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01 de fevereiro de 2025

A atividade encontra a sua realização quando surge a sabedoria. A atividade santificada é o caminho para se alcançar a sabedoria espiritual. A sabedoria em ação é a atividade mais elevada. Toda atividade valiosa deve resultar na purificação da mente. Portanto, ninguém, nem mesmo um eremita ou um monge, pode se abster de praticar boas ações. Essas ações têm que surgir espontaneamente e não devem deixar nenhum vestígio de orgulho na mente. Além disso, nenhum apego ao resultado da ação deve levar o indivíduo a desejar reivindicá-lo para si. A renúncia deve ser a única fonte de alegria. O sacrifício de si mesmo é a mais genuína satisfação para o asceta. A Bhagavad Gita recomenda a “inação na ação” e afirma que “a inação é a ação mais gratificante para aqueles que se esforçam pela paz suprema”. Essa atitude é chamada de “ausência de apego à ação”. A ação ou atividade é geralmente associada apenas ao corpo, mas a mente também está envolvida com o mundo. Somente o Atma, ou seja, o Ser Interno, é a Testemunha não afetada. Sendo assim, o segredo da “inação na ação” consiste em buscar refúgio no Ser Interno e reconhecer que todos os seres vivos são, em essência, o próprio Ser Interno. (Discurso Divino, 2 de janeiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

02 de fevereiro de 2025

Amem, adorem, sirvam ao Senhor Todo-Poderoso, que habita em todo ser humano e, por meio desse amor, adoração e serviço, obtenham a plena percepção do Divino. Essa é a mais elevada prática espiritual. Prestem serviço aos seus semelhantes como se eles fossem o próprio Deus. Deem de comer aos que têm fome, oferecendo-lhes, com amor e humildade, o alimento que é uma dádiva da Mãe Natureza. Adocem esse alimento com o Nome do Senhor. As esferas celestes giram e se desintegram; o tempo é fugaz; idades e eras se sucedem; corpos nascem, se desenvolvem e chegam ao fim. Entretanto, não se evidencia em parte alguma o desejo premente de santificar a vida por meio de boas obras e bons pensamentos. Em nenhum lugar se sente a fragrância da prática espiritual sincera. Pelo processo da “renúncia” é possível alcançar grandes realizações. Pratiquem o desapego e o Senhor se apegará a vocês. Não se pode recuperar o passado; é um tempo que já se foi. Mas o futuro está se aproximando. Tomem a resolução de santificá-lo com amor, serviço e prática espiritual. (Discurso Divino, 29 de março de 1968)

Sri Sathya Sai Baba

03 de fevereiro de 2025

“Tu és Aquilo” é a tradução de um dos quatro grandes aforismos proclamados pelos Vedas e significa “Tu és o Absoluto”. Mantenham-se firmes nessa fé. Imaginem um rio que se funde no oceano. As águas do oceano se elevam como vapor quando aquecidas pelo sol, formando nuvens que, por sua vez, caem sob a forma de gotas de chuva. Cada gota traz dentro de si o ardente desejo de retornar ao oceano do qual foi exilada. Contudo, o sentimento de individualidade sobrepuja esse anseio. As gotas de chuva se acumulam e fluem como riachos e regatos, que vão aumentando de volume até se tornarem afluentes de rios, inundando as planícies. Finalmente, o rio se funde no oceano, perdendo o seu nome, a sua forma e as suas características. Mas, apesar de todas as transformações sofridas pela água ao longo do seu percurso do oceano até o oceano, ela continua sendo água, seja como vapor, nuvem, chuva ou rio. Nomes, formas e qualidades mudam, porém a essência permanece inalterada. Similarmente, o ser humano emerge do Oceano da Divindade e o seu destino é se fundir nele. Essa é a verdade. Essa é a realidade. (Discurso Divino, 2 de janeiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

04 de fevereiro de 2025

Compreender o próprio Ser é uma tarefa árdua. Vejam o caso do alimento que ingerem. Depois que o sentem no estômago, vocês não têm mais consciência do que acontece em cada etapa do processo digestivo. Então, como poderiam compreender, sem um conhecimento especial, a verdade oculta nos cinco envoltórios que os revestem e encapsulam – o envoltório da matéria, o da energia vital, o da mente, o do intelecto e o da bem-aventurança? Limpem o seu intelecto das teias de aranha do ego, da poeira do desejo, da fuligem da ganância e da inveja, e ele se tornará um instrumento adequado para revelar a Verdade Interna. “Conheça a si mesmo, conheça o Motivador Interno” é a exortação das Escrituras Sagradas de todas as religiões. Pois, se não estiverem munidos de conhecimento espiritual, vocês serão como navios sem bússola, navegando em um mar tempestuoso! (Discurso Divino, 16 de abril de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

