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01 de agosto de 2024

Certa vez, o sábio Narada compareceu diante do Senhor Vishnu e indagou: “Senhor! Percorro os três mundos e conheço o passado, o presente e o futuro. Se eu desejar Te transmitir alguma informação especial, para onde devo enviá-la? Não quero um endereço temporário. Qual é a Tua morada permanente?” Vishnu respondeu: “Narada, anote o Meu endereço permanente: ‘Onde quer que os Meus devotos cantem as Minhas glórias, ali Eu Me instalo’”. As pessoas atribuem ao Senhor diversas moradas, como Vaikunta, Kailasa, Badrinath, Kedarnath e assim por diante. Estas, porém, são apenas temporárias. O único endereço permanente do Senhor é o coração do devoto. Conforme diz a Bhagavad Gita: “O Senhor reside no coração de todos os seres”. Como é onipresente, Ele habita igualmente o coração de cada um; por isso é denominado “Atma-Rama" – Aquele que deleita o coração com a Sua presença! (Discurso Divino, 14 de abril de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

02 de agosto de 2024

Vocês devem orar ao Senhor para que Ele lhes dê forças para suportar todos os problemas e enfrentar todas as dificuldades. Se tiverem ao menos uma partícula da Graça de Deus, serão capazes de transpor uma montanha de problemas. O santo Chaitanya declarou: “Se uma fração do tempo gasto em preocupações com riqueza, provisões, esposa, filhos, amigos e negócios for dedicada à meditação nos Pés do Divino, será possível enfrentar sem temor os mensageiros da morte e cruzar o oceano do ciclo de nascimentos e mortes!” Não é necessário dedicar muitas horas à oração. É suficiente pensar em Deus e se entregar a Ele, ainda que por alguns momentos. Um único palito de fósforo, quando aceso, pode dissipar a escuridão em um aposento fechado há anos. Uma só faísca pode queimar montanhas de algodão. De igual modo, cantar o Nome de Rama de todo o coração, mesmo uma única vez, pode destruir montanhas de pecados. Mas não se deve fazer isso mecanicamente, como um disco tocando em uma vitrola. O canto deve brotar das profundezas do coração. (Discurso Divino, 14 de abril de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

03 de agosto de 2024

Assim como um termômetro indica a temperatura do corpo, a fala, a conduta e o comportamento de uma pessoa são indicativos do seu estado mental e revelam quão alta é a febre da mundanidade que a aflige. A fala, a conduta e o comportamento devem ser puros e livres da paixão de emoções como o ódio e o orgulho. Falem pacificamente, promovendo a paz nos outros. De que adianta repetirem constantemente o Nome de Deus e fazerem meditação, se a sua fala e a sua conduta não são sequer humanas? Como esperam se aproximar do Divino rastejando no lodaçal da animalidade? Decidam hoje mesmo purificar a mente de impurezas para que assim possam absorver a inspiração que ela se destina a transmitir. Os aspirantes à paz de espírito devem também reduzir a sua bagagem; quanto mais bagagem se leva, maior o incômodo. Bens materiais e desejos – no campo objetivo e na esfera subjetiva, respectivamente – são obstáculos na corrida pela realização espiritual. Uma casa entulhada é escura e empoeirada; ali o ar fresco não circula livremente, e por isso ela é abafada e sufocante. O corpo humano também é uma casa. Não permitam que objetos excêntricos, bugigangas, quinquilharias sem valor e móveis supérfluos o atravanquem, nem que a escuridão da ignorância cega o profane. Deixem que a brisa da santidade sopre à vontade através dele. (Discurso Divino, 12 de outubro de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

04 de agosto de 2024

Assim como todos os rios correm para o mar, deixem que todas as suas fantasias sigam em direção a Deus. A peça pertence a Ele e o papel de cada um é uma dádiva Sua. É Ele quem escreve o roteiro e escolhe o figurino e o cenário, os gestos e a entonação, a entrada e a saída. Interpretem bem o papel que lhes cabe e recebam a Sua aprovação quando a cortina descer. Conquistem, com eficiência e entusiasmo, o direito de representar papéis cada vez mais elevados – esse é o significado e o propósito da vida. Não se tornem excessivamente apegados ao mundo nem se envolvam em demasia nos seus emaranhados. Mantenham sempre as emoções sob controle. As ondas agitam somente a superfície do mar; no fundo, tudo está calmo. Similarmente, quando vocês mergulham nas profundezas do seu próprio ser, devem estar livres da agitação das ondas. Saibam que a maioria das coisas não tem valor duradouro e, portanto, podem ser deixadas de lado; agarrem-se apenas àquilo que tem solidez. Usem o discernimento para descobrir o que é de pouco valor e o que é valioso! (Discurso Divino, 9 de junho de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

