uma profunda corrente de importante significado. O nome do pai de Rama, Dasharatha, significa “aquele que conduz uma carruagem puxada pelos dez órgãos dos sentidos”, simbolizando, assim, o próprio ser humano. Ele está ligado às três qualidades da Criação ou gunas, representadas no Ramayana pelas suas três esposas. Os quatro filhos de Dasharatha correspondem aos quatro purusharthas ou objetivos da vida humana: Rama representa a retidão ou dharma; Lakshmana, a riqueza ou artha; Bharata, o desejo ou kama; e Satrugna, a liberação ou moksha. O ser humano deve buscar esses quatro objetivos de forma sistemática, tendo sempre a liberação como a meta final! Lakshmana também simboliza o intelecto ou buddhi, e Sita, a Verdade. Hanuman personifica a mente, que é o repositório da coragem, quando disciplinada e treinada. Já Sugriva, o rei dos vanaras ou macacos, mestre de Hanuman, representa o discernimento. Com tais personagens para auxiliá-Lo, Rama busca a Verdade e obtém êxito. Essa é a mensagem do épico Ramayana para toda a humanidade! (Discurso Divino, 20 de abril de 1975)
Sri Sathya Sai Baba
04 de abril de 2025
Nenhum objeto é desprovido de imperfeições ou falhas, nenhuma alegria está isenta de dor, assim como não há nenhum ato que não esteja maculado pelo egoísmo. Portanto, fiquem prevenidos e desenvolvam o desapego que os salvará do sofrimento. O épico Ramayana incute esse sábio, valioso e transformador desapego ou sacrifício. Rama aceitou alegremente o exílio na floresta assim que soube que esse era o desejo do seu pai. E – lembrem-se! – naquele exato momento, ele seria coroado imperador pela mesmíssima pessoa que ordenou o seu exílio! Enquanto, no épico Ramayana, os que possuem plenos poderes e legitimidade renunciam a posições de autoridade, vemos hoje pessoas sem nenhum poder ou legitimidade reivindicando o direito de ocupar tais posições! “O dever é Deus”, esta é a lição do Ramayana. Atualmente, a palavra “dever” é usada como uma forma de exercer autoridade. Não! Dever é a responsabilidade que se tem de respeitar, reverenciar e servir ao próximo da melhor maneira possível! Vocês reivindicam a liberdade de caminhar pela rua balançando uma bengala à sua vontade; lembrem-se, porém, de que outros têm igual direito de usar a rua! Exercer a própria liberdade de modo a não limitar ou prejudicar a liberdade alheia – esse é o dever que se torna adoração! (Discurso Divino, 20 de abril de 1975)
Sri Sathya Sai Baba
05 de abril de 2025
Costuma-se dizer que Rama seguia o dharma, ou seja, a Retidão em todos os momentos. Essa não é a maneira correta de descrevê-Lo. Ele não seguia o dharma, Ele era a própria personificação do dharma. O que pensava, falava e fazia era dharma, e permanece sendo dharma para sempre. Recitar os versos do épico Ramayana ou escutar explicações sobre esses versos deve transformar o indivíduo em uma personificação do dharma. Todas as suas palavras, pensamentos e ações devem exemplificar esse ideal. A fé inabalável em Rama, no Ramayana e em si próprio é essencial para se obter sucesso nesse caminho. E para que finalidade? Tornar-se virtuoso e auxiliar outros a revelar a própria virtude; ser plenamente humano, expandindo ao máximo todos os valores humanos, e promover essas características na sociedade para que outros também se beneficiem. Purifiquem o corpo realizando atividades sagradas. Purifiquem a fala sendo fiéis à verdade, ao amor e à compaixão. Purifiquem a mente, não cedendo ao clamor dos sentidos e aos desejos que eles geram. (Discurso Divino, 18 de abril de 1986)
Sri Sathya Sai Baba
06 de abril de 2025