05 de fevereiro de 2025

O Universo tem uma miríade de poderes. Um poder onisciente, onipotente e onipresente permeia toda a Criação. Essa força divina está imanente em cada átomo, como o açúcar em uma calda. As Upanishads, textos sagrados que contêm a essência dos Vedas, se referem a essa força como “a doçura que tudo permeia”. Deus é a personificação da doçura. Embora essa doçura esteja em toda parte, não é possível reconhecer a sua onipresença. Contudo, todos podem perceber a existência da Divindade. A doçura da cana-de-açúcar, o amargor das folhas do nim, o ardor da pimenta, a acidez do limão e o fogo na madeira – todos são evidências diretas da existência de Deus. Uma planta brota de uma semente, uma ave surge de um ovo e uma criança recém-nascida um dia se tornará mãe. Todos esses exemplos são provas vivas da existência do Divino. O ser humano sente imensa alegria ao ver cumes majestosos, rios murmurantes, o vasto oceano, florestas exuberantes e jardins coloridos. Qual é a base desses fenômenos? É tão somente a existência de Deus. Não é dado a todos o dom de compreender que Deus está em toda parte, porém todos têm a capacidade de perceber a Sua presença. (Chuvas de Verão, 30 de maio de 1995)

Sri Sathya Sai Baba

06 de fevereiro de 2025

Vocês poderão duvidar que uma palavra tão pequena como Rama, Sai ou Krishna tenha o poder de conduzi-los através do mar ilimitado da vida mundana. Há quem cruze vastos oceanos em uma diminuta jangada; há quem seja capaz de percorrer florestas escuras tendo nas mãos uma pequenina lâmpada. O Nome de Deus – até o Pranava (Om), que é ainda menor – tem imensas potencialidades. A jangada não precisa ser tão grande quanto o mar. Recitar o Nome Divino é como perfurar o solo para extrair água subterrânea; é como o golpe do cinzel que liberta a imagem de Deus aprisionada no mármore. Quebrem o invólucro e o Senhor aparecerá; fendam o pilar, como Prahlada, um grande devoto de Vishnu, pediu ao pai que fizesse, e o Senhor, que está sempre presente, Se manifestará. Batam o leite e exporão a manteiga latente nele – eis a experiência que toda mãe ensina à filha. No campo espiritual, vocês aprendem essa prática com os iogues, que obtiveram essa manteiga fresca e a ofereceram a Krishna. (Discurso Divino, 13 de janeiro de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

07 de fevereiro de 2025

O observador não deve se apegar àquilo que vê – esta é a maneira de se obter a libertação. O contato dos sentidos com os objetos faz com que surjam o desejo e o apego; isso leva ao esforço e depois à euforia ou ao desespero; então vem o medo da perda ou o pesar diante do fracasso, e a sequência de reações se estende. Com tantas portas e janelas abertas a todos os ventos que sopram, como poderá permanecer acesa a chama da lamparina no interior? A lamparina é a mente, e a sua chama deve arder continuamente, sem ser afetada pelas exigências duais do mundo exterior. A entrega absoluta ao Senhor é a única maneira de fechar as janelas e as portas, pois, com essa atitude, vocês se despojam do “ego” e, assim, não são mais atingidos pela alegria nem pela tristeza. A entrega absoluta faz com que vocês recorram à Graça do Senhor para enfrentar todas as crises da sua jornada, tornando-os heroicos, mais fortes e mais bem preparados para a batalha. (Discurso Divino, 13 de janeiro de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