05 de agosto de 2024

Podemos nos perguntar como poderá um indivíduo que possui apenas um conhecimento relativo se tornar consciente do Ser Interno. Entretanto, não há motivo para desespero ou para nos condenarmos como mesquinhos e insignificantes. Isso porque, quando pessoas de pouca importância tomam decisões significativas, elas recebem o incentivo dos grandes seres. No épico Ramayana, quando um esquilinho decidiu participar da construção da passagem pelo mar destinada a resgatar Sita do poder do rei-demônio Ravana, ele foi agraciado com as bênçãos do próprio Senhor Rama. O esquilo sabia que a sua ajuda seria infinitamente pequena, porém o sentimento de devoção que o movia conquistou a Graça de Deus. No entanto, os seres humanos não sublimam pequenos esforços espirituais por meio de um propósito elevado. Dedicam-se à entoação de cânticos devocionais, à adoração e à meditação, mas estas são meras práticas físicas, não elevadas pela mente ao nível da sinceridade. Elas permanecem no nível humano; não são alçadas ao nível do Divino, pois a mente não vibra nem se envolve em profundidade com a sua realização. “É possível encher um lago com uma chuvinha fina, saciar a sede com saliva ou obter brasas vivas queimando folhas de grama?”, pergunta um poeta. Precisa-se queimar lenha para obter carvão, são necessárias chuvas abundantes para encher um lago até a borda e só se consegue saciar a sede com um copo d’água fresca, nada menos que isso! Portanto, o coração tem que ser oferecido por inteiro. A devoção deve preenchê-lo e fazê-lo transbordar. (Discurso Divino, 8 de janeiro de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

06 de agosto de 2024

Alguns são atraídos por sistemas e métodos como Hatha Yoga, Kriya Yoga ou Raja Yoga, que afirmam ajudar as pessoas a chegar à plena percepção do “eu”. Devo dizer-lhes, no entanto, que nenhum deles poderá levá-los à plena percepção do Divino. Afirmo isso de maneira muito enfática. Somente a Yoga do Amor ou Prema Yoga será capaz de conduzi-los a Deus. Outros tipos de ioga podem acalmar temporariamente as agitações da mente, melhorar a saúde e prolongar a vida por mais alguns anos, porém isso é tudo o que se consegue com elas! Que benefício vocês esperam obter com esses anos de vida a mais no corpo? Se não houver amor, ele se tornará um imenso fardo; por outro lado, com o cultivo do amor, o corpo será útil para o serviço ao próximo, sem que os seus próprios interesses sejam levados em conta. Enquanto se está no corpo, é necessário cuidar dele e conservá-lo como um instrumento para servir ao próximo ou obter a plena percepção do Ser Interno. Muitos seguem uma rotina rigorosa de repetição do Nome de Deus, meditação e outras práticas. Embora estas sejam valiosas, não se apeguem a essa rotina se surgir um chamado urgente para ajudarem alguém, pois o serviço desinteressado lhes trará mais benefícios que a meditação ou outra prática espiritual! (Discurso Divino, 22 de novembro de 1970)
                                                                                                                                                                            Sri Sathya Sai Baba

07 de agosto de 2024

A mente sofre de uma falsa concepção de valores e, assim, procura descartar o que é benéfico para ela. Deve-se treinar a criança a gostar de alimentos duros e consistentes, os quais, inicialmente, ela não aceita de bom grado. Da mesma maneira, é preciso treinar a mente a conceber a vasta, ilimitada e arrebatadora majestade que subjaz ao tempo, ao espaço e à causalidade. Deve-se desenvolver um sentimento de devoção; primeiro, por um Deus pessoal, e depois, pelo Deus impessoal, sem Nome e sem Forma. Na verdade, todos os Nomes e Formas Divinos são atributos conferidos pela mente ao Deus impessoal. Cerimônias de cânticos devocionais, meditação, repetição do Nome Divino, procissões nas quais se cantam o Nome e as glórias do Senhor – são todos passos nesse processo, cuja consumação é a bem-aventurança da fusão no Divino. Alguém que padece de tosse deve tomar um xarope, por mais amargo que este seja! De igual modo, uma pessoa que padece de ignorância e, consequentemente, de egoísmo e descontentamento, deve recorrer à repetição do Nome Divino e à meditação. Estes promovem o apego a Deus, que é o único medicamento capaz de curar a doença do apego excessivo a objetos mundanos. (Discurso Divino, 22 de novembro de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

