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01 de julho de 2024

Quando estão imersos na Bem-Aventurança do Senhor, vocês se tornam igualmente possuidores de todas as bem-aventuranças menores. Ao mergulharem no mar, busquem pérolas; quando estiverem diante de Kalpavriksha, a árvore que realiza desejos, peçam a Suprema Bem-Aventurança. Não almejem bem-aventuranças menores, quando a mais elevada está disponível com apenas um pouco mais de esforço. Existe no ser humano um anseio natural de se tornar uno com o Infinito, com o Supremo, com o Ilimitado, pois no âmago do seu coração reside aquele mesmo Supremo. É como o bezerro que anseia pela vaca. Todo bezerro conhece a própria mãe. Pode haver mil bezerros e mil vacas; soltem os bezerros e cada um encontrará a sua mãe. Vocês também devem saber de onde obtêm o seu sustento e apoio naturais. Só poderão encontrá-los em Deus, de quem se originaram! (Discurso Divino, 20 de fevereiro de 1966)

Sri Sathya Sai Baba

02 de julho de 2024

Aquele que leva uma vida virtuosa experimenta a Bem-Aventurança Divina e está sempre feliz. Desfruta da verdadeira felicidade. Portanto, todo ser humano deve reconhecer a verdade de que é uma centelha do Divino. Isso significa que deve procurar vivenciar Deus como o Morador Interno do coração. Certa vez, quando o príncipe Arjuna estava se sentindo muito perturbado com a situação ao seu redor, perguntou a Krishna por que razão isso lhe acontecia, já que tinha tanta fé no Senhor. Krishna, então, lhe explicou que não bastava se lembrar de Deus ocasionalmente, quando sentisse necessidade, pois esse tipo de lembrança era uma questão de conveniência e de oportunismo. O que se requer é a lembrança constante de Deus em todos os momentos e situações. Somente essa lembrança constante aliviará o devoto dos seus problemas e preocupações. Krishna disse a Arjuna que ele só pensava em Deus em algumas ocasiões e para propósitos específicos, o que não era correto. “Se você se lembrar de Mim em todos os momentos, Eu estarei sempre com você”, afirmou Krishna. (Discurso Divino, 25 de agosto de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

03 de julho de 2024

O amor pelo Senhor não deve se degenerar em fanatismo e ódio por outros nomes e formas divinas. Atualmente, esse tipo de câncer afeta até mesmo pessoas eminentes. Vocês devem evitá-lo. Acreditem que todos os que reverenciam o Senhor e temem o pecado são seus irmãos, seus parentes mais próximos. A vestimenta, o idioma, a cor da pele ou até a maneira de cada um expressar a sua reverência e temor não têm absolutamente nenhuma importância. Docinhos no feitio de animais são apreciados pelo açúcar que contêm, não pelas formas que lhes são dadas pelo fabricante. É a sua doçura que faz com que as pessoas os comprem; não importa se têm o formato de elefantes, cães, gatos, ratos, chacais ou leões. A escolha é uma questão de gosto individual. Todos são doces, isso é o essencial. A doçura atrai o ser humano para Deus, a ação externa para o caminho interior e a felicidade para a Bem-Aventurança da Consciência do Ser Supremo ou Sat-Chit-Ananda. Quando o apetite por essa doçura aumenta, cessam todos os desejos mundanos e a fome é saciada! (Discurso Divino, 20 de fevereiro de 1966)

Sri Sathya Sai Baba

04 de julho de 2024

Na vida do ser humano, existem duas atitudes a serem tomadas por ele em relação aos objetos. A primeira diz respeito àqueles dos quais é apenas um guardião temporário; a segunda, àqueles que lhe pertencem e que pode usar como bem entender. Os seres humanos devem cultivar a primeira atitude, que implica em reconhecer que nada lhes pertence e que tudo vem de Deus. Tudo é uma dádiva de Deus. É com essa mentalidade que você deve tratar todas as suas posses, cuidando delas com zelo enquanto for responsável pelo seu uso e manutenção adequados. Esse é o seu dever. Enquanto estiver no mundo, você tem a responsabilidade de cuidar da sua esposa, dos seus filhos e dos seus bens, porém considere isso como uma obrigação imposta por Deus, sem se apegar a eles como se fossem propriedades suas. A maioria das pessoas tem profundo apego aos seus familiares e bens, mas quanto tempo durarão eles? Nunca se sabe quando será preciso deixá-los. Portanto, a atitude correta é reconhecer o seu dever para com os outros e considerar tudo como uma dádiva de Deus. (Discurso Divino, 25 de agosto de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