08 de fevereiro de 2025

Todo conhecimento mundano se modifica com o tempo e ilude o intelecto. Por isso, os antigos sábios dedicaram a vida à aquisição do Conhecimento do Atma, ou seja, ao Conhecimento do Ser Interno, que é imutável e ilumina o intelecto. Para adquirir tal sabedoria, alguns requisitos se fazem necessários. O primeiro é desejar o bem-estar de todos os seres, envolvendo-se em ações que beneficiem o próximo. Cultivem a pronta disposição para servir. A educação que receberem deve torná-los mais aptos a prestar serviço. Assim vocês conquistarão o verdadeiro respeito dos demais. O segundo requisito é se destacar em todas as formas de conhecimento. É o que se chama de “consciência”. Vocês devem compreender e experimentar todos os ângulos de uma situação. Disciplinas mundanas conferem competência dentro de uma esfera de ação limitada, enquanto o conhecimento espiritual é completo e os capacita a compreender todos os campos do saber. A isso chamamos de “consciência total”. Finalmente, o terceiro requisito é incorporar todas as qualidades ou gunas. O que se entende por gunas? Tradicionalmente, se dá o nome de gunas às três qualidades inerentes à Criação. A virtude, na verdade, consiste na união e no equilíbrio entre essas três gunas. Na prática, é muito importante desconsiderar as falhas alheias e expressar a própria divindade. Essa é a verdadeira virtude. (Chuvas de verão, 30 de maio de 1995)

Sri Sathya Sai Baba

09 de fevereiro de 2025

O coração repleto de pureza e equilíbrio é o Oceano de Leite. A firme contemplação do Divino, seja como a própria realidade do indivíduo ou como o ideal a ser atingido, é a montanha Mandara, implantada nele como um batedor. Vasuki, a serpente enrolada como uma corda em torno do batedor, representa o conjunto dos sentidos, que liberam vapores venenosos durante o processo da batedura, quase assustando os demônios que a seguram pela cabeça. Os bons e os maus impulsos, simbolizados pelos seres celestiais e pelos demônios, seguram a corda e lutam durante o processo, ávidos pelos resultados que ardentemente almejam! A Graça de Deus é a Sua encarnação sob a forma de uma tartaruga, pois o próprio Senhor vem para resgatá-los ao reconhecer a sua busca sincera pelo segredo da imortalidade! Ele vem silenciosamente e sem ser notado, tal como fez a tartaruga, conservando intacto o processo da reflexão e servindo de base firme para todas as práticas espirituais! Assim como os diversos objetos que surgiram do Oceano de Leite, muitas coisas emergem da mente quando esta é “batida”, porém os sábios esperam pacientemente pelo surgimento do amrita, o néctar que assegura a imortalidade, e dele se apoderam com avidez! Esta é a lição da lenda da batedura do oceano, que sintetiza a busca pelo Conhecimento do Ser Interno ou Atmavidya! (Discurso Divino, 13 de janeiro de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

10 de fevereiro de 2025

Sem valores humanos, não é possível oferecer à sociedade os frutos do seu aprendizado. Por isso, é fundamental cultivá-los. Desses valores, a Verdade é o mais importante. Verdade é Deus. Algumas pessoas se dirigiram ao Buda e questionaram sobre a existência de Deus, ao que ele respondeu: “Todas essas discussões são perda de tempo. Verdade, Retidão e Não Violência são o próprio Deus. Portanto, antes de tudo, reverencie Deus na forma da Verdade. Fale a verdade. Pratique a retidão. Observe a não violência”. O que significa não violência? Muitos acreditam que violência se trata apenas de ferir ou prejudicar os outros, mas vai além disso. Infligir dor a si mesmo também é uma forma de violência. Falar desnecessariamente, comer sem moderação e trabalhar em excesso são igualmente ações violentas. Portanto, deve-se buscar uma vida de moderação e equilíbrio. Qualquer atitude que ultrapasse os limites é violenta. Até mesmo escrever em excesso é uma forma de violência. Por que ultrapassar os limites é prejudicial? Porque desperdiça energia. Falar mais do que o necessário esgota o intelecto. Portanto, a não violência pode ser definida como a regulação da vida humana por meios moderados e benéficos. (Chuvas de Verão, 30 de maio de 1995)

Sri Sathya Sai Baba

11 de fevereiro de 2025

O primeiro indício da vida espiritual é o desapego. Sem desapego, vocês são analfabetos em termos de conhecimento espiritual. O desapego é o bê-á-bá do esforço espiritual e deve ser sólido o suficiente para fazer com que vocês se libertem da servidão dos sentidos. Bastam alguns minutos de reflexão para convencer qualquer um da vacuidade das riquezas materiais, da fama e da felicidade. Se alguém é rico, todos o enaltecem. Diz um provérbio que, se em um cadáver houver algumas joias, muitos reivindicarão um vínculo de parentesco com o morto; mas, se nele não houver nada de valor, ninguém se apresentará para lamentar a sua partida! Se vocês estiverem acumulando somas de dinheiro na sua conta bancária, perguntem a si mesmos se, na verdade, não estão acumulando problemas para si próprios e para os seus filhos e tornando mais difícil para eles levarem uma vida digna, confortável e honrada. Se estiverem se empenhando em conquistar uma fama sem valor por meios desonestos, pensem em quantos, dentre milhões de compatriotas seus, são respeitados e por que razão! Não é evidente que são honrados em toda parte apenas aqueles que optaram pela renúncia e buscaram o caminho árduo que leva à plena percepção do Divino, ao invés do caminho mais fácil da realização mundana? (Discurso Divino, 8 de setembro de 1963)