08 de agosto de 2024

Cada seita religiosa existente elaborou seus próprios rituais e modos de adoração, estabelecendo prioridades distintas na busca espiritual e desenvolvendo um corpo de doutrinas particular sobre o indivíduo, o mundo objetivo e Deus. O objetivo desses códigos e práticas era, em todos os casos, purificar a mente e fomentar a prática de virtudes morais elevadas. No entanto, essa meta logo foi ignorada e a ênfase se desviou para a conformidade superficial e a pureza exterior. A ambição por prestígio e poder tornou rígida e árida cada seita, fé e religião. Atualmente, há uma grande necessidade de se redescobrir a fonte interior que alimenta todas as fés, a fonte que fertiliza os ritos e as cerimônias externas. Uma breve contemplação revelará a existência de uma corrente subterrânea de entusiasmo moral e aventura espiritual. Os termos “matha” e “mathi” se referem, respectivamente, à religião e à mente. Unindo-os, pode-se dizer que a religião (matha) deveria ter como objetivo principal a purificação e o fortalecimento da mente (mathi). (Discurso Divino, 1º de outubro de 1976)

Sri Sathya Sai Baba

09 de agosto de 2024

A tendência a se comparar com outros é um grave erro. Não existem duas coisas ou pessoas iguais. Até mesmo gêmeos idênticos têm trajetórias de vida diferentes. Nenhuma das milhões de folhas de árvores é exatamente igual a outra. Os botânicos têm plena consciência dessa particularidade. Há bilhões de seres humanos na Terra, mas que moldagem faz com que cada um deles seja único? Esta é a glória de Deus! Uma empresa fabrica milhões de caixas, todas idênticas e podendo ser trancadas e abertas pelo mesmo conjunto de chaves. Deus, no entanto, cria cada ser humano com natureza, qualidades, potencialidade e destino distintos. Sendo assim, como pode alguém se comparar com outro indivíduo e, diante disso, sentir alegria ou desespero? Se achamos que uma pessoa é alta, ficamos abatidos por sermos baixos. Sentimo-nos orgulhosos por sermos melhores que os outros. Quando se pensa nisso, vê-se que é tudo muito sem sentido! (Discurso Divino, 8 de janeiro de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

10 de agosto de 2024

Abandonem o que se deve descartar, saibam o que se deve alcançar; então a bem-aventurança se tornará a sua natureza imperturbável! Renunciem à ideia de que o mundo tem validade; conheçam a Realidade do Ser e alcancem a Fonte, que é Brahman, o Absoluto! Tal é o significado da oração védica recitada diariamente antes do início das aulas no nosso Instituto: “Asato ma Sat gamaya; tamaso ma Jyotir gamaya; mrityor ma Amritam gamaya”, que quer dizer: “Do irreal, conduze-me ao Real; das trevas, conduze-me à Luz; e da morte, à Imortalidade”. Nessa oração, pedimos que sejamos conduzidos do mundo material – constantemente construído e reconstruído, transformado e dissolvido – ao Divino, cujo Ser não sofre mudanças! As trevas simbolizam a ignorância, que induz à identificação com o complexo corpo-sentidos-mente-razão. A Luz revela o cerne divino, ao qual tudo o mais é sobreposto pela névoa da visão imperfeita. A morte é um fenômeno que afeta apenas o complexo corpo-mente. Ao sermos conduzidos à Luz, ficamos conscientes de que somos o Atma, o Ser Interno imortal, e assim nos tornamos imortais. (Discurso Divino, 8 de janeiro de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

11 de agosto de 2024

Como podem estar satisfeitos, vivendo neste mundo ilusório, acumulando conhecimento ilusório e confiando nesse conhecimento? Obtenham, isto sim, a plena percepção do Ser que está além de toda ilusão – o Criador desta ilusão, Aquele que nela e por meio dela Se manifesta. O conhecimento mundano pertence ao âmbito do temporário, do particular, do finito, do individual; então, como poderia revelar o Eterno, o Universal, o Infinito, o Absoluto? O Conhecimento Superior tem a resposta. Ele nos aconselha a analisar a nossa experiência onírica. Sonhos são irreais, ilusórios. Ainda assim, enquanto estamos sonhando, a experiência é real e válida. Muitas vezes, a própria experiência ilusória vivida no sonho gera, devido ao medo, ao horror, à dor ou à excitação, um estado de consciência tal que a pessoa desperta e o sonho se desfaz. O que terá provocado esse despertar? O sonho contribuiu para que ele mesmo se desfizesse. Algo similar ocorre neste “sonhar acordado”, neste mundo ilusório em que toda experiência no estado de vigília é considerada real e válida. É quando alguma experiência ou a poderosa exortação dos Vedas contida nos mahavakyas – axiomas divinos que ressoam nos textos sagrados – vem despertar o ser humano para a consciência mais elevada. (Discurso Divino, 22 de novembro de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