Em tudo o que fizerem os grandes seres, seja qual for a companhia que escolherem, eles trilharão sempre o caminho da Retidão, o caminho divino. Os seus atos promoverão o bem-estar do mundo inteiro! Portanto, quando se recita ou lê o épico Ramayana e outras narrativas sobre o Divino, deve-se fixar a atenção na majestade e no mistério de Deus, na verdade e honestidade inerentes a essas histórias e na prática de tais qualidades na vida diária. Não se deve dar importância a assuntos supérfluos; a maneira de se executar o dever constitui a lição fundamental a ser aprendida. Quando assume uma Forma para sustentar o dharma, ou seja, a Retidão, Deus Se comporta de maneira humana. Ele tem que fazer isso! Sim, pois vem apresentar aos seres humanos um modelo de vida ideal e lhes conferir a experiência da alegria e da paz. Os Seus movimentos e passatempos divinos poderão parecer banais e comuns para alguns. No entanto, cada um deles será uma expressão de beleza, verdade, bondade, alegria e êxtase, e cativará o mundo com o seu encanto, purificando o coração de quem o contemplar. Sobrepujará e dominará todas as agitações da mente, rasgará o véu da ilusão e encherá de doçura a consciência. (Ramakatha Rasavahini, vol. 1, cap. 1)
Sri Sathya Sai Baba
07 de abril de 2025
O épico Ramayana é um guia sobre as relações ideais entre mães e filhos, entre marido e mulher, entre irmãos, entre governantes e governados, entre mestres e servos, e muitas outras relações humanas. Rama demonstrou compaixão pelo abutre moribundo Jatayu, que lutara bravamente contra o rei-demônio Ravana quando este se dirigia ao reino de Lanka levando Sita, a consorte de Rama. Além disso, mesmo diante dos temores expressos pelo seu próprio irmão Lakshmana, Rama deu refúgio a Vibhishana, que, embora fosse irmão de Ravana, era justo e virtuoso. Esses episódios exemplificam a suprema benevolência e magnanimidade de Rama para com todos que O reverenciavam ou buscavam a Sua proteção. Ele declarou a Lakshmana: “Qualquer um que venha a Mim com espírito de entrega, seja quem for, é Meu e Eu sou dele. Eu lhe darei asilo. Este é o Meu voto”. Rama era comprometido com uma só palavra, uma única esposa e uma única flecha. Os devotos devem instalar Rama no coração e celebrar o Rama Navami, festival no qual se comemora o Seu advento, com o propósito de alcançar a Bem-Aventurança do Atma, ou seja, do Ser Interno. Ao lerem o épico Ramayana, eles devem alcançar o estado de Atmarama ou de unicidade com o Ser Universal, um estado no qual não existe o sentido de ego. (Discurso Divino, 7 de abril de 1987).
Sri Sathya Sai Baba
08 de abril de 2025
Algumas pessoas podem ter dúvidas relacionadas à oração. Para que serve a oração? O Senhor atenderá a tudo o que Lhe pedirmos em nossas preces? Afinal, Ele nos concede apenas aquilo que considera necessário ou merecido, não é mesmo? Terá vontade de nos dar tudo o que Lhe pedirmos em oração? Naturalmente, todas essas dúvidas podem ser esclarecidas. Se o devoto tiver dedicado tudo – corpo, mente e existência – ao Senhor, Ele próprio cuidará de tudo, pois estará sempre ao lado do devoto. Em tais condições, a oração se torna desnecessária. No entanto, será que vocês já se dedicaram e se entregaram completamente ao Senhor? Não. Quando ocorrem perdas, sobrevêm calamidades ou planos fracassam, o devoto culpa o Senhor. Alguns, por outro lado, oram a Ele, rogando-Lhe que os salve. Se vocês evitarem ambas as atitudes – culpar o Senhor ou suplicar a Ele – ou, ainda, confiar em outras pessoas, e depositarem absoluta fé em Deus em todos os momentos, por que Ele lhes recusaria a Sua graça? Por que deixaria de ajudá-los? (Prashanti Vahini, cap. 7)
Sri Sathya Sai Baba
09 de abril de 2025
Nesta Era de Kali, o ser humano adquiriu grande fama, riquezas e conforto material, porém perdeu a paz e a sensação de segurança. A razão desse sofrimento é a ausência de paciência e de solidariedade entre os membros de uma mesma família. Por que o ser humano perdeu essas duas qualidades? O aumento do egoísmo e o uso da inteligência em interesse próprio levaram a esse declínio. Hoje em dia, não se encontram tais valores no ambiente familiar; por isso, do amanhecer ao anoitecer, as famílias vivem imersas em preocupações. Não há unidade nem cooperação entre os filhos. Cada um acaba seguindo o seu próprio caminho e, embora tenha nascido como um ser humano, vive uma existência inferior à dos animais. Na verdade, os animais são melhores, pois o seu comportamento é baseado em motivações naturais e períodos específicos. O ser humano, por sua vez, se tornou egoísta e deixou de se importar com o bem-estar do próximo. No entanto, a paciência e a solidariedade são como forças vitais para ele. Sem elas, seria como se lhe faltasse vida. Ainda que tenha adquirido muitos diplomas e acumulado riquezas, o que o ser humano realmente conquistou? Afinal, as virtudes da paciência e da solidariedade são o que todo membro de uma família deve aspirar a conquistar. (Discurso Divino, 2 de outubro de 2000)