Sri Sathya Sai Baba

12 de fevereiro de 2025

Assim como uma gota d’água em uma folha de lótus desaparece rapidamente, devemos estar conscientes de que a nossa existência é transitória e, assim como a gota, se esvairá em pouco tempo. O mundo está cheio de sofrimento e o corpo humano tem numerosas doenças. A nossa vida, repleta de pensamentos turbulentos, é como uma casa em ruínas. Nessas condições, conforme ensina o sábio Adi Shankara, só é possível viver em paz seguindo o caminho divino e superando todos os apegos materiais. Enquanto não descobrirmos quem realmente somos, enquanto não tivermos a plena percepção do Princípio da Divindade, reconhecendo a presença do Divino em tudo, não conseguiremos escapar ao sofrimento. Enquanto não compreendermos que nascer, crescer, viver e morrer têm um único propósito – o de conhecer a natureza do Ser Interno, o único imperecível –, não será possível nos libertarmos do sofrimento. (Chuvas de Verão, 2 de junho de 1973)

Sri Sathya Sai Baba

13 de fevereiro de 2025

Recebam de bom grado todos os golpes do destino, todos os infortúnios e tribulações, assim como o ouro aceita o cadinho, o martelo e a bigorna para ser moldado e transformado em uma joia, ou como a cana-de-açúcar, que se submete de boa vontade ao corte, à moagem, à fervura, ao cozimento, à cristalização e à secagem, para que a sua doçura seja preservada e usada por todos na forma de açúcar. Os irmãos Pandavas jamais se opunham às desgraças que caíam pesadamente sobre eles. Ao contrário, alegravam-se porque elas os ajudavam a se lembrar de Krishna e a invocá-Lo. Antes de deixar este mundo, Bhishma, um dos mais eminentes personagens do épico Mahabharata, chorava em um leito de flechas. Quando o príncipe Arjuna lhe perguntou o motivo das suas lágrimas, ele respondeu: “Choro ao me lembrar das tribulações sofridas pelos Pandavas”. Em seguida, acrescentou: “Tudo isso ocorreu para ensinar às pessoas da era vindoura (a Kali Yuga) uma lição: jamais busquem poder, posição ou riquezas adquiridas de forma desonesta. Submetam-se, com total resignação, à Vontade de Deus, para que possam ser sempre felizes e serenos”. (Discurso Divino, 8 de setembro de 1963)

Sri Sathya Sai Baba

14 de fevereiro de 2025

Amar uma Forma de Deus e ter aversão a outra não é correto. Agindo assim, vocês não conseguirão alcançar aquilo que desejam. Esse é um princípio que deve ser reconhecido e seguido por todos, não apenas pelos jovens. Na verdade, somente o Divino protege o mundo na época atual. O Nome de Deus é mais poderoso que as armas nucleares. Ele protege os bons e pune os maus. Portanto, se vocês mantiverem a sua adoração a Deus, o mundo certamente estará protegido. Este ritual védico de sacrifício, que é uma das mais elevadas formas de adoração ao Senhor Shiva, está tendo início hoje para o bem-estar do mundo. Um aspecto muito importante desse ritual, denominado Ati Rudra Maha Yajna, é que ele protege e nutre a natureza divina no ser humano, ao mesmo tempo que rejeita e reduz as qualidades demoníacas. Desse modo, ele atua para o bem-estar da humanidade e pode ser celebrado por qualquer pessoa empenhada nesse propósito. (Discurso Divino, 9 de agosto de 2006)