05 de julho de 2024

Pratiquem a atitude de oferecer cada ato aos pés do Senhor como se estivessem Lhe ofertando uma flor em um ritual de adoração. Façam de cada respiração uma oferenda a Ele. Não se deixem abalar por calamidades; encarem-nas como atos da Graça Divina. Se alguém perdeu a mão em um acidente, deve acreditar que foi a Graça do Senhor que lhe salvou a vida. Se estão cientes de que nada acontece sem a Vontade de Deus, tudo ganha novo significado. Vocês podem negligenciar uma trepadeira no seu quintal; no entanto, se um sábio passar por ali e disser que ela é uma planta medicinal rara, capaz de curar veneno de cobra, erguerão uma cerca ao seu redor e não deixarão que as crianças arranquem as suas folhas, nem por brincadeira! Se tiverem consciência de que o Senhor é a causa, a fonte de tudo, vocês se relacionarão com todos com espírito de humildade e reverência. Esse é o caminho que os conduzirá rapidamente à meta da realização espiritual. (Discurso Divino, 20 de fevereiro de 1966)

Sri Sathya Sai Baba

06 de julho de 2024

Quando orarem a Deus, não peçam favores pessoais; nem mesmo a cura de doenças, pois o mundo está repleto delas. Sintam que aquilo que aflige numerosos outros seres também os aflige. Riquezas, propriedades e muitos outros bens materiais existem em abundância neste mundo, mas o que se deve buscar de Deus é justamente aquilo que não se acha prontamente disponível aqui. Vocês não têm paz; orem para obtê-la. O único a possuí-la é o Divino, descrito em uma oração dirigida ao Senhor como a própria Encarnação da Paz. Essa oração principia com a palavra sânscrita “shantakaram”, que significa “na mais absoluta e inabalável paz”. Ninguém, exceto Deus, pode conceder a verdadeira paz. A segunda coisa pela qual se deve orar é a felicidade ou “sukham”. Não se obtém felicidade real de outras pessoas. Estas podem proporcionar prazeres mundanos transitórios; no entanto, somente Deus possui a felicidade duradoura e a bem-aventurança perene. É por essa felicidade que vocês devem orar. Somente Deus pode concedê-la. Ele é o Senhor da Bem-Aventurança. Orem a Deus por paz e bem-aventurança duradouras, não por dádivas materiais passageiras. (Discurso Divino, 25 de agosto de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

07 de julho de 2024

O jovem e sábio Prahlada conhecia a seguinte verdade: “Este mundo está totalmente permeado pelo Deus imanente”. Ele sabia disso, não apenas por estudo, mas também por experiência própria. Tinha ciência de que essa verdade era um fato sempre presente. Por isso, quando o Senhor Se materializou diante dele, dizendo que lhe concederia um desejo que ele formulasse, Prahlada não pediu que o pai voltasse à vida nem que o seu reino fosse restaurado. Tampouco pediu ao Senhor vida longa, riqueza ou fama. Em vez disso, rogou-Lhe pela oportunidade de amenizar a dor e o sofrimento de todos os seres! Ciente de que Deus Se manifestava em cada um deles, sabia que a melhor maneira de servi-Lo era servir a essas manifestações Suas, proporcionando-lhes alívio e alegria. A língua deve se expressar por meio de palavras doces e reconfortantes; e as mãos, praticar atos que não causem dano a ninguém. O corpo, por sua vez, deve ser dedicado à vivência constante na presença do Divino. (Discurso Divino, 20 de fevereiro de 1966)

Sri Sathya Sai Baba

08 de julho de 2024

Qualquer que seja a direção para a qual se aponta uma câmera, quando o filme for revelado, a imagem capturada pela lente será a dos objetos que então se achavam naquela direção. O resultado dependerá do ângulo de visão da lente. Da mesma forma, a nossa mente reflete a natureza daquilo que nos atrai. Quando alguém nos critica, ficamos furiosos e nos comportamos de maneira insensata. Quando, ao contrário, alguém nos elogia, sentimo-nos alegres e pensamos bem de quem nos elogiou. Em qualquer dos casos, o motivo é a nossa perturbação emocional! Portanto, precisamos desvendar os segredos da mente, entender o modo como a mente brinca conosco. Precisamos aprender a nos manter serenos e firmes, quer sejamos elogiados ou criticados. Eis outro exemplo: quando voltamos a mente para Deus ou para o bem, ela se torna humana; quando a voltamos para pensamentos maléficos e egoísmo perverso, ela se torna demoníaca. Vejamos mais um exemplo, o da fechadura e da chave: quando giramos a chave para a direita, ela abre a fechadura; quando a giramos para a esquerda, ela tranca a fechadura. Isso quer dizer que a mesma chave realiza duas operações opostas, de acordo com o sentido no qual é girada. De igual modo, se a mente estiver voltada para bons pensamentos, desenvolverá desapego; se, por outro lado, estiver voltada para pensamentos egoístas e possessivos, de “eu” e de “meu”, causará apego. Ora, o apego significa servidão, enquanto o desapego leva à libertação! (Discurso Divino, 25 de julho de 1978)