Sri Sathya Sai Baba
10 de abril de 2025
Cultivem o Amor puro por meio de dois métodos. O primeiro é: sempre considerem as falhas alheias, por maiores que sejam, como insignificantes e desprezíveis; por outro lado, sempre considerem graves as suas próprias falhas, por mais insignificantes e desprezíveis que sejam, e sintam-se tristes e arrependidos. Assim evitam o crescimento de falhas e defeitos mais graves e desenvolvem qualidades como a fraternidade e a tolerância. O segundo método é: em tudo o que fizerem, a si mesmos ou aos demais, lembrem-se constantemente da onipresença de Deus. Ele tudo vê, tudo ouve e tudo sabe. Quando falarem, lembrem-se de que Deus ouve cada palavra que proferem; usem o discernimento para distinguir entre o verdadeiro e o falso, e falem somente a verdade. Quando agirem, usem o discernimento para distinguir entre o certo e o errado, e façam somente o que é certo. Esforcem-se, a cada momento, para estar conscientes da onipotência de Deus. O corpo é o templo da alma individual ou jiva, e tudo o que ocorre nesse templo diz respeito ao indivíduo. Similarmente, o mundo é o corpo do Senhor, e tudo o que acontece nele, seja bom ou ruim, diz respeito a Deus. (Prema Vahini, cap. 19)
Sri Sathya Sai Baba
11 de abril de 2025
O corpo é o templo de Deus, que reside no altar do coração. O intelecto ou buddhi é a lamparina acesa nesse altar. No entanto, cada rajada de vento que sopra através das janelas dos sentidos afeta a chama da lamparina e enfraquece a sua luz, ameaçando até mesmo apagá-la. Assim, é essencial que vocês conservem as janelas fechadas para não se deixarem levar pela terrível atração exercida pelos objetos externos. Mantenham aguçado o seu intelecto, a fim de que ele possa lapidar a sua mente como um diamante, transformando-a em um clarão de luz, em vez de deixá-la como um seixo opaco. O discernimento ou a capacidade de distinguir entre o eterno e o temporário é um importante instrumento para o progresso espiritual. Deve-se empregar a faculdade de raciocínio para discernir entre o limitado e o ilimitado, entre o transitório e o permanente. Esse é o seu uso legítimo. O grande sábio Shankaracharya deu o título de Viveka Chudamani ou “A Joia Suprema do Discernimento” à sua obra sobre os princípios da doutrina filosófica do não dualismo ou Advaita Vedanta, pois queria enfatizar o valor do discernimento para a percepção da transitoriedade da vida e da Unicidade do Universo. (Discurso Divino, 2 de outubro de 1965)
Sri Sathya Sai Baba
12 de abril de 2025
Com determinação, o ser humano consegue tocar o céu e conquistar o mundo. Agora, porém, toda a sua energia está se esgotando. E por que motivo? Ele está perdendo o controle sobre os sentidos. Quanto mais apegado aos sentidos ele for, menor será o seu tempo de vida. O ser humano da época atual está perdendo o seu vigor físico e, consequentemente, destruindo completamente a sua força interior. Para ter longevidade e conservar a juventude, é preciso exercer domínio sobre os sentidos. Não deve haver apego ao corpo. Se, por um lado, o ser humano perde o controle dos sentidos e, por outro, desenvolve apego ao corpo, qual será a sua condição? Esses dois aspectos podem ser comparados a dois furos em um pote cheio d’água; ela escoará por eles. De igual modo, o pote do nosso coração está cheio do néctar da Graça Divina. O ser humano tem que fortalecê-lo; no entanto, com a sua falta de tolerância e de compaixão, fez furos nele e, por conseguinte, abreviou a duração da própria existência. Ora, com esse tempo de vida limitado, que boas ações conseguirá realizar? Como poderá contribuir para o bem-estar da sociedade? A força concedida por Deus deve ser usada apropriadamente, por meio da companhia dos virtuosos, da boa conduta e da prestação de serviço altruísta à sociedade. Somente assim essa força poderá aumentar. (Discurso Divino, 2 de outubro de 2000)
Sri Sathya Sai Baba
13 de abril de 2025