Sri Sathya Sai Baba

15 de fevereiro de 2025

A maioria de vocês veio a Mim em busca de ninharias, curas e benefícios insignificantes, prazeres e conforto material. Pouquíssimos almejam receber de Mim aquilo que Eu vim para dar: a própria liberação. E, mesmo dentre esses poucos, são extremamente raros aqueles que se mantêm no caminho da prática espiritual e alcançam sucesso! Muitos têm a sua atenção desviada por sinais externos de santidade, tais como túnicas longas, barbas, rosários e cabelos emaranhados. Então passam a acompanhar muitos desses que vagueiam por esta terra, seguindo-os por territórios selvagens! É difícil discernir claramente os sinais da manifestação do Senhor; por isso estou Me anunciando e descrevendo a Minha Missão – a tarefa, as características e as qualidades que distinguem um Avatar, uma Encarnação Divina. Não anseiem por conforto ou riquezas; anseiem por bem-aventurança! Se tiverem fé e mantiverem o Nome de Rama como sua companhia constante, estarão o tempo todo no Paraíso, seja em Vaikunta (a morada do Senhor Vishnu) ou em Kailasa (a morada do Senhor Shiva)! Lembrem-se, porém, de que essas não são regiões distantes, a serem alcançadas por meio de árduas jornadas; são, ao contrário, fontes de serenidade que se encontram no próprio coração de vocês! (Discurso Divino, 4 de fevereiro de 1963)

Sri Sathya Sai Baba

16 de fevereiro de 2025

Às vezes, algumas pessoas tendem a cometer pequenos furtos. Esse comportamento pode estar ligado a experiências de vidas passadas nas quais tenham sido gatos. Similarmente, a natureza volúvel e inconstante de alguém pode ser atribuída a uma existência anterior como macaco, já que essa característica é típica desse animal. Certos indivíduos são incuravelmente ingratos e chegam a prejudicar quem os ajuda. A ingratidão não é uma característica humana; como, então, se manifesta em seres humanos? Isso ocorre porque eles devem ter sido serpentes em vidas passadas. Esse animal é conhecido por expelir veneno, mesmo quando bem alimentado; portanto, um ingrato provavelmente foi uma serpente em uma encarnação anterior. A teimosia, a tendência ao furto, a ingratidão e o orgulho devem ser oferecidos em sacrifício, no altar da própria mente – esse é o yajna ou ritual de sacrifício interno. Infelizmente, em vez de realizarem sacrifícios desse tipo, as pessoas optam por usar cabras e aves como oferendas e, consequentemente, as más qualidades continuam a crescer nos seres humanos. Foi para erradicar o sentimento maléfico de ingratidão que se recomendou à humanidade a celebração de rituais de sacrifício externos, que contribuem para promover e refinar as qualidades benéficas no ser humano. (Discurso Divino, 10 de outubro de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

17 de fevereiro de 2025

Eu vim para reformá-los e não os deixarei até que isso aconteça! Mesmo que tentem escapar, não pensem que conseguirão se livrar de Mim; Eu os segurarei firmemente. Não me preocupo se decidirem Me deixar, pois não estou ansioso para ter uma multidão ao Meu redor. Quem os convidou a vir aqui? Foram vocês que vieram aos milhares e se apegaram a Mim. Eu, porém, não Me apego, a não ser à Missão para a qual Eu vim. Mas tenham a certeza de uma coisa: quer venham a Mim ou não, vocês todos são Meus! Esta Mãe-Shiva, esta Divina Mãe Sai tem por Seus filhos o amor de mil mães; por isso lhes proporciono tanto cuidado e proteção. Sempre que Eu parecer zangado, lembrem-se: isso nada mais é que outra forma de amor. Não há em Mim uma partícula de raiva sequer; apenas demonstro o Meu desapontamento por vocês não estarem se moldando de acordo com as Minhas orientações! Quando Eu os direcionar para determinada linha de ação, reflitam sobre o Meu conselho. Vocês têm total liberdade para decidir e ficarei feliz se o fizerem! Não aprecio obediência servil. Se acharem que as Minhas orientações podem ajudá-los a atingir o seu objetivo, sigam-nas; caso contrário, sintam-se à vontade para escolher outro caminho! Deixem-Me, porém, dizer-lhes o seguinte: seja para onde forem, encontrarão sempre a Mim, pois Eu estou em toda parte! (Discurso Divino, 11 de fevereiro de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