Sri Sathya Sai Baba

09 de julho de 2024

Uma linda rosa nos faz sentir muito felizes. À noite, porém, ela murcha e, na manhã seguinte, as suas pétalas caem, não proporcionando mais tanta felicidade. Na verdade, qualquer objeto bonito só pode nos trazer felicidade temporária. Precisamos verificar cuidadosamente onde conseguiremos encontrar felicidade permanente. Só é possível encontrá-la no Ser Interno e em pensamentos sobre Deus. Apenas daquilo que é permanente se pode obter felicidade perene, jamais daquilo que é transitório. E somente após experimentarmos felicidade permanente é que alcançaremos a verdadeira bem-aventurança. Não podemos continuar buscando essa bem-aventurança em todos os lugares. Seguir por esse caminho é como ir a um mercado de peixes à procura de diamantes. Ali só haverá peixes, não diamantes! Como este mundo é temporário e toda a vida nele é incerta, não é possível encontrar felicidade permanente neste mundo! (Chuvas de Verão, 1978, cap. 12)

Sri Sathya Sai Baba

10 de julho de 2024

As pessoas que fazem peregrinações ao Ganges em busca das suas águas sagradas podem levar consigo apenas a quantidade que os seus recipientes comportam. Portanto, é essencial ampliar o recipiente espiritual interno, ou seja, o coração. Não se pode ter a plena percepção da Divindade por meio de diferentes formas de adoração. Embora tais práticas, em si, sejam boas ações e tragam as devidas recompensas, elas não promovem a espiritualidade. Esta consiste em estabelecer uma conexão profunda com o Divino unicamente por meio da concentração em obter a plena percepção da unicidade. O Divino transcende o nascimento e a morte e, na condição de Testemunha, permeia todos os seres. O que se faz necessário é uma transformação do coração, do qual se devem extirpar todos os maus pensamentos e sentimentos. Até mesmo na realização de cerimônias de bhajans ou cânticos devocionais, a participação deve ser sincera, não um ritual mecânico. Se o coração estiver repleto de pensamentos e sentimentos sagrados, estes se refletirão na entoação dos bhajans. Ao cantá-los, vocês devem proporcionar alegria a todos os participantes. (Discurso Divino, 25 de agosto de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

11 de julho de 2024

O carvão é escuro e representa a ignorância sob a forma de escuridão. O fogo irradia luz e calor e simboliza o conhecimento. Enquanto separados, o carvão pode apenas observar o fogo, sem adquirir nada do seu brilho. Entretanto, ao ser colocado nas chamas e entrar em contato com elas, ele também se torna brilhante, fundindo-se no fogo. De igual modo, o contato com o Divino dissipa a ignorância do ser. Se abanarmos levemente as chamas, o carvão se transformará mais rapidamente em fogo. Esse ato de avivar o fogo corresponde à verdadeira disciplina espiritual ou sadhana. Por meio do sadhana, até mesmo um ignorante pode se tornar sábio. Compreendendo essa verdade, as gopikas, vaqueirinhas devotas de Krishna, eram próximas a Ele e queridas por Ele. As suas ações, sempre voltadas para alcançar a imortalidade, eram desprovidas de qualquer motivação egoísta. Cada acontecimento narrado no Bhagavata, conhecido texto da literatura sagrada indiana, deve ser visto como uma descrição das ações puras e sagradas praticadas pelas gopikas. Elas se consideravam parte do Senhor e vivenciavam a unidade em toda a Criação. Não devemos interpretar as suas ações de maneira superficial, pois os seus desejos haviam sido completamente consumidos em pensamentos sobre o Divino. (Chuvas de Verão, 1978, cap. 12)

Sri Sathya Sai Baba

12 de julho de 2024

Se uma pessoa vive sempre em um ambiente com ar condicionado, jamais entenderá o que significa frescor. Ela precisará se expor ao sol quente, pelo menos uma vez, para perceber o valor do ar condicionado. Nenhuma lâmpada pode brilhar intensamente à luz do dia; somente a noite revela o seu real valor. Muitos vêm a Mim se lamentando: “Swami! Estamos muito angustiados, sofrendo de profunda ansiedade!” Ao ouvir tais palavras, compreendo o que acontece com eles. Nunca experimentei sofrimento ou ansiedade. Sei que esses sentimentos são como experiências de sonho; não representam a realidade. Algumas pessoas podem elogiar vocês, outras podem criticá-los; ambos os julgamentos são irreais. Quando se cava um poço, a terra retirada forma um monte ao lado. Alguns prestam atenção ao poço, outros ao monte. Considero ambos com indiferença. A terra que estava no poço está agora no monte. É uma eterna gangorra. O Sol se põe no Oeste e a Lua nasce no Leste. Essas dualidades fazem parte da Natureza. Portanto, enquanto estiverem aqui neste mundo, vocês devem praticar a equanimidade! (Discurso Divino, 25 de julho de 1978)