Quando há rocha dura abaixo da superfície, é preciso perfurar mais fundo para acessar a água pura e perene do subsolo. Quanto mais macio for o subsolo, mais rapidamente se obterá sucesso. Então, suavizem o seu coração para que o seu êxito na disciplina espiritual seja mais rápido. Falem com suavidade e doçura, falem apenas de Deus – nisso consiste o processo de amaciar o subsolo do coração. Desenvolvam compaixão e solidariedade; envolvam-se no serviço altruísta; compreendam a angústia da pobreza, da doença, do desgosto e do desespero; compartilhem com o próximo tanto as lágrimas quanto as alegrias. Essa é a maneira de suavizar o coração e favorecer o êxito na disciplina espiritual. Estar na companhia dos bons e dos virtuosos equivale a beber água pura e cristalina. Por outro lado, estar na companhia dos perversos, dos ímpios e dos impuros equivale a beber água salgada do mar. Nenhuma quantidade de açúcar que se adicione a essa água pode torná-la potável. Ela apenas aumenta a sede! (Discurso Divino, 10 de maio de 1969)
Sri Sathya Sai Baba
14 de abril de 2025
Deus não é um dispositivo ou comodidade externa, como um aparelho de ar condicionado. Ele é o Guia Interior, a Realidade Interna, a Base Invisível sobre a qual está construído todo este mundo visível. Ele é como o princípio ou natureza essencial do fogo, que está latente na madeira e pode se manifestar quando se fricciona vigorosamente um pedaço contra outro. O calor assim produzido consome a madeira no fogo! Similarmente, a companhia dos bons e dos piedosos ou satsang possibilita o encontro de almas ou indivíduos de natureza semelhante, criando o contato que faz com que se manifeste o fogo interior. A palavra satsang significa encontrar o Sat, o mesmo Sat mencionado quando se louva o Senhor como Sat-Chit-Ananda ou Ser – Consciência – Bem-Aventurança. Sat é o princípio elementar da Existência, aquilo que constitui a Verdade fundamental do Universo. Alinhem-se com a Verdade, com o Sat ou o “Ser” em vocês – a Realidade sobre a qual é sobreposto o ilusório ou falso pelas mentes que não enxergam a verdadeira Luz. Quando se permanece nesse Sat ou “Ser”, a chama se acende, surge a Luz, a escuridão se dissipa e nasce o Sol da Realização. (Discurso Divino, 10 de maio de 1969)
Sri Sathya Sai Baba
15 de abril de 2025
É experimentando os golpes do mundo que vocês avançam da “morte” para a “vida” e da “doença” para a “saúde”. O mundo é parte essencial do aprendizado humano. Por meio da agonia da busca nasce o bebê – a sabedoria. As dores têm o seu valor, pois indicam o nascimento de uma nova vida. Da inquietação ou ashanti se alcança a Paz Suprema ou Prashanti; desta se atinge o Supremo Esplendor Espiritual ou Prakanti, e daí se chega à Suprema Luz Divina ou Paramjyoti. Essa alternância de alegria e tristeza é semelhante à sucessão do dia e da noite. Estes são como irmãos gêmeos, ambos necessários para aumentar a fertilidade do solo e estimular e renovar a vida. O mesmo ocorre com o verão e o inverno. Há quem Me peça: “Baba! Faça com que este verão seja menos quente!” No entanto, é no calor do verão que a Terra absorve a energia solar necessária para que, com a chegada das chuvas, possa proporcionar uma colheita abundante. Tanto o “frio” como o “calor” fazem parte do plano divino. A vocês cabe apenas reconhecer essa verdade e considerá-los igualmente valiosos. (Discurso Divino, Vijayadashami, 1953)
Sri Sathya Sai Baba
16 de abril de 2025
Na época atual, o mundo tem feito grandes avanços nos campos da ciência e do conhecimento material, porém está regredindo nos campos da moralidade e da natureza humana. E por que razão? A causa dessa situação reside no egoísmo e nos interesses pessoais do ser humano moderno. Hoje em dia, qualquer trabalho feito por ele é impulsionado por motivações egoístas. Todos os seus pensamentos e ações são movidos pelo interesse próprio. Na verdade, ele se tornou um fantoche do egoísmo e passou a ver tudo através das lentes desse sentimento, em cujos grilhões se acha preso. Quando a motivação da sua existência mudar do egoísmo para o bem-estar social, o ser humano experimentará a essência da verdadeira educação. É necessário, portanto, que ele se liberte do egoísmo e do interesse próprio, e preencha o coração com pensamentos elevados, voltados para o bem-estar e o progresso da sociedade. Dessa maneira, deve purificar o coração com sentimentos sagrados e controlar a instabilidade da mente. Qualquer atividade realizada com pureza de coração, mente firme e atitude altruísta o levará ao caminho da vitória na jornada espiritual. (Discurso Divino, 24 de junho de 1996)