12 de agosto de 2024

Todas as religiões são unânimes em considerar o coração como a morada do Divino. As Escrituras hindus declaram que o coração é o templo de Deus. As Upanishads, textos sagrados que contêm a essência dos Vedas, se referem ao coração como uma caverna onde reside o Divino. A Bíblia afirma que o indivíduo com um coração puro pode ver Deus. Segundo os muçulmanos, o coração está localizado “entre os dois dedos” de Deus. Guru Nanak, fundador do sikhismo, declarou que só quem possui um coração puro pode ser considerado um verdadeiro sikh. Assim, as diversas religiões afirmam que o coração é a morada do Divino. Muitas almas iluminadas perceberam o coração como um lótus. Embora enraizado no lodo e crescendo em água lamacenta, o lótus irradia pureza. Ao abrir as pétalas e se voltar para o alto, ele parece suplicar: “Por favor, Senhor, vem habitar em mim!” O lótus nasce na lama, porém não chafurda nela. Cercado de água poluída, permanece imaculado. Eis a grande lição que ele ensina aos seres humanos: “Mesmo tendo nascido na lama de uma sociedade injusta e vivendo em um mundo corrompido, vocês devem voltar a mente para Deus e fazer do próprio coração um santuário para Ele”. (Discurso Divino, 14 de julho de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

13 de agosto de 2024

Vocês amam mais, falam menos, servem ao próximo com mais dedicação? Estes são sinais de sucesso na meditação. O seu progresso precisa ser autenticado pelo seu caráter e comportamento. A meditação deve transmutar a sua atitude em relação aos seres e aos objetos; caso contrário, ela é uma farsa. Mesmo um pedregulho, pela ação do sol e da chuva, do calor e do frio, se desintegra e vira terra úmida, tornando-se alimento para uma árvore. Similarmente, até o coração mais empedernido é passível de ser abrandado para que o Divino possa brotar nele. Vocês vêm a Prashanti Nilayam como carros que vão à oficina. Devem sair renovados dessa experiência, tal qual veículos que saem da oficina com pintura nova, substituição de parafusos e porcas danificados ou frouxos, motor limpo e recondicionado, todas as partes novinhas em folha – enfim, bonitos, sem problemas, em perfeito estado, prontos para seguir adiante com rapidez na jornada que os aguarda! É necessário que cada mau hábito seja substituído por um bom hábito. Que não se permita a continuação de nenhum traço de vício. O coração deve ser esvaziado de todo egoísmo. Este é o fruto que vocês devem obter dessa peregrinação. Que seja esta a sua resolução! (Discurso Divino, 13 de janeiro de 1969)

Sri Sathya Sai Baba

14 de agosto de 2024

Não é possível praticar valores humanos lendo livros ou ouvindo palestras. É preciso cultivá-los por meio do esforço individual. Estudantes! A verdadeira educação consiste em santificar cada palavra e purificar cada pensamento e ação. A humildade é o alicerce da educação; desenvolvê-la é o primeiro passo. Subjuguem o corpo, corrijam os sentidos e silenciem a mente. Esta é a chave para a imortalidade. Os valores humanos não são privilégio dos estudantes. Todos devem praticá-los como o selo característico de um verdadeiro ser humano. Quando alguém se declara humano, trata-se apenas de uma meia-verdade. Ele deve também afirmar que não é um animal. Abandonar os instintos animalescos e praticar os valores humanos – eis o que torna um indivíduo plenamente humano. Nos últimos tempos, fizemos notáveis avanços em diversas áreas do conhecimento – na matemática, na física, na química, nas ciências biológicas e assim por diante –, mas não se está fazendo nenhum esforço no sentido de abordar o estudo da espiritualidade. Todo o nosso conhecimento está limitado ao estudo da matéria, das plantas e de outros seres vivos. A educação deve transcender esses limites e buscar a compreensão do Divino. Essa é a verdadeira educação – aquela cuja tarefa é transformar o indivíduo em uma pessoa ideal e exemplar. (Discurso Divino, 24 de setembro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

15 de agosto de 2024

Caminhemos juntos, cresçamos juntos e promovamos o conhecimento que adquirimos juntos. Vivamos em harmonia. A Índia sempre produziu em abundância pessoas com alto nível de excelência – inteligentes, corajosas, valorosas, dedicadas, fortes e virtuosas. No entanto, fomos conquistados por estrangeiros. Por quê? Porque entre nós não havia unidade. Por essa razão, a Índia teve que suportar a escravidão e sofreu incontáveis injustiças nas mãos dos invasores. Portanto, os estudantes devem cultivar a unidade. A futura reputação e prosperidade da nação dependem do comportamento de vocês. Assegurem-se de que a sua conduta seja correta. Todos os futuros líderes da Índia estão entre os estudantes de hoje. “Comecem cedo, vão devagar, cheguem em segurança.” Desde o início da sua vida estudantil, gravem no coração, como principal objetivo, o bem-estar da nação. Ingressem na sociedade como pessoas de ação. Com autoconfiança, conquistem a vitória em empreendimentos altruístas. É disso que a Mãe Índia necessita urgentemente. Defende-se, nos dias atuais, a adoção de novas formas de sociedade, baseadas em diversos critérios. Mas não precisamos de uma nova ordem social ou de uma sociedade-modelo. Rapazes e moças virtuosos são suficientes. A nação só poderá progredir por meio de uma juventude virtuosa. (Chuvas de Verão, 20 de maio de 1995)