Sri Sathya Sai Baba

13 de julho de 2024

As palavras sânscritas “dama” e “sama” significam, respectivamente, controle dos órgãos externos e controle dos órgãos internos. Pode-se entender a palavra “sama” com o significado de “controle dos órgãos dos sentidos”. Isso porque, para quem consegue controlar os sentidos internos, os órgãos externos não causam nenhum problema e ficam facilmente sob controle. Já para aquele que não é capaz de controlar os sentidos internos, os órgãos externos causam muitos problemas. Se uma pessoa tiver um forte sentimento de que não deve ver nada exterior a si mesma, ela nada verá, ainda que os seus olhos estejam abertos. Similarmente, se alguém estiver determinado a não comer nada, não aceitará nenhum alimento, por mais apetitoso que seja. Estes exemplos demonstram que são os sentidos internos que provocam os órgãos externos. Controlar os sentidos internos é tarefa difícil; entretanto, se formos capazes de fazer isso, poderemos controlar facilmente os aspectos externos. Para quem nasce como ser humano, quer atue na esfera mundana ou na espiritual, o controle dos órgãos é essencial. Essa disciplina proporciona a todos muita felicidade! (Chuvas de Verão, 1978, cap. 11)

Sri Sathya Sai Baba

14 de julho de 2024

Existem duas maneiras de alguém se aproximar de Deus. A primeira é como um iniciante, um devoto que ainda se acha no estágio inicial, e que louva: “Senhor! Tu és a Encarnação da Misericórdia e da Bem-Aventurança! Tu és Todo-Poderoso”! Ele espera, assim, conquistar a Graça Divina. Entretanto, quanto mais Deus se torna querido para o devoto, mais essa distância diminui. Quando um conhecido os visita, vocês o recebem com um aperto de mão e um sorriso, que são, na maioria das vezes, forçados. Por outro lado, quando um velho amigo aparece, vocês o recebem com uma saudação informal e, com um brilho nos olhos e calor no coração, o convidam a se sentar. Em uma profusão de elogios formais, o amor está quase sempre ausente. Na verdade, ao se lidar com o Deus pessoal, o amor é o requisito fundamental. Sendo assim, tenham fé e paciência e pratiquem atos de amor e de serviço desinteressado. O amor será mil vezes recompensado com o Amor Divino. (Discurso Divino, 30 de julho de 1978)

Sri Sathya Sai Baba

15 de julho de 2024

O Universo, com todas as suas manifestações, é o cenário do Jogo Divino de Brahma, Vishnu e Ishvara (um aspecto de Shiva). Brahma, o Criador, dá origem a tudo o que existe; Vishnu, o Mantenedor, sustenta e mantém a Criação; Ishvara, o Transformador, realiza a sua dissolução ou fusão. Brahma determina o próximo nascimento de cada indivíduo, de acordo com os seus karmas anteriores, enquanto Vishnu sustenta o que foi criado por Brahma. Uma planta não consegue se desenvolver por conta própria. Ela precisa ser cuidada, regada e protegida; só então se tornará uma grande árvore. Similarmente, mais do que se limitar a sugerir ao discípulo a recitação do Nome do Senhor e a meditação, o guru deve zelar pela sua prática espiritual e acompanhar o seu progresso, fornecendo-lhe o suporte e a força necessários. O trabalho de Ishvara é fazer com que as coisas se fundam no Infinito. “Laya”, a palavra sânscrita para dissolução, significa a fusão da alma individual na Alma Suprema ou Paramatma. Essa dissolução do individual no Universal é feita por Ishvara. Assim, todo o processo consiste em criação, sustentação e fusão. A Trindade Divina, composta por Brahma, Vishnu e Maheshvara (epíteto de Shiva), não representa três gurus distintos, e sim três aspectos do mesmo Ser Divino, atuando em três momentos e direções diferentes. (Chuvas de Verão, 20 de junho de 1973)

Sri Sathya Sai Baba

16 de julho de 2024

O Atma, o Ser Interno, é onipresente e infinito. É o Uno sem um segundo, mas aparece como muitos devido à multiplicidade de formas. A espiritualidade reconhece como o Ser Interno o Uno que engloba todas as diversidades. Infelizmente, hoje em dia, muitos intelectuais dividem o Uno em múltiplos. São raros aqueles capazes de ver a unidade na multiplicidade. Eis um exemplo: em uma casa existem diversos cômodos separados, como o banheiro, a cozinha, a sala de jantar e a sala de estar. O que causa essa divisão? As paredes internas! Se as removermos, a casa será novamente constituída de apenas um cômodo. São as paredes que criam diferentes ambientes, com nomes e formas distintos. Similarmente, a “mansão” do Ser Interno é uma só, porém foram criados no seu interior diferentes “cômodos”: o corpo, os sentidos, a mente, o intelecto, a vontade e o ego. Essa divisão interna cria a ilusão da diversidade. Existe, na humanidade de hoje, uma crescente tendência à divisão, e por isso é altamente necessária a presença do guru, do mestre espiritual. (Discurso Divino, 14 de julho de 1992)