Sri Sathya Sai Baba
17 de abril de 2025
A devoção e a fé são os dois remos com os quais se pode levar o barco a atravessar o oceano da vida mundana ou samsara. Ao deitar-se, à noite, uma criança disse à mãe: “Mãe, acorde-me quando eu sentir fome”. A mãe respondeu: “Não é preciso; a sua fome a despertará”. De forma semelhante, quando surgir em vocês a fome por Deus, ela própria os ativará e os fará buscar o alimento necessário. Deus lhes dá a fome e fornece o alimento para saciá-la, assim como lhes dá a doença e produz o remédio específico para curá-la. Cabe a vocês cuidar para que tenham a fome e a doença apropriadas e usem o alimento e o medicamento adequados! O ser humano precisa ser atrelado ao jugo da vida mundana e domado. Esse é o treinamento que ensina que o mundo é irreal. Nenhuma quantidade de palestras os fará acreditar que ele é uma cobra, a menos que tenham de fato essa experiência. Toquem no fogo e tenham a sensação do ardor de uma queimadura; não há nada igual para lhes ensinar que devem evitá-lo. Se não tocarem nele, terão apenas a consciência da sua luz. O fogo é luz e calor ao mesmo tempo, assim como este mundo é tanto verdadeiro quanto falso, ou seja, irreal. (Discurso Divino, Mahashivaratri, 1955)
Sri Sathya Sai Baba
18 de abril de 2025
Quando os pregos estavam sendo cravados em Jesus para fixá-lo na cruz, ele ouviu a voz do Pai, que dizia: “Toda a vida é uma só, Meu Filho amado. Sê igual com todos”. Jesus implorou que fossem perdoados aqueles que o crucificavam, pois não sabiam o que faziam. Ele se sacrificou pelo bem da humanidade. Canções de Natal e velas, leituras da Bíblia e encenações dos incidentes que cercaram o seu nascimento não são suficientes para celebrar o advento de Jesus. Ele afirmou que o pão tomado na “Última Ceia” era a sua carne, e o vinho, o seu sangue. Com isso, quis dizer que todos os seres vivos, com carne e sangue, devem ser tratados como Ele próprio, e que não se deve fazer nenhuma distinção entre amigos e inimigos, entre “nós” e “eles”. Todos são o seu corpo, sustentado pelo pão, e cada gota de sangue que flui nas veias de cada ser vivo é sua, animada pela atividade que o vinho lhe conferiu. Ou seja, todo ser humano é Divino e deve ser reverenciado como tal! (Discurso Divino, 24 de dezembro de 1978)
Sri Sathya Sai Baba
19 de abril de 2025
Certa vez, um homem rico decidiu fazer uma peregrinação a lugares sagrados. Para escapar ao incômodo de carregar muita bagagem, amarrou apenas os itens essenciais em um saco de dormir e embarcou em sua jornada. Como diz o ditado: "Menos bagagem, mais conforto – isso torna a viagem um prazer". Então ele pôde facilmente ver todos os locais sagrados de peregrinação, como Kashi, Mathura, Brindavan e outros. Durante o dia, visitou muitos templos, adorou belos ídolos de diversas deidades, banhou-se em rios sagrados e realizou vários atos meritórios. À noite, após passar o dia inteiro nessas atividades, sentiu-se cansado e se deitou para dormir. No entanto, não conseguiu pregar os olhos. Embora tivesse realizado nobres atos no nível físico, não obtivera paz mental. E por que motivo? É que havia vários percevejos na cama que trouxera consigo e, devido às picadas desses insetos, ele não conseguia dormir à noite. Essa é a condição do ser humano atualmente. No nível físico, ele acumulou muitos confortos e comodidades e parece bastante feliz. Entretanto, abriga no seu interior os percevejos das más qualidades, dos maus pensamentos e das motivações perversas que destroem a sua paz. Enquanto der espaço a sentimentos e pensamentos negativos, não poderá alcançar a paz. (Discurso Divino, 24 de junho de 1996)
Sri Sathya Sai Baba
20 de abril de 2025