18 de fevereiro de 2025

Existe uma motivação egoísta até mesmo na realização de oferendas a uma deidade. Oferece-se algo pequeno na expectativa de um grande retorno. Alguém ora a Deus da seguinte maneira: “Senhor! Se eu ganhar um milhão de rupias na loteria, Lhe darei dez mil”. Que tipo de negociação é essa? É lamentável que tais ideias tolas estejam se espalhando nos dias de hoje. Isso ocorre porque as pessoas se esqueceram do segredo contido nos Vedas. Oferecem um punhado de terra, desejando ardentemente receber uma montanha em troca. Essa atitude representa uma total caricatura da devoção. Na época atual está aumentando o número desses  falsos devotos, que tentam constantemente barganhar com o Divino. Orações e práticas espirituais estão impregnadas de egoísmo e interesses pessoais. Todos querem receber benefícios, mas poucos estão dispostos a fazer qualquer tipo de sacrifício. Que sacrifício vocês devem oferecer a Deus? Em primeiro lugar, o sacrifício das suas más qualidades. Adquiram virtudes. Abandonem a sua perspectiva estreita e desenvolvam amplitude de visão. Hoje em dia, a principal necessidade é o fortalecimento do espírito de sacrifício. Não se trata de renunciar a todas as suas riquezas e posses materiais, e sim de cultivar um sentimento de compaixão diante do sofrimento alheio. Quando o coração se enternece, isso, por si só, se torna um sacrifício. Vocês não levarão as suas riquezas ao deixarem este mundo. Então, enquanto viverem, ajudem os necessitados, tanto quanto estiver ao seu alcance. (Discurso Divino, 3 de outubro de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

19 de fevereiro de 2025

Considerem todos como membros do seu próprio corpo. Assim como tentam curar qualquer machucado ou ferida em si mesmos com a maior rapidez e eficiência possíveis, procurem aliviar os sofrimentos e as dores do próximo com o máximo da sua capacidade e recursos. Como vocês adoram o Senhor agora? Oferecendo-lhe todos os objetos pelos quais anseiam e tratando-O com todas as honras que gostariam de receber. A imagem é banhada e lavada, adornada com joias, alimentada e abanada, envolta em fragrâncias e assim por diante, pois estas são coisas que vocês próprios desejam. No entanto, o Senhor só fica satisfeito quando fazem aquilo que Ele deseja! De que outra maneira se poderia conquistar a Sua Graça, a não ser cuidando dos Seus filhos, nutrindo-os, socorrendo-os e amparando-os? De que outra maneira, a não ser auxiliando-os a reconhecê-Lo como seu Senhor e Guardião e, além disso, cultivando a própria fé por meio de uma vida correta e sincera? (Discurso Divino, 19 de fevereiro de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

20 de fevereiro de 2025

É o Deus Sol quem leva às deidades reverenciadas as oferendas realizadas durante o yajna ou ritual védico de sacrifício ao fogo sagrado. Agni, o Deus do Fogo, é uma manifestação do Sol. As chamas que emergem do fogo são as línguas de Agni, enquanto os raios que dele emanam são as inúmeras cabeças da deidade. O Princípio do Fogo, ou seja, a sua natureza essencial, é imanente em todo ser humano, o que significa que toda pessoa é divina por natureza. Ao se entoarem mantras e se lançarem oferendas ao fogo para o Senhor, a Graça Divina é derramada sobre os participantes na forma de paz e abundância. Há um ditado que afirma: “Assim como é o fogo, é a fumaça”. Consequentemente, assim como é a fumaça, são as nuvens; assim como são as nuvens, é a chuva; assim como é a chuva, são as colheitas; assim como são as colheitas, é o alimento; assim como é o alimento, é o intelecto. Mas como, nos dias de hoje, as nuvens não são mais formadas pela fumaça que vem dos rituais de sacrifício ao fogo sagrado, o alimento consumido não contribui para o desenvolvimento da inteligência. Quando a fumaça que se eleva do poço do ritual de sacrifício penetra nas nuvens, ocorre a chuva sagrada, que purifica as colheitas, santificando os alimentos consumidos, e as pessoas que os ingerem são, por conseguinte, santificadas. (Discurso Divino, 3 de outubro de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

21 de fevereiro de 2025

Algumas pessoas dizem que, por não possuir forma, Deus não existe. Contudo, Deus tem forma. Neste mundo, não há nada sem forma. De acordo com a ciência, o Universo inteiro é composto de átomos, e estes também têm forma. Os Vedas afirmam: “Deus é mais sutil que o mais sutil e mais vasto que o mais vasto”. O átomo é Deus. Desde a água que bebemos até o alimento que consumimos, tudo é permeado por átomos. Foram necessários milhares de anos para que os cientistas compreendessem essa verdade. No entanto, ela já havia sido proclamada há várias eras pelo pequenino Prahlada, filho do rei-demônio Hiranyakashipu e grande devoto do Senhor Vishnu. Ele disse: “Não pensem que Deus está aqui e não ali. Na verdade, Ele está em toda parte. Vocês podem encontrá-Lo onde quer que O procurem”. A Índia tem sido o berço de muitas almas nobres como Prahlada, que vivenciaram a onipresença divina. Desde tempos imemoriais, os indianos veneram a terra, as árvores, os formigueiros e as montanhas por acreditarem que Deus está presente em tudo e em toda parte. (Discurso Divino, 12 de março de 1999)