Sri Sathya Sai Baba

17 de julho de 2024

A Verdade, que é cognoscível em toda parte, se revela com especial clareza dentro daqueles que a buscam com sinceridade. Vocês podem vivenciá-la até mesmo no cumprimento desinteressado dos seus deveres, seja para com vocês mesmos ou para com o próximo. Indico-lhes hoje quatro diretrizes para santificar a sua vida e purificar a sua mente, permitindo que entrem em contato com o seu Deus interno. São elas: 1) abandonem a companhia dos ímpios; 2) acolham a oportunidade de estar na companhia dos bons; 3) pratiquem boas ações continuamente; 4) usem o discernimento para distinguir aquilo que é permanente. Aqueles que não se esforçam para se transformar tendem a culpar a Deus pelos seus sofrimentos, em vez de culpar a sua própria fé instável! Isso ocorre por terem se declarado devotos precipitadamente, esperando receber a Graça do Senhor em abundância. Tais pessoas não têm o direito de reivindicar a Graça Divina. É preciso que Deus aceite o devoto como Seu. Deve-se, portanto, usar o dom do discernimento para separar o que é “lixo”, ou seja, aquilo que não serve, e descartá-lo em favor do que é valioso. Praticar boas ações significa servir ao próximo de forma altruísta. Além disso, afastem-se das más companhias e conquistem a amizade dos bons, pois estes podem purificá-los e curá-los. (Discurso Divino, 2 de julho de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

18 de julho de 2024

Um dos passatempos preferidos de Krishna era entrar furtivamente nas casas das  gopikas, as vaqueirinhas Suas devotas, e derrubar os potes de leite e coalhada. Preocupadas com as brincadeiras de Krishna, elas estavam ansiosas para pegá-Lo em flagrante, mas Ele era um ladrão difícil de se capturar. Então uma delas sugeriu que a única maneira de pegá-Lo era orar a Ele, e assim o fizeram: “Ó Krishna, será possível conseguirmos Te capturar? És mais sutil que o átomo e mais vasto que a imensidão do Universo. Permeias todos os seres da Criação. Como poderemos Te compreender?” O resultado dessa oração foi o de revelar às gopikas o meio de pegar Krishna. Ele derramou leite do pote, lavou os Pés nesse leite e saiu correndo da casa. As gopikas seguiram as Suas pegadas e O capturaram. O significado simbólico desse episódio é que o devoto só pode ter a experiência do Divino quando se agarra firmemente aos Pés do Senhor. Este é o ensinamento do Bhagavata, conhecido texto da literatura sagrada indiana. (Discurso Divino, 27 de maio de 1992)

Sri Sathya Sai Baba

19 de julho de 2024

O sábio Vyasa é chamado de Veda Vyasa por sua compilação dos Vedas, que representou um imenso serviço aos estudantes dessas Escrituras Sagradas. Os Vedas desafiavam a compreensão por serem incontáveis e insondáveis, pois, como se diz: “Os Vedas são infinitos”. Vyasa também compôs os 18 Puranas, que versam sobre vários Nomes e Formas do mesmo Deus. São livros didáticos que contêm descrições ilustrativas de códigos morais, episódios históricos, princípios filosóficos e ideais sociais. Por meio deles, procurou enfatizar a necessidade de dominar os impulsos egoístas. Há um verso em sânscrito no qual duas declarações do sábio Vyasa resumem todos os 18 Puranas por ele compostos: “Fazer o bem ao próximo é meritório; fazer o mal ao próximo é pecaminoso”. Ou seja, fazer o bem é o remédio; evitar o mal é a dieta que deve acompanhar o tratamento. Eis a cura para a doença do sofrimento causada pelos pares de opostos – alegria e tristeza, honra e desonra, prosperidade e adversidade –, essa dualidade que perturba o ser humano e o priva da equanimidade. (Discurso Divino, 24 de julho de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