É o destino do ser humano empreender uma jornada que vai da humanidade à divindade. Nessa peregrinação, ele inevitavelmente enfrenta diversos obstáculos e provações. Então, sábios, videntes, almas realizadas, personalidades divinas e Encarnações do próprio Deus nascem em forma humana para iluminar o seu caminho e ajudá-lo a superar essas dificuldades. Eles andam entre os aflitos e os buscadores que se perderam ou se desviaram para o deserto, levando-os a ter confiança e coragem. Certos seres nascem e vivem os seus dias justamente para esse propósito; podemos chamá-los de karana-janmas, pois o seu nascimento se dá por uma causa ou objetivo específico. Naturalmente, muitos aspirantes espirituais, pela sua devoção, dedicação e disciplina, alcançam a visão do Onipresente, Onipotente e Onisciente, e se contentam com a bem-aventurança que conquistaram para si próprios. Outros, porém, optam por compartilhar essa bem-aventurança com os que estão afastados do caminho, guiando-os e liderando-os, e são abençoados por isso. Eles ensinam que a multiplicidade é uma ilusão e que a unidade é a realidade. Jesus foi um karana-janma, um Mestre que nasceu com um propósito, com a missão de restabelecer o amor, a caridade e a compaixão nos corações humanos. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1978)
Sri Sathya Sai Baba
21 de abril de 2025
O egoísmo e o sentimento de “meu” ou de posse constituem o maior obstáculo no caminho da entrega. É algo inerente à personalidade desde tempos remotos, que tem aprofundado mais e mais os seus tentáculos a cada experiência das vidas que se sucedem. A remoção de tais características só é possível por meio dos “detergentes” gêmeos do discernimento e da renúncia. A devoção é a água para limpar essa sujeira acumulada há eras. A repetição do Nome de Deus, a meditação e a ioga ou união com o Divino formam o “sabão” que ajudará na limpeza de maneira mais rápida e eficaz. Quem avança lenta e firmemente vencerá essa corrida. Caminhar é o meio mais seguro de viajar, embora possam considerá-lo vagaroso. Meios mais rápidos podem causar desastres, pois, quanto maior a velocidade, maior será o risco de acidentes. Alimentem-se apenas o bastante para saciar a fome; o excesso provocará distúrbios na saúde. Similarmente, prossigam passo a passo na disciplina espiritual, certificando-se de dar um passo de cada vez. Não retrocedam dois passos após terem avançado um. Entretanto, se não tiverem fé, até mesmo o primeiro passo será instável. Por conseguinte, cultivem a fé. (Discurso Divino, 1º de agosto de 1956)
Sri Sathya Sai Baba
22 de abril de 2025
Deus nunca pede nada a ninguém. No entanto, quando alguém Lhe oferece algo de coração sincero, Ele retribui mil vezes mais. Vocês conhecem a história de Kuchela, amigo e devoto de Krishna; ele ofereceu a Krishna um punhado de arroz seco, e o Senhor lhe concedeu prosperidade vitalícia. A princesa Rukmini Devi conquistou o coração do seu esposo Krishna com a oferenda de uma única folha de tulasi ou manjericão sagrado. Então, sempre que Deus aceita algo, Ele retribui com generosidade infinita. Por isso se diz: “Uma folha, uma flor, uma fruta ou um pouco d’água; pelo menos isso se deve oferecer a Deus”. E por quê? Porque só quando oferecemos algo nos tornamos dignos de receber. Se vocês forem ao banco e simplesmente pedirem o seu dinheiro, ele não lhes será entregue, ainda que tenham total direito a ele. Será necessário que preencham e assinem um comprovante de saque. Só então poderão reivindicar o dinheiro. Portanto, é dando que se recebe. Essa é a Lei Divina. Deve-se primeiro oferecer algo a Deus, por menor ou mais insignificante que seja. (Chuvas de Verão, 28 de maio de 1995)
Sri Sathya Sai Baba
23 de abril de 2025