Sri Sathya Sai Baba

16 de agosto de 2024

Mergulhem fundo na Divindade. De que adianta ficarem só repetindo o Nome de Deus? Hoje em dia, muitos memorizam a Bhagavad Gita na íntegra. Conhecem cada verso; no entanto, o seu sofrimento não tem fim. E por quê? Se praticarem somente um verso, já será o suficiente. Em uma caixa de fósforos há 50 palitos, mas vocês precisam de apenas um para acender uma fogueira de qualquer tamanho. Não é necessário usar todos os palitos. Da mesma forma, vocês têm cinco valores humanos que lhes são inerentes – a Verdade, a Retidão, a Paz, o Amor e a Não Violência. Pratiquem um deles, e será suficiente. O Amor é a base desses valores. Falem com Amor, isso é a Verdade. Realizem ações com Amor, isso é Retidão. Pensem com Amor e experimentarão a Paz. Indaguem, pesquisem, investiguem  com Amor, e isso se transformará em Não Violência. Onde existe Amor, não há lugar para o ódio, assim como não há lugar para a escuridão onde existe luz. (Chuvas de Verão, 20 de maio de 1995)

Sri Sathya Sai Baba

17 de agosto de 2024

O ser humano ainda acredita que é possível obter bem-aventurança do mundo exterior. Com o intuito de adquirir felicidade, ele acumula riqueza, autoridade, fama e conhecimento, porém descobre que estes são carregados de medo, ansiedade e dor. Os milionários são assediados por cobradores de impostos, trapaceiros, caçadores de doações e assaltantes, e também por filhos e parentes que reivindicam a sua parte nos bens. A felicidade de origem material é efêmera e tem o infortúnio como o seu reverso. Esforcem-se arduamente para obter a plena percepção do Ser Interno, para visualizar Deus, pois mesmo o fracasso nessa luta é mais nobre que o sucesso em tentativas mundanas. O búfalo tem chifres, o elefante tem presas, mas quanta diferença! Viver no corpo, com o corpo e para o corpo é a vida de um verme, enquanto viver no corpo, com Deus e para Deus é a vida de um ser humano. Indivíduos nos quais predomina tamas, a qualidade da inércia, da indolência, da ignorância e da escuridão, apegam-se ao ego e aos amigos e parentes; o seu amor se limita a eles. Já aqueles nos quais predomina rajas, a qualidade da paixão, da atividade, do desejo e do egoísmo, buscam adquirir poder e prestígio e amam apenas aqueles que contribuem para isso. Finalmente, os indivíduos nos quais predomina satva, a qualidade da pureza, da bondade e da equanimidade, amam a todos como personificações do Divino e se dedicam ao serviço humilde e desinteressado. (Discurso Divino, 24 de maio de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

18 de agosto de 2024

Vocês têm que ir do conhecido ao desconhecido. Então o amor se expandirá em círculos cada vez mais amplos, até abranger toda a Natureza, até que mesmo arrancar uma folha de uma árvore os afetará tão dolorosamente que não ousarão feri-la. A verdejante vitalidade da árvore é um sinal da Vontade Divina, que lança as suas raízes profundamente no solo. As raízes mantêm a árvore protegida das tempestades, sustentando-a firmemente contra a violenta força dos ventos. Similarmente, se as raízes do amor no ser humano se aprofundarem até a fonte do Divino existente no seu interior, nenhuma tempestade de sofrimento poderá abalá-lo e fazê-lo descambar para a descrença. Assim como um torrão de açúcar adoça cada gota d’água em uma xícara, os olhos do amor tornam amáveis e atraentes todas as pessoas no mundo. As singelas leiteirinhas de Gokula viam-se umas às outras como o próprio Krishna, tão arrebatador era o amor que sentiam por aquela Encarnação Divina. (Discurso Divino, 24 de maio de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

19 de agosto de 2024

A sociedade lhes concedeu poderes de todo tipo. Nela vocês nasceram e se criaram, e é nela que levam a vida. Não deveriam ser gratos à sociedade, que tanto fez por vocês? Infelizmente, os estudantes de hoje carecem de sentimentos generosos. Vivem de maneira egocêntrica e só se interessam por si mesmos e por suas famílias. Se vocês forem tão egoístas, quem cuidará do coletivo? Todos são filhos de Deus, são irmãos e irmãs; portanto, esforcem-se para que todos prosperem. Com cooperação e tolerância mútuas, sem dar espaço para conflitos, trabalhem pelo progresso da sociedade. Desenvolvam a tolerância e a empatia. A unidade é fundamental. Pratiquem-na, pois só assim ela poderá crescer. Unidade não tem a ver com simples trocas de cumprimentos; ela deve se refletir na prática. Trabalhem em união; nela há grande mérito. É preciso que os estudantes desenvolvam sentimentos generosos e amplitude mental, e que expandam o coração. (Discurso Divino, 15 de julho de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