20 de julho de 2024

A qualidade da paciência ou da tolerância – “kshama”, em sânscrito –  é  essencial para toda e qualquer pessoa. Paciência é verdade, é retidão, é não violência, é o ensinamento dos Vedas; confere felicidade e bem-aventurança celestial. Perdoem aqueles que lhes causaram mal e os criticaram. Tenham fé em que tudo o que acontece é para o seu próprio bem. Se alguém os insultar, não revidem. Investiguem interiormente se a crítica foi dirigida ao corpo ou ao Ser Interno. Se foi dirigida ao corpo, o autor da crítica, indiretamente, lhes fez um favor, pois o corpo não passa de um amontoado de carne, sangue, ossos e matéria fecal. Se, por outro lado, ele criticou o Ser Interno, isso equivale a criticar a si próprio, pois o mesmo Ser Interno existe nele e em vocês. Deve-se cultivar esse tipo de perdão e de amplitude mental. (Discurso Divino, 16 de julho de 2000)

Sri Sathya Sai Baba

21 de julho de 2024

Os guias espirituais atuais são de dois tipos. Há aqueles que se declaram expoentes do Vedanta, mas o seu principal intento é satisfazer os seus desejos mundanos. Ajustam-se às vontades dos discípulos e, ao fazê-lo, conseguem despojá-los das suas posses. Tais “gurus” são um fardo pesado na superfície da Terra. Eles correspondem a um outro significado da palavra “guru”, que conota peso ou fardo. O segundo tipo de guia espiritual é formado por aqueles que são capazes de explicar os textos sagrados e ajudar os discípulos a se disciplinarem em algum grau. Eles incutem nos discípulos a mensagem de que o próprio guru é Brahma, Vishnu e Ishvara (a Trindade Divina), e também Parabrahma, a Divindade Suprema. É assim que tais mestres espirituais elevam a sua própria estatura aos olhos dos discípulos. Existe muita diferença entre os guias espirituais desses dois tipos. Os primeiros transmitem o que aprenderam em troca de alguma recompensa, enquanto os outros – os verdadeiros gurus –, por meio da sua graça, entram no coração do discípulo, expandem-no e, desse modo, os capacitam a compreender os aspectos da Divindade. Um ser assim surge, na forma de um guru, no momento adequado, como, por exemplo, quando o rei Parikshit orou fervorosamente e o sábio Suka imediatamente apareceu. (Chuvas de Verão, 20 de junho de 1973)

Sri Sathya Sai Baba

22 de julho de 2024

Analisem cada objeto e descubram a sua insignificância e futilidade. Então o genuíno desapego será implantado no seu coração. Para isso utilizem o intelecto – a  arma de valor inestimável, o espelho perfeito que Deus lhes deu para a sua jornada em direção a Ele. Diz um antigo ditado: “O intelecto é moldado pelas ações do indivíduo”. Essa afirmação, no entanto, não é inteiramente correta. A mente impele os sentidos à ação. Com o intelecto de um lado e os sentidos do outro, ela é induzida por ambos à ação. Quando a mente se inclina para os sentidos e os ativa, o resultado é a servidão; mas, se ela se inclina para o intelecto, que é iluminado pelo Ser Interno, o resultado é a liberação. Às vezes o intelecto é seduzido pelo falso prazer no qual a mente se deleita por meio dos sentidos. Faz-se necessário, nesse momento, o uso da prática espiritual para desviar o intelecto da servidão à mente. É preciso restituir-lhe a posição de regulador e controlador dos caprichos da mente. (Discurso Divino, 26 de setembro de 1979)

Sri Sathya Sai Baba

23 de julho de 2024

Todo ser humano é filho da Mãe Terra. Esta, como mãe, ensina muitas lições aos seus filhos, exortando-os a aprender tudo com ela, em vez de ir em busca de outros preceptores. Assim se lamenta a Mãe Terra: “Eruditos e intelectuais estão me partindo em pedaços para adquirir conhecimento e realizar os seus experimentos. Submetem-me a grande sofrimento com as suas escavações e explosões, mas nada disso me preocupa. Aprendam de mim esse espírito de tolerância. Suportem firmemente qualquer injúria ou ataque que venha a ser lançado contra vocês. Tratem com equanimidade o elogio e a crítica, o bem e o mal. Esse é o conhecimento mais elevado”. Outro elemento vital da Natureza é a água, uma das manifestações do Divino. Eis o ensinamento que ela transmite: “Filhos! Por essência, sou pura, doce e fresca. Pureza, paciência e perseverança são três boas qualidades que vocês devem cultivar”. O fogo, outro dos preceptores da Natureza, diz aos humanos: “Meus filhos! Eu não faço distinção entre o bem e o mal. Nada ganho por queimar uma coisa e, igualmente, nada perco por deixar de queimar outra. Trato da mesma forma tudo o que entra na minha esfera de ação. Aprendam a ver o Divino em todas as coisas. Essa é a maneira de se obter o conhecimento do Ser”. (Discurso Divino, 8 de outubro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