Eu convoquei todos aqueles que sofrem no interminável ciclo de nascimentos e mortes a adorar os Pés do Guru, o Mestre Espiritual! O Guru que Se anunciava viera mais uma vez para tomar sobre Si o fardo daqueles que n’Ele encontram refúgio! Manasa bhajare, ou seja, “Adoração na mente!” Esta foi a Minha primeira Mensagem para a humanidade. Eu não preciso das suas flores, das suas guirlandas, das suas frutas – coisas que vocês adquirem por algumas moedas. Elas não são genuinamente suas! Deem-Me algo que seja verdadeiramente seu, algo puro e perfumado com a fragrância da virtude e da inocência, banhado em lágrimas de arrependimento! Vocês trazem frutas e guirlandas de flores como itens de um mero espetáculo, como uma exibição da sua devoção. Os devotos mais pobres, que não têm condições de trazê-las, sentem-se humilhados e tristes pela sua situação de desamparo. Eles não podem demonstrar a sua devoção da maneira grandiosa com que vocês o fazem. Então, instalem o Senhor no seu coração e Lhe ofereçam os frutos das suas ações e as flores dos seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Essa é a adoração que mais valorizo, a devoção que mais aprecio! (Discurso Divino, Vijayadashami, 1953)
Sri Sathya Sai Baba
24 de abril de 2025
Encham o seu coração de amor e deixem que esse amor seja o princípio norteador de todas as suas atividades. Se tiverem amor no coração, não precisarão se preocupar com nada. Deus estará sempre com vocês, no seu interior e à sua volta, cuidando de vocês em todos os aspectos. Quando afirmam: “Krishna, eu Te seguirei”, isso significa que Ele está separado de vocês, e é possível que se desviem do caminho. Portanto, devem orar assim: “Krishna, por favor, fica sempre comigo!” De fato, Ele está sempre em vocês. Se fizerem uma investigação profunda, experimentarão essa verdade. É impossível estar longe de Deus. Muitos devotos declaram: “Senhor, eu estou em Ti, estou Contigo e vivo para Ti”. Repetem essas palavras como papagaios, mas não as dizem do fundo do coração. Na verdade, Deus nunca está separado de vocês. Orem a Ele de todo o coração, com a convicção de que Ele está sempre dentro de vocês, com vocês, acima, abaixo e em torno de vocês. Se Lhe oferecerem essa prece, Ele certamente redimirá a sua vida. (Discurso Divino, 13 de abril de 2005)
Sri Sathya Sai Baba
25 de abril de 2025
Não há limitações de tempo ou espaço para o indivíduo se estabelecer na contemplação do Senhor Onipresente. Não existe lugar sagrado nem momento especial para isso. Onde quer que a mente se deleite na contemplação do Divino, esse é o lugar sagrado! Sempre que isso acontece, esse é o momento auspicioso! Ali e naquele momento, deve-se meditar no Senhor. É por isso que já foi anunciado anteriormente: “Para a meditação em Deus, não há momento ou local fixos. Onde e quando a mente assim o desejar, ali será o local e aquela será a hora”. O mundo pode alcançar a prosperidade por meio de almas disciplinadas de coração puro que representem o sal da Terra. Na tentativa de promover o bem-estar do mundo, todos devem, a partir deste exato minuto, orar pelo advento dessas grandes almas, procurar merecer as bênçãos dos seres elevados e tentar esquecer os sofrimentos do dia! (Prema Vahini, cap. 73)
Sri Sathya Sai Baba
26 de abril de 2025
Quando vocês dirigem um carro, ele é seu Deus; quando fazem negócios no mercado, ele é seu Deus. De acordo com a cultura da Índia, antes de se realizar qualquer trabalho, deve-se considerá-lo como Deus e reverenciá-lo. Eis o que nos ensinam as Upanishads, textos que contêm a essência dos Vedas: "Considero como Deus o trabalho que tenho a fazer, e nessa forma reverencio a Deus". Por exemplo, antes de darem início a um recital, o tocador de tabla e o de harmônio prestam reverência, respectivamente, à tabla e ao harmônio. Antes de começar o seu número, a dançarina rende homenagem às suas tornozeleiras musicais. Até mesmo um motorista que vai dirigir um carro inanimado faz saudações ao volante antes de segurá-lo! Mas não é necessário ir tão longe. Se o carro atinge outra pessoa, imediatamente se fazem reverências a ela. O significado de tudo isso reside na fé e na crença de que Deus está presente em todas as coisas. Portanto, considerar toda a Criação como a Forma de Deus e, com esse espírito, cumprir o seu dever é, de fato, meditação. (Discurso Divino, 12 de maio de 1981)
Sri Sathya Sai Baba
27 de abril de 2025