20 de agosto de 2024

Dharma e Jñana, ou seja, a Retidão e a Sabedoria, são como dois olhos concedidos ao ser humano para que ele descubra a própria singularidade e divindade. O Dharma indica o caminho correto que cada indivíduo, grupo ou sociedade deve percorrer. O Dharma destrói aquele que o transgride e protege aquele que o protege. As Escrituras declaram: “Onde há Dharma, há vitória”. Mas não há Dharma superior à Verdade. O Dharma tem a Verdade como o seu fundamento. A justiça é um atributo essencial do Dharma. Uma sociedade, nação ou indivíduo só alcança a glória quando adere à justiça. Assim como se adquire riqueza com o trabalho no campo, nos negócios ou na profissão, conquista-se mérito e graça divina sendo fiel à moralidade e ao Dharma. Entretanto, o Dharma sozinho não é suficiente. Embora ele conduza à ação correta, é necessário adquirir Jñana ou Sabedoria. O verdadeiro conhecimento reside na compreensão da unidade que subjaz ao Cosmos. Todos os sofrimentos e problemas da vida surgem da sensação de dualidade. Quando o indivíduo se libertar do sentimento de “eu” e de “meu”, alcançará a plena consciência da Divindade que tudo permeia! (Discurso Divino, 19 de janeiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

21 de agosto de 2024

Qual é a vantagem de se ter uma enorme riqueza se não é possível desfrutar de nenhum conforto e comodidade? Não importa quanta água haja em um lago, um cachorro poderá apenas lambê-la, não beber dela diretamente. Tal é o destino do avarento. Hoje em dia, as pessoas possuem todos os tipos de conhecimento, riqueza e poder, mas de que adianta isso, se a ganância faz com que todas essas coisas sejam inúteis para elas? Atualmente, devido à influência da Kali Yuga, a era na qual vivemos, essa qualidade perversa não tem limites. As pessoas não usam a riqueza em seu próprio benefício nem a compartilham com os demais. E o problema é que também não suportam ver a felicidade alheia. Nem mesmo os animais são tolos ou têm a perversidade de se entregarem à ocultação ou ao saque. Tais defeitos, no entanto, estão excessivamente generalizados entre os seres humanos. Caso não se renuncie a eles, de nada valerão práticas espirituais como a entoação de mantras, repetição dos Nomes do Senhor, meditação e rituais de oferenda. Adoração sem amor e devoção desprovida de fé são igualmente inúteis. Mesmo que não se possua nenhum tipo de conhecimento, não se escutem os ensinamentos contidos nos textos sagrados e tampouco se compreenda o seu significado interno, será suficiente ter amor e fé. (Discurso Divino, 15 de julho de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

22 de agosto de 2024

Quando praticamos o Dharma, ou seja, a Retidão, a Divindade presente em nós se manifesta espontaneamente. Mas não devemos limitar o Dharma a meras palavras. O ser humano é considerado a própria personificação da Retidão, porém não será digno desse título se não levar uma existência baseada no Dharma. É preciso que todos compreendam que o objetivo da vida humana é alcançar a unicidade com a Divindade; portanto, é dever de cada um desenvolver fé no Divino. Se, à medida que aumenta a sua fé, um indivíduo levar uma existência dedicada à Retidão, à Verdade e à Justiça, estará cumprindo o propósito da vida. Quem não segue o Dharma é um fardo para o planeta. A riqueza que acumular não o acompanhará quando deixar este mundo; por isso é mais importante obter a Graça Divina do que todas as riquezas terrenas. Desenvolvam amor a Deus e experimentem a Bem-Aventurança que está além de quaisquer palavras. (Discurso Divino, 19 de janeiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

23 de agosto de 2024

Todas as formas animadas e inanimadas que vemos neste mundo são personificações da Paz. As formas físicas de todos os seres vivos são personificações da Beleza. E a Divindade, que é a personificação da Verdade, da Bondade e da Beleza (Satyam, Shivam, Sundaram), está presente em todos os elementos e em todos os seres vivos como o Princípio da Unicidade. Há centenas de anos antes de Cristo, o filósofo grego Platão, mentor de Aristóteles, afirmou que a Verdade, a Bondade e a Beleza formavam o alicerce do mundo. A base de tudo é a Verdade, que permanece inalterada nos três períodos de tempo – passado, presente e futuro. A Bondade é a verdadeira Divindade; de fato, é a própria Divindade. Embora as pessoas sejam dotadas dos princípios da Verdade, da Bondade e da Beleza, são incapazes de perceber a sua própria Verdade, Bondade e Beleza. Mas só quando se tem a plena percepção desses três princípios é que se consegue compreender o verdadeiro significado da natureza humana. (Discurso Divino, 15 de julho de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