24 de julho de 2024

Esta flor é linda e exala uma fragrância inebriante e envolvente, o que encanta a visão e o olfato. Aqueles que são dotados de sabedoria, porém, não se contentarão com a mera impressão sensorial e, recorrendo ao intelecto ou “buddhi”, buscarão descobrir  o tempo de duração dessa beleza e fragrância. A resposta será: “Até o anoitecer, até o alvorecer de um novo dia”. Diante disso, concluirão que a beleza e a fragrância verdadeiras derivam apenas de Deus, não de objetos e componentes criados, nem de entidades mundanas móveis e mutáveis, que emergem e se fundem, aparecem, atraem e desaparecem. Montado em dois cavalos – o mundo e Deus, o Universal e o particular, o Absoluto e o relativo, o Eterno e o temporal, o Real e o aparente –, o ser humano cavalga em direção ao abismo. Somente a disciplina espiritual pode ajudá-lo a escolher o caminho correto e percorrê-lo incansavelmente. Todas as religiões, em todas as épocas e lugares, têm dado ênfase ao Uno e indicado o caminho para alcançá-Lo. Elas nos advertem contra o perigo do apego excessivo ao mundo, que é basicamente nocivo. (Discurso Divino, 26 de setembro de 1979)

Sri Sathya Sai Baba

25 de julho de 2024

Se vocês desejam acender uma lamparina, quatro elementos são essenciais: 1) um recipiente adequado; 2) óleo; 3) um pavio; 4) uma caixa de fósforos. A ausência de qualquer um deles impedirá que a lamparina seja acesa. Ela, no entanto, só consegue dissipar a escuridão exterior. Como extinguir a escuridão do coração? Só é possível fazer isso com a Luz da Sabedoria, de nenhum outro modo. E como acender essa Luz da Sabedoria, essa luz espiritual? Para isso também são necessários quatro elementos: 1) o desapego, que é o recipiente; 2) a devoção, que é o óleo; 3) a concentração unidirecionada, que é o pavio; 4) o conhecimento da Verdade Suprema, que é o palito de fósforo. Se algum deles faltar, não se poderá acender a Luz da Sabedoria. Dentre esses quatro, é fundamental o desapego ou espírito de renúncia. Sem ele, todo o conhecimento das Escrituras Sagradas é inútil. Mas o que significa esse desapego? É a ausência de apego ao corpo físico. Deve-se abandonar o sentimento de ego, que faz com que se pense no “eu” o tempo inteiro. (Discurso Divino, 9 de novembro de 1988)

Sri Sathya Sai Baba

26 de julho de 2024

Cada ato neste mundo, mesmo o mais insignificante, acontece de acordo com a Vontade Divina. Um ato específico de Deus pode lhes trazer algum incômodo ou tristeza, porém isso ocorre no nível individual. Na Criação de Deus não existe sofrimento. Tudo o que Ele faz é para o bem-estar da humanidade. Algumas pessoas se sentem deprimidas e se lamentam de que Deus esteja lhes causando problemas e sofrimento, mas estes são criados por elas mesmas. Deus não faz diferenças e não causa dificuldades nem sofrimento a ninguém. Tristezas e dificuldades nada mais são que sentimentos pessoais. Tudo na Criação Divina tem o propósito de proporcionar felicidade e bem-estar aos seres vivos. Isso é o que tenho enfatizado repetidamente. Quer vocês estejam sofrendo ou desfrutando de felicidade, lembrem-se sempre de que é para o seu próprio bem. É preciso desenvolver a firme convicção de que tudo o que Deus faz é para o bem dos indivíduos e não para prejudicá-los. Incapazes de perceber essa verdade, os seres humanos vivenciam todo tipo de problemas e de sofrimento. É preciso  que se esforcem para reconhecer a verdade subjacente à Criação de Deus. (Discurso Divino, 17 de outubro de 2004)

Sri Sathya Sai Baba

27 de julho de 2024

A paz é o melhor tesouro; sem ela, poder, autoridade, fama e fortuna são áridos e penosos. Como disse o santo e poeta indiano Tyagaraja, não pode haver felicidade sem paz interior. Para conquistar essa paz e permanecer firme nela, o ser humano deve desenvolver o desapego e se dedicar à prática espiritual constante. Desapego não significa renunciar aos laços familiares e fugir para a solidão da floresta, e sim abandonar a crença de que objetos mundanos são permanentes e capazes de proporcionar alegria suprema. A mente prega peças nos seres humanos, induzindo-os a crer que algumas coisas são boas e outras ruins, algumas eternas e outras transitórias. Vocês podem ter à sua frente uma travessa cheia de alimentos que parecem finos e deliciosos; porém, se o cozinheiro declarar que uma lagartixa caiu na panela fervente e foi cozida viva, toda a sua atração pela comida desaparecerá em um instante! Não há objeto sem falhas ou defeitos; toda alegria é mesclada com a dor; não há ação que não esteja contaminada pelo egoísmo. Fiquem avisados, então: cultivem o desapego, pois este os salvará do sofrimento. (Discurso Divino, 20 de abril de 1975)