Vocês trabalharam arduamente, ganharam dinheiro e o depositaram em um banco por medida de segurança. Sem dúvida, o dinheiro lhes pertence, mas o gerente do banco não o dará a vocês se simplesmente o pedirem. Há certas regras e regulamentos para a retirada de dinheiro do banco. O saque só poderá ser feito se vocês assinarem um cheque e o entregarem ao gerente. Da mesma forma, vocês depositaram o “dinheiro” de atos meritórios no banco do qual Deus é o Divino Gerente. Embora Deus seja a encarnação do sacrifício e o dinheiro pertença a vocês, existe um procedimento adequado para que o obtenham. Deus é o Gerente do Banco do Amor, no qual vocês depositaram o seu dinheiro. Para sacá-lo, têm que apresentar o cheque do sacrifício com a assinatura do amor. Aconteça o que acontecer, o seu amor por Deus não deve mudar. Apenas por meio desse amor é possível seguir o caminho do sacrifício e sacar “dinheiro” do Banco Divino. Aqui, “dinheiro” não significa moeda corrente. Trata-se do “dinheiro” da graça, da sabedoria e da retidão. (Divino Discurso, 7 de maio de 2001)
Sri Sathya Sai Baba
28 de abril de 2025
Reverenciem o conhecimento e adorem o amor como reverenciam o seu pai e adoram a sua mãe, caminhem afetuosamente com o dharma – a retidão – como com o seu próprio irmão, confiem na compaixão como no seu mais querido amigo, tenham a serenidade por cônjuge e considerem a fortaleza de ânimo como o seu filho amado. Esses são os seus verdadeiros parentes e amigos. Andem e convivam com eles, não os abandonem nem negligenciem. O príncipe Arjuna perguntou ao Senhor Krishna como se poderia controlar a mente sempre inquieta. Viver com esses familiares é a melhor receita, pois então se tem o ambiente mais propício para garantir a disciplina e o desapego necessários ao controle da mente. Simplesmente orar não adianta. É preciso engolir e digerir aquilo que se coloca na boca; repetir o nome da comida é inútil! Ouvir discursos e manifestar aprovação ou aplaudir não é o bastante. A mãe nutre o filho amorosamente, mas este precisa ingerir o alimento com avidez e prazer. Se essa mãe terrena tem tanto amor, quem pode avaliar o amor de Jagat Janani, a Mãe de todos os seres? (Discurso Divino, 9 de outubro de 1964)
Sri Sathya Sai Baba
29 de abril de 2025
Esta é a era da ciência e da tecnologia. A sua civilização e cultura estão entrelaçadas com o conhecimento do universo físico. O que os estudantes devem aprender atualmente é o cultivo da alma, a expansão do espírito e a purificação do coração espiritual, conhecimento esse que conduz ao desabrochar do espírito e à sublimação da vida. O florescimento do coração deve ser promovido lado a lado com o desenvolvimento intelectual. Só é total e plena a educação que abrange a expansão do coração espiritual. A educação deve promover valores éticos, essenciais para se levar uma vida bem regrada e disciplinada. As marcas da verdadeira educação são o altruísmo, a humildade e a simplicidade. O ethos da Índia se baseia na retidão, na justiça e em uma bondade de caráter inerente. O edifício da educação correta se sustenta em quatro pilares: autocontrole, autossuficiência, autoconfiança e sacrifício de si próprio. Os estudantes de hoje desconhecem completamente a autossuficiência; como, então, podem alcançar o autocontrole? A educação não deve visar apenas tornar as pessoas humanas, e sim transformá-las em seres humanos perfeitos. (Divino Discurso, 23 de junho de 1988)
Sri Sathya Sai Baba
30 de abril de 2025
Kama, o deus do desejo, é responsável pelo nascimento humano; Kala, o deus do tempo, pela morte. Rama é responsável pela vida humana e por todo o bem que existe nela. Se a conduta do indivíduo for tal que mereça a graça de Rama, o desejo e o tempo não o perturbarão muito. Assim como o fogo coberto por cinzas; a água, por material precipitado; e o olho, pela catarata, a nossa sabedoria jaz adormecida, coberta pelo desejo. É preciso investigar a fonte e a natureza do desejo. Até que seja capaz de fazê-lo, o indivíduo não será capaz de distinguir entre o permanente e o temporário, entre o certo e o errado. O desejo aumenta o apego, enfraquecendo a memória e a inteligência. Se a inteligência enfraquece, o indivíduo se desumaniza; portanto, o desejo tem a capacidade de arruinar a vida humana. Se entendermos bem a sua natureza, ele nos deixará no mesmo instante. Mas, se não a compreendermos e dermos ao desejo um lugar de destaque, ele predominará e começará a dançar sobre as nossas cabeças. (Chuvas de Verão, 9 de junho de 1973)
Sri Sathya Sai Baba