Sri Sathya Sai Baba

22 de fevereiro de 2025

Muitas pessoas questionam, em tom de censura, a finalidade do uso de tanta manteiga clarificada e outros itens como oferendas ao fogo sagrado nos rituais de sacrifício. Contudo, o propósito só será evidente para aqueles que conhecem  a verdade interior. Ao cultivar o seu campo, um agricultor espalha sobre ele um saco de sementes de arroz. Para o observador ignorante, isso poderá parecer um desperdício de valiosos grãos. No entanto, o agricultor sabe que, no devido tempo, obterá uma farta colheita de arroz. De igual modo, a oferenda de manteiga clarificada e outros itens preciosos em um ritual de sacrifício, acompanhada da recitação de mantras, trará benefícios incalculáveis no futuro. As pessoas geralmente enxergam apenas o que está sendo oferecido no momento, sem considerar os benefícios que virão posteriormente. Mas é importante compreender que só o sacrifício feito hoje poderá resultar em alegria amanhã. Se ele for realizado de coração pleno, o retorno será igualmente abundante. (Discurso Divino, 3 de outubro de 1989)

Sri Sathya Sai Baba

23 de fevereiro de 2025

Lavar carvão com leite, tentando branqueá-lo, é tolice; isso fará com que o leite também fique preto. É necessário aquecer o carvão até a incandescência e continuar o processo até transformá-lo em cinza branca! A cinza permanecerá assim para sempre. De igual modo, a mente caracterizada por tamas, a qualidade da inércia e da ignorância (representada pela cor preta), deve ser elevada ao estágio de rajas, a qualidade do dinamismo e da paixão (simbolizada pela cor vermelha), e depois ao de satva, a qualidade da serenidade e da virtude (representada pela cor branca). Isso ocorre por meio da disciplina espiritual,  que age como um processo de “aquecimento”. A cor preta e a vermelha são produzidas, respectivamente, pela cobiça e pela luxúria. A aplicação regular do autocontrole age como um remédio eficaz para a cura. Dias santos e ocasiões especiais foram prescritos para o início do tratamento. As Escrituras Sagradas enaltecem a importância do remédio e estabelecem o método para a sua administração. As vidas dos santos inspiram as pessoas a segui-lo e, por meio dele, alcançar a liberação. Assim o ser humano poderá ascender do nível animal para o humano, e do humano para o Divino! (Discurso Divino, 9 de março de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

24 de fevereiro de 2025

A abelha paira ao redor do lótus, pousa sobre ele e sorve o néctar. Enquanto saboreia a seiva doce, permanece em silêncio, imóvel e concentrada, alheia a tudo ao seu redor! O ser humano também se comporta assim diante da presença de Deus. O zumbido da abelha cessa no instante em que começa a beber o néctar. Da mesma forma, o ser humano canta, exalta, argumenta e afirma, mas apenas até descobrir a verdadeira essência, a verdadeira doçura. Essa doçura é o néctar do amor. Onde há amor, não existe espaço para medo, ansiedade, dúvida ou inquietação. A ausência de paz é um sinal de que o seu amor está limitado, contaminado por traços de ego. Aquele que experimenta o amor é o “Eu” interno, reflexo do verdadeiro “Eu”, o Atma. Quando os sentidos se aquietarem, esse “Eu” brilhará em toda a sua glória. Os sentidos são inimigos perigosos, pois desviam a sua atenção da verdadeira fonte interna de alegria para os objetos externos. Ao se conscientizar de que eles estão no centro dessa conspiração para iludi-lo, você certamente não se deixará mais dominar por eles! (Discurso Divino, 26 de fevereiro de 1968)