24 de agosto de 2024

Vocês sabem que, primeiro, devem arar a terra e irrigá-la; depois, semeá-la, arrancar as ervas daninhas, proteger a plantação do gado e das cabras com uma cerca e esperar pacientemente pela época da colheita. Deve-se igualmente arar o coração com virtudes e irrigá-lo com a água do Amor Divino antes de se lançarem nele as sementes do Nome do Senhor. Depois será preciso vigiar o campo, extirpar as ervas daninhas e erguer a cerca da disciplina a fim de protegê-lo do gado da inconstância e da dúvida. Então o Nome do Senhor florescerá em meditação e se poderá colher a rica safra do Conhecimento. Agora vocês estão deixando o precioso e fértil campo do coração jazer sem cultivo; infestado de espinhos e de ervas daninhas, ele não produz alegria para ninguém. Cultivem o coração e armazenem os grãos da Bem-Aventurança do Ser Interno. Essa é a sua herança; cabe a vocês reivindicá-la! (Discurso Divino, 29 de março de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

25 de agosto de 2024

Sempre que perguntam a um estudante o que está fazendo, ele responde que está concentrado nos estudos. O verdadeiro significado de “concentração” é fixar a mente em um objeto específico. A contemplação é o passo seguinte, e o último é a meditação. Portanto, a concentração, a contemplação e a meditação são os três passos da prática espiritual. Meditar não consiste simplesmente em sentar-se em silêncio com os olhos fechados, mas em manter uma mente estável e livre de oscilações. As pessoas acreditam que a concentração seja um excelente exercício, mas é apenas o primeiro passo da prática espiritual. Os outros passos são a contemplação e a meditação. A concentração é como o ensino fundamental, a contemplação corresponde ao ensino médio e a meditação é como o ensino superior. Somente ao atingir esse último nível é que o indivíduo se qualifica para obter um diploma. Todos os nossos antigos sábios alcançaram esse estágio e meditaram na Divindade. Quando se alcança o estágio meditativo, não há espaço para divagações mentais e a fé na Divindade se torna inabalável. Alcancem esse estágio! Vocês podem estudar vários livros e passar nos exames da escola ou da faculdade, mas somente aquele que atinge o estágio da meditação passa no teste prescrito por Deus. (Discurso Divino, 21 de fevereiro de 2009)

Sri Sathya Sai Baba

26 de agosto de 2024

“Para o restabelecimento do Dharma, Eu encarno de tempos em tempos na Terra.” Esta é a declaração de Krishna no texto sagrado conhecido como Bhagavad Gita ou “A Canção do Senhor”. Se as pessoas estiverem repletas de Amor, a Retidão ou Dharma, a Justiça e a Verdade se manifestarão naturalmente nelas. Sem Amor, a Retidão será um ritual mecânico. Que espécie de Retidão, que espécie de Justiça pode haver sem Amor? Seria como um corpo sem vida. Amor é vida. Sem amor, nenhum ser humano pode existir, por um momento sequer; portanto, o Amor é a forma do Senhor Supremo. Foi para pregar a doutrina do Amor que o Avatar Krishna e outras Encarnações Divinas vieram à Terra. De acordo com o lugar, o tempo e as circunstâncias de cada época, o Senhor recebeu diferentes nomes. Tais diferenças são como doces de vários formatos, feitos para atender às diversas preferências das crianças. Eles podem ter a forma de um pavão, de um cachorro ou de uma raposa, mas o que é comum a todos eles é o açúcar! (Discurso Divino, 2 de setembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

27 de agosto de 2024

A sede por Krishna, por Sua flauta, por vê-Lo e ouvi-Lo, por instalá-Lo no coração e na mente, por compreender a Sua Realidade por meio do intelecto é a mais saudável e propícia à paz. A devoção a Krishna é a corrente com a qual se consegue prender e subjugar a mente inquieta. Transmutem na sede por Krishna todo o desejo com que os sentidos os atormentam e serão salvos. Krishna afasta a mente dos desejos sensoriais. Ele a atrai para Si, e assim ela se distancia de tudo o mais, pois qualquer outra coisa é inferior, é menos valiosa! Krishna satisfaz a sede mais intensa do ser humano por paz, alegria e sabedoria. Quando a sede por Krishna é saciada, alcança-se a mais elevada Bem-Aventurança; não existem mais necessidades, desejos, deficiências ou declínio. O impulso por ingerir bebidas inferiores, que apenas aumentam a sede, desaparece quando se experimenta a doçura do nome e da recordação de Krishna. Os objetos dos sentidos, ao contrário, são como a água do mar, que jamais consegue aliviar a sede. (Palavras de Sathya Sai, vol. 6, cap. 24)