Sri Sathya Sai Baba

28 de julho de 2024

Quando conquistarem o Amor de Deus, a Sua compaixão fluirá para vocês. O amor dá e perdoa. O ego recebe e esquece. Vocês não entregariam o próprio filho à polícia se ele tirasse dinheiro de casa; no entanto, se um empregado seu furtasse uma colher, não teriam tais escrúpulos, pois não sentem amor por ele. Vivam sem odiar ou condenar os outros e sem procurar defeitos neles. O sábio Vyasa, que escreveu 18 volumosos Puranas, resumiu-os todos em uma única linha de um pequeno dístico: “Fazer o bem ao próximo é o único ato meritório; fazer o mal é o pecado mais hediondo”. Quando virem que não poderão fazer o bem, pelo menos deixem de fazer o mal. Isso, por si só, já é um serviço meritório! Não busquem diferenças; descubram a unidade. Entendam que o propósito da vida de todo ser humano é conhecer, por meio do amor, a própria Encarnação do Amor, que é Deus, e demonstrar, também por meio do amor, que conheceu o Senhor. (Discurso Divino, 4 de abril de 1975)

Sri Sathya Sai Baba

29 de julho de 2024

Atualmente se dá plena liberdade aos sentidos; o ser humano tornou-se escravo da ganância, da luxúria e do egoísmo. E a culpa é inteiramente dos pais e dos mais velhos. Quando os filhos vão a templos ou assistem a palestras de cunho espiritual, os pais os repreendem, advertindo-os de que isso é sinal de insanidade. Dizem-lhes que a busca da religião é para pessoas idosas e não deve ser levada a sério pelos jovens! Estes, no entanto, poderiam se preparar melhor para a batalha da vida se ao menos fossem devidamente incentivados pelos pais, cujo dever é aconselhar os filhos, dizendo: “Convençam-se de que existe um Deus que nos guia e protege e tenham sentimentos de gratidão a Ele. Orem para que o Senhor os torne puros. Amem a todos; sirvam a todos. Juntem-se a boas companhias. Visitem templos e pessoas santas”. Leem-se nos jornais notícias sobre campanhas, vitórias, triunfos, sucessos e assim por diante, mas todas se referem a conquistas de natureza material. Lutem contra as tentações dos sentidos; vençam os inimigos internos; triunfem sobre o ego. Essa é a verdadeira vitória – aquela que os torna dignos de aplausos. (Discurso Divino, 1º de janeiro de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

30 de julho de 2024

Vocês certamente alcançarão sucesso em qualquer tarefa que empreenderem com um coração puro. Eu sou a prova viva desse ideal. Não há o mínimo vestígio de egoísmo em nenhuma tarefa que realizo. Tudo o que faço é para o benefício da humanidade. Muitos não compreendem essa verdade e acreditam que tenho alguma expectativa de retorno. Mas não espero nada de ninguém e nada recebo pelas minhas ações. A minha única recompensa é a felicidade de todos. Uma vez que afirmam ser devotos de Sai, vocês devem aderir estritamente ao caminho de Sai, fazendo todos felizes. Seguindo os Meus passos, sem dúvida obterão resultados santificados e uma boa reputação. Sendo devotos de Sai, abandonem o egoísmo e dediquem a sua existência ao bem-estar da sociedade. Preencham a sua vida com amor. Parem de criticar os outros. Respeitem até mesmo aqueles que os odeiam. O ódio é uma qualidade mesquinha, que os arruinará; portanto, não deem espaço a ele. Cultivem o amor e, na medida do possível, ajudem os pobres e os necessitados. (Discurso Divino, 13 de abril de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

31 de julho de 2024

O ano se renova e o dia se torna sagrado quando vocês os santificam por meio da prática espiritual, não de outra forma. A prática espiritual só pode florescer em um campo fertilizado pelo Amor – o Amor Divino ou Prema, que é a qualidade essencial da devoção a Deus. Vocês devem santificar o amor que sentem por objetos materiais, nome e fama, esposa e filhos e assim por diante, subordinando esse amor ao Amor Divino, muito mais poderoso e arrebatador. Se vocês diluírem duas colheres de água em dois litros de leite, a água também será apreciada como leite! No entanto, a sua prática espiritual mais se assemelha a uma mistura de dois litros de água com duas colheres de leite! Deixem que o Amor Divino preencha e emocione o seu coração. Assim não odiarão ninguém, não se envolverão em rivalidades prejudiciais nem criticarão os outros. A vida, então, se tornará suave, doce e tranquila. (Discurso Divino, 1º de janeiro de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

 

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