Sri Sathya Sai Baba

25 de fevereiro de 2025

O rio é uma parte, uma porção do mar, e atinge a sua realização quando retorna ao mar e se funde na sua origem. Os peixes são da água e nela habitam; morrem se os retiram da água. O bebê é uma extensão da mãe e não consegue sobreviver longe dela. O galho é parte da árvore; se cortado, ele seca e morre. Do mesmo modo, o ser humano é parte de Deus e não pode sobreviver sem Ele. Vive movido pelo anseio de conhecer Deus, que é a sua Fonte. Na Bhagavad Gita (15:7), o Senhor declara: “Todos os seres vivos são parte de Mim. Eu habito neles como o Eterno Atma, o Ser Interno”. O ser humano vive para um propósito elevado, não para se submeter às exigências dos seus instintos e impulsos, como fazem os animais. Ele deve se firmar como senhor, não rastejar como escravo. O ser humano tem o direito de declarar: “Eu sou Shiva”, “Eu sou a plenitude inalterada”, “Eu sou a bem-aventurança”. Tão logo reconheça a sua verdadeira natureza, todas as correntes que o aprisionam, sejam elas de ferro ou de ouro, serão rompidas, e ele alcançará a liberação. (Discurso Divino, 26 de fevereiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

26 de fevereiro de 2025

Celebra-se hoje o Shivaratri, a Noite de Shiva, símbolo de bondade, santidade e boa fortuna. É uma noite auspiciosa porque, ao dedicá-la inteiramente à oração, o indivíduo pode fazer a mente perder o controle que exerce sobre ele. De acordo com as Escrituras Sagradas, a Lua é a deidade que preside a mente. Assim como os olhos estão relacionados ao Sol, a mente está relacionada à Lua. O Shivaratri ocorre na décima quarta noite da metade escura do mês, que antecede a Lua Nova, quando a Lua fica em total escuridão. Todos os meses, durante essa noite, tanto a Lua quanto a mente, que ela governa, se encontram drasticamente reduzidas. Então, quando ela é passada em vigilante adoração ao Divino, os últimos resquícios da mente rebelde são subjugados e a vitória é assegurada. O Shivaratri deste mês é ainda mais sagrado que os demais; por isso recebe o nome de Mahashivaratri ou “A Grande Noite de Shiva”. Com fé inabalável e pureza de coração, deve-se consagrar essa noite à glorificação do Senhor. Nenhum momento deve ser desperdiçado com outros pensamentos. (Discurso Divino, 26 de fevereiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

27 de fevereiro de 2025

A mente humana precisa passar por uma transformação. Ela deve promover a liberação, não a servidão. Deve se voltar para Deus e para o seu próprio interior, não para o mundo e os objetos externos. Somente assim as tentativas de transformação econômica, política e social poderão ter sucesso em elevar o destino da humanidade. A mente, entretanto, utiliza numerosas artimanhas para agradar as pessoas e fazer com que tenham uma ótima imagem de si mesmas. A mente se deleita na hipocrisia, agindo de forma contraditória, como se estivesse cavalgando dois cavalos ao mesmo tempo. Você pode se prostrar diante de Swami e declarar a sua entrega total a Ele, mas se comportar de outra forma quando se afastar, permitindo, assim, que a sua fé esmoreça. Nem mesmo o pensamento de que não obteve benefícios do seu ritual de adoração ou da repetição do Nome Divino deve abalar a sua fé. Praticar a disciplina espiritual é o seu dever, o seu anseio mais íntimo, a sua atividade genuína. Deixe o resto à Vontade de Deus. Esta deve ser a sua resolução neste sagrado Shivaratri! (Discurso Divino, 29 de fevereiro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

28 de fevereiro de 2025

Milhares de vocês se reuniram aqui, vindos de todos os cantos do planeta. Enfrentaram muitos desconfortos, dificuldades e adversidades na sua busca pela Graça Divina. Para cada um de vocês, foi uma lição de amor, tolerância, coragem e paciência. A sua capacidade inata de amar lhes permitiu compartilhar entre si alegria e paz. O amor faz de todos vocês pessoas que creem em Deus. Se não tiverem amor no coração, serão considerados ateus, não importa quanta religiosidade ostentem! Se acreditam que podem conquistar a Graça de Deus por meio de votos, jejuns, celebrações, recitação de hinos de louvor, oferendas de flores e assim por diante, estão lamentavelmente enganados. O único requisito essencial é o amor. A Bhagavad Gita declara que não se deve nutrir ódio por nenhum ser, mas isso, por si só, não é suficiente. Uma parede não sente ódio de ninguém; no entanto, seria esse o ideal? Não. Vocês devem amar todos os seres de maneira positiva e se envolver ativamente em atos de amor. Somente assim será possível alcançar a Graça que tanto almejam! (Discurso Divino, 23 de fevereiro de 1971)

Sri Sathya Sai Baba

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