Sri Sathya Sai Baba

28 de agosto de 2024

Krishna explicou à sua mãe adotiva Yashoda a razão pela qual preferia a manteiga das casas das gopikas, as vaqueirinhas Suas devotas, à manteiga oferecida por ela. Os corações das gopikas eram puros e cheios de devoção desinteressada a Krishna. A sua devoção era superior à afeição maternal de Yashoda, que tinha um traço de egoísmo. Ele disse a Yashoda: “Sou atraído pelos corações puros e altruístas”. Krishna sempre escapava das gopikas após fazer as Suas travessuras; certa vez, no entanto, por compaixão por elas, resolveu lhes fornecer uma pista para que pudessem encontrá-Lo. Um dia, quando todas estavam à espreita para pegá-Lo, Krishna entrou furtivamente em uma casa, quebrou um pote de leite e Se escondeu silenciosamente. As gopikas descobriram o que Ele havia feito e tentaram localizá-Lo. As pegadas brancas deixadas pelos Seus Pés molhados de leite as levaram até o Seu esconderijo. Krishna, então, lhes revelou a seguinte verdade espiritual: se elas se agarrassem aos Pés do Senhor, teriam a plena percepção do Divino. “Sigam as Minhas pegadas e vocês Me encontrarão”, disse Krishna às gopikas! (Discurso Divino, 4 de setembro de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

29 de agosto de 2024

O amor é um diamante precioso que só se pode adquirir no reino do amor, em nenhum outro lugar. Esse reino está situado em um coração cheio de amor. Com efeito, só quando se tem uma mente que flui com amor e um coração repleto de amor é que se consegue vivenciar o amor. Não é possível obter esse precioso diamante por meio da meditação, de rituais ou de atos piedosos. Estes podem proporcionar satisfação mental, mas somente por meio do amor é possível chegar ao amor. Os diferentes caminhos da devoção, como o da paz, o da amizade, o da amor materno, o da afeição e o da doçura, se baseiam todos no amor, pois ele é a essência de todas as práticas espirituais. Quanto maior é o amor que se sente por Deus, maior é a bem-aventurança que se experimenta. Quando o amor declina, a alegria igualmente diminui. Aquele que ama a Deus O vê em toda parte; portanto, o coração deve estar repleto de amor por Ele. O amor não entra no coração de quem é cheio de egoísmo e arrogância. Consequentemente, esqueçam o seu pequeno “eu” e concentrem os seus pensamentos em Deus. (Discurso Divino, 2 de setembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

30 de agosto de 2024

Alguém pode apontar para uma estrela distante, como a Estrela Polar, em referência a algum objeto material próximo, como uma árvore. Similarmente, os Vedas e outras Escrituras Sagradas, embora não revelem o próprio Divino, apontam o caminho que conduz à plena percepção do Divino. O espetáculo de uma densa floresta confere deleite. A visão de uma alta montanha desperta admiração. A torrente de um rio causa alegria. Tudo isso é evidência do poder de Deus. As estrelas brilham, os planetas giram, o Sol resplandece, o vento sopra – todos esses são sinais do Divino em ação. Quando se vê uma faísca de uma fogueira, é possível inferir a natureza do fogo. Se vocês conhecerem a natureza de uma gota d’água, serão capazes de entender a natureza do rio Ganges. Do mesmo modo, se compreenderem a natureza do átomo, poderão entender a natureza de todo o Cosmos. Reconhecendo essa verdade, as Upanishads, textos sagrados que contêm a essência dos Vedas, declaram: “O Divino é mais sutil que o átomo e mais vasto que o mais vasto”. (Discurso Divino, 4 de setembro de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

31 de agosto de 2024

A vida humana é repleta de altos e baixos, de alegrias e tristezas. Tais experiências têm o propósito de servir de guias para as pessoas. Uma existência sem provações e dificuldades seria monótona. São essas dificuldades que trazem à luz os valores humanos nos indivíduos. Foi graças ao modo como o rei Harischandra enfrentou todas as provações que a sua história se tornou um capítulo glorioso nos anais da humanidade. O jovem Prahlada igualmente sobressai como um grande devoto que suportou todas as perseguições do seu pai. Hoje em dia, as pessoas desejam salvação imediata, sem o menor esforço ou sacrifício da sua parte. Se tal salvação fosse alcançada, ela desapareceria em um piscar de olhos! Somente aquilo que se consegue com esforço árduo produz benefícios duradouros. As pessoas oram para que Swami as livre de todas as dificuldades e perdas. Esse tipo de oração não é correto. Dificuldades devem ser aceitas de bom grado e vencidas, pois é por meio da sua superação que se tem a experiência do Divino. Não é possível extrair o suco da cana-de-açúcar sem esmagá-la, assim como não se pode realçar o brilho de um diamante sem lapidá-lo e torná-lo multifacetado! (Discurso Divino, 2 de setembